Tainá Cruz
Quando deixarem de escolher em prol do 'eu' e começarem a escolher prol do 'nós/eles', as coisas começaram a andar. Enquanto isso não ocorre, ficamos presos a um presente decadente.
Engraçado como as luzes nos atraem, como sempre tentamos encontrar aquela luz no fim do túnel e não percebemos que, as vezes, o escuro é o nosso lugar.
Queima, queima, queima. Devagar, não precisa de pressa alguma. E, suavemente, aos poucos, vai se derretendo tudo, o papel, o plástico, o sentimento. Daí, só sobras as cinzas e as lembranças daquilo que um dia esteve presente.
E por trás de toda escuridão, a luz dá as caras para mostrar que por mais complicadas que estejam as coisas, há sempre uma solução.
Eu tinha que esperar a noite cair, não para escutar o silêncio da cidade, mas para enfim, sozinha, poder escutar apenas o som da natureza, dos animais que ali vivem. O som do grilo, do sapo, da coruja. E ali, quietinha, entender que a felicidade está nos detalhes mais simples da vida.
Sorria, porque não existe nada mais lindo que um sorriso no rosto. Sorria, porque mesmo triste por dentro, o sorriso melhora tudo. Sorria, porque, em algum lugar, alguém está ansioso pra ver o seu sorriso.
O medo te prende, te bloqueia, te interrompe de fazer coisas que você ama, que deveria fazer. Pense que você pode não ter outra chance de dizer que ama, de dizer sim, de ficar ou de partir. Aproveite enquanto pode e não desperdice o tempo que é tão valioso, que não volta e que pode não te dar outra chance.
E, no final, deveríamos ser iguais as folhas, leves, soltas, que mostram quando não estão bem. Para que esconder algo que nos feriu, magoou? Vamos ser mais sinceros com nós mesmos, nos aceitar do jeito que somos e sempre demonstrar o que sentimos.
E ele se escondia, tímido e belo, por trás das folhas. Estas, corroídas pelas pragas da plantação, deixava seus pequenos raios passarem. O vento soprava leve sobre nós. E eu só pensava em uma única coisa: como eu fui feliz ali!
E existem saudades que nunca morrerão. Pelo contrário. Ficarão vivas e te consumirão por dentro, dia após dia.
Você só tem que aprender moço, aprenda que não adianta dizer a verdade pra quem não quer ouvir, ajudar quem não quer ser ajudado. Seria como bater no vento, de nada adiantaria.
Gostoso mesmo é tá no meio do mato, é estar em contato com a natureza, é estar longe da civilização por algumas horas. Parar, pensar e repensar na vida, em tudo ao nosso redor. Mas bão mesmo é fazer tudo isso em boa companhia, com aquelas pessoas que a gente tanto ama.
Precisamos secar, deixar todas as nossas folhas caírem, para que, na primavera, todas cresçam saudáveis e coloridas.
Enxergue além. Além das expectativas, dos problemas, do presente, do futuro próximo, do passado, das entrelinhas. Enxergue além das aparências, das atitudes, das palavras. Enxergue além dos pré conceitos, dos pós conceitos e dos paradigmas. Não veja, é superficial demais. Enxergue, vá além.
As vezes você precisa olhar as coisas por outro ângulo para enxergar, finalmente, tudo mais bonito e tudo mais claro.
Que queime, tudo o que um dia eu senti. Que queime, tudo o que me magoou. Que queime, tudo aquilo que eu não consigo esquecer. Que queime!
Hoje a saudade bate na porta e eu deixo-a entrar, de novo. É sempre assim, toda semana ela visita-me. Eu até puxo uma cadeira e ela fica lá sentada por horas e, as vezes, dura a noite toda. As pessoas dizem que eu deveria expulsa-la, mas como eu poderia fazer isso se ela é tudo que me resta? Ela é a única coisa que me faz sentir ligada a ele. Não posso! Jamais irei expulsa-la.Talvez os outros não deveriam expulsa-la de suas vidas, eles seriam melhores se fizessem amizade com ela. Digo por experiência própria.