Tabata Costa
Em meio a todo esse turbilhão, a única coisa que te peço, devagar com o andor que o santo é de barro.
Eu digo Morena, vale à pena ponderar o tempo, cada qual no seu lugar.
Os detalhes memoráveis, nada pode apagar.
Não disseram minha morena, que quando é para ser, os ventos sopram a favor? Então, por que não acreditar? Aproveite o sopro forte, ali no canto tem mais um remo, pegue e venha cá. Olhando à frente, sem cansar.
Sempre JUNTAS minha pequena, que a maré de coisas boas eu já consigo avistar.
Ah, aquele sorriso, aquela graça, aquele encanto de menina, colore o dia, enche a alma de esperança, brilha meus olhos, coloca o maior de todos os sorrisos em meu rosto.
Ah, doce menina, tem sido a dona dos meus pensamentos, a cada elogio, a cada beijo, me enche de emoção.
Por onde você andou? Eu não sei, o que eu sei, é que você chegou exatamente na hora que eu precisava.
E olha eu aqui outra vez, no post anterior ainda falava de saudade, e agora eu vim falar de recomeço.
O coração é mesmo assim, afobado, sai atropelando tudo, depois acaba magoado, jogando a culpa na emoção.
Eu não sei se é cedo demais, apressado demais ou qualquer coisa do gênero.
O que eu sei é que ando ansiosa pela sua ligação, pelo seu bom dia e até da sua cara de nojinho para o meu café.
Eu não quero me privar de algo que está me despertando por medo, e também não te prometerei não errar.
Nesse momento estou me permitindo, estou me redescobrindo e posso afirmar, você tem me feito um bem danado.
"Estou fazendo da saudade uma ressaca. Hora eu vomito, hora eu deito, hora eu levanto e tomo uma banho na esperança que passe logo esse mal estar.
Repito em voz alta no pensamento: FOI A ÚLTIMA VEZ, até a noite cair e eu tomar outro porre de você."
Já em seu confessionário, acendera um cigarro como se ilusoriamente cada tragada levasse embora um pouco de sua dor.
Não se desespere pequena, não deixarei que você se encante apenas por uma pétala, se eu não puder te oferecer a rosa inteira.
Até vindo de um desconhecido, um elogio eleva o ego. Mas uma palavra contrário do mesmo, pode sim nos abater, por uma fração de segundos é fato, mas abate.
O amor não é jogo, não é disputa, não é vencer ou perder.
Amor não se implora, não se pede, não se mede, não se vê.
O amor não é bicho, não é fácil, não é difícil, não é questão de merecer.
Amor é sentimento puro, é querer bem, é bem querer.
O amor é disposição, é fato, é ato, é emoção, é viver.
Amor é felicidade, é tristeza, é estar de mal e estar de bem,
O amor é tudo junto numa coisa só, é nó.
Amor é plural, é dois, é par, é dobro, é razão, é sonhar.
Sorria, chore, dance, cante, pule, imite, grite, irrite. Sorria para a vida, ela sorrira para você. Chore de felicidade e de tristeza também, o choro é o estado do espírito. Dance, balance, requebre, quebre o que te impede. Cante, pois disseram que o canto espanta os males. Pule de alegria. Imite o brilho do sol. Grite suas dores e acorde sua alma se for preciso, a força da voz alivia a dor da gente. Irrite a inveja, mas faça com calma, de levinho, bem baixinho, às vezes menos é mais. Mais é quem vive e sente. Menos é quem anuncia aos quatro ventos sua suposta paz.
"Livrai-me:
Do pouco que me atrasa
Da maldade que me rodeia
De toda negatividade alheia
Do egoísmo da boca de quem não tem o que falar.
Defenda-me do mau olhado
Proteja-me da inveja.
Afaste-me de tudo aquilo que não vem para somar."
Livrai-me de todo mal. Amém!
Hoje sou apenas um amontoado de lembranças: Dos nossos planos para o futuro, dos nossos filhos, da nossa casa, do quadro na parede, da flor na varanda, do café forte, do sapato virado, da toalha molhada sobre a cama.
Hoje sou apenas um amontoado de lembranças e sinto saudades do que nunca vivemos.
Normalmente não preciso de muito. Hoje é um daqueles dias que eu só precisava ouvir seus olhos dizendo: "Vai ficar tudo bem, eu estou aqui, está tudo bem."
O tempo não cura, ele ensina a fazer diferente, mostra que fica o que é necessário. Nem sempre é aquilo que queremos, mas com toda certeza é o que precisamos.
O tempo não é inimigo. Ele é aliado, ele leva e traz. Ele mostra quem realmente deve estar ao seu lado.
O tempo leva as coisas boas para que as maravilhosas possam vir.
"... Ela fizera do banheiro, sua igreja, o seu local de confissões. Ali entregava as paredes e a água corrente do chuveiro suas dores, suas agonias e seus maiores desejos."
Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida.
Cuida sim, coisas vagamente supérfluas, que chamo de “detalhes”, transformam-se em peças fundamentais, extremamente importantes. Coisas como a essência do sabonete, o tipo do shampoo, a cor das meias, a roupa (mal) passada, o prato predileto, a cor do talher. Em alguns dias específicos, me atreveria a dizer que são fatores determinantes para terminar o dia bem, de bem.
Quando a gente gosta, a gente cuida sem pensar, até uma simples dor de cabeça, passa a ser tratada como uma doença rara. A dor do outro, vira a dor da gente. A alegria e o sorriso nos tornam ascendentes.
Quando a gente gosta, os “detalhes” viram a rotina que encaixa, daquelas tão gostosas, que quando acabam fazem falta... até do jeito dela reclamar do meu pé gelado.
Quando a gente gosta pode até acabar, mas não tem final.
Quando a gente gosta, a gente ama, simplesmente ama.
Tudo é (trans) formação, a união de dois corpos, duas mentes em um só coração.
"Ando bem cansada, apesar de descansar.
Estou cansada de promessas falsas, contradições, de não receber o que enormemente dou
Estou EXAUSTA de palavras ao vento, frases sem fundamento e de para sempre que não dura mais que um dia.
E por estar cansada de tudo que começa e não termina, de tudo que chega e vai embora, de tudo que promete e evapora, hoje estou firmando minha imunidade.
Se quiser chegar, venha, mas venha pra ficar. Senão, nem perca seu tempo.
Eu quero algo que vigora, que me arranque emoções, me transborde de sorrisos e de boas sensações.
Eu quero algo que aflora, se não é sua intenção, Meu Bem: Ponha-se daqui pra fora."
Eu não mando mais em mim...
E quando eu penso: Dessa vez é o fim! Enquanto a boca repetidamente pronuncia: Nunca mais! O coração implora o sim e eu sempre volto atrás.
Toda vez que nós em vão nos negamos, os nossos olhos se cruzam, os pensamentos se conectam e próximos de um final não acabado, a gente descobre naquele nosso jeitinho, sabe aquele que só a gente tem? De redescobrir, reinventar, recriar e RECOMEÇAR esse amor que é tão meu, tão seu, tão nosso.
E assim esse amor nunca morre. Você vai embora e depois volta para meu abraço apertado de saudade, a gente chora, se perdoa e RE tudo de novo.
Cérebro reflete sua involuntariedade ao coração. Eu que nem imaginava te querer, agora te transformo em verso da minha melhor canção.
Sobra tudo que falta...
Sobra abraço quente, café doce, afago, aperto de mão.
Sobra saudade, carinho, conforto, amor
Sobra pensamento, sentimento, confusão
No lugar do sorriso, a estante acumula pó
Os pedaços indicam que alguém esteve aqui
Não vi ninguém, não achei ninguém, nem mesmo a mim.
O cigarro virou cinza extensa no cinzeiro até se apagar.
As roupas sobre a escrivaninha ficaram amareladas, a televisão eu tive que desligar
O copo na beira da cama, parecia mesmo que você iria voltar.
As lembranças emaranhadas, embaraçadas de um “nós” difícil desatar.
Perambulando pelos cômodos encontrei na poltrona da sala a angústia acordada.
Viu a porta aberta para você e resolveu entrar
Eu a mandei embora, não deixei ficar
Tomou-me nos braços e ali esperamos, aflitas
Eu adormeci e ao despertar não tinha sol, não tinha café, não tinha você
Tudo estava exatamente igual, monocromático e sem emoção
Ainda sobra tudo que falta
Sigo andando por aí a mercê da sua razão.
Tão tudo, tão nada!
Tão claro quanto à chama da vela, que pouco ilumina
Tão frio quanto à rua deserta, embalada pelo som do vento nas árvores
Tão salgada quanto à água do mar, lembrança da primeira viagem
Tão amargo quanto nosso café pela manhã
Tão doloroso silêncio
Tão dolorido amor
Aperta tanto,
Sufoca tanto,
Que me tornei imune
Quase já não sinto dor.
Mais de mim...
Cometi tantos devaneios nessa minha vida, tenho andado erroneamente
Sou impecável quando quero, mas quando realmente preciso ser eu me desespero.
Já quis prender o mundo em minhas pernas, quis abraçá-lo, mesmo com os braços curtos e cansados.
Já fui amiga protetora, mãe leoa, filha dedicada, namorada (im)perfeita, braço direito, funcionária do mês. Quis guardar aqueles que amo em minha redoma de vidro, fiz justiça com as próprias mãos.
Fiz-me de cega para não encarar, forte para não chorar, menti para não fazer sofrer, omiti para não machucar, ataquei para defender, me escondi para não mostrar, fingi que não doeu.
Quis acertar e só errei, tornei-me egoísta e não vi, me perdi e não notei.
Percebi a gravidade quando tentei voltar e não consegui, senti um vazio que doía fundo, mas não era fome. ERA AUSÊNCIA.
Deus como o amor deixa marcas! Coisas tão simples que adorava fazer, como comer pipoca, tomar chá ou um café acompanhado de um cigarro, se tornaram torturantes.
Lembranças massacrantes.