Susanna Almeida
Ao passar, passante, não 'viaje'!
Passe devagar, admire a paisagem...
Pise leve, leve o que puder!
Leve flores breves!
Leve cores leves,
leve uma cantiga
a uma antiga paixão...
Não era para ser pra sempre...
Da mesma forma,
não era o tempo de uma chuva de verão...
Não era para ser eterno,
Se somos efêmeros...
Passageiros em agonia
de uma vida em movimento que não para!
Como o vento
que rasgando, passa
e leva todos os anseios
das perguntas sem resposta...
Das incertezas do amanhã...
Das horas do dia nos dedos
contadas
Em que a saudade bateu forte
consumindo-se no que foi
e não voltou...
Vou buscar o que foi
E não voltou...
Porque preciso do que foi
E não voltou...
Que o muito seja pouco, porque você merece o mais! Abandone o que for insignificante na sua vida e foque apenas naquilo que lhe fará bem. Esqueça tudo o que for pequeno, se nada lhe acrescentar! Lute pelo grande! Caminhe lado a lado com o que lhe acrescenta brilho; chega do opaco; do leitoso que pode diminuir-lhe a luz, e, impedir você de enxergar coisas grandes...
Às vezes é preciso desistir de teimar... E, se deixar murchar... E secar... Parar de tentar encontrar um lugar entre as rachaduras do chão... É talvez o único modo de nos mantermos a salvo...
Renascer das cinzas...
Sempre!
Ainda quando pensarem:
Acabou-se...
Esvaiu-se...
Derreteu...
Ainda assim, renascer...
Reintegrar-me,
quando menos se espera...
Pode demorar um pouco,
Até cessar o fogo
Das dores incandescentes
Mas, sairei quase ilesa,
quiçá, chamuscada!
Com uma asa partida...
Porque sou Fênix!
Já renasci tantas vezes
das cinzas das minhas dores,
que descobrirei um meio (...)
Ela pensou em dar seu coração, mas ele não era compatível com nenhum sonho sonhado. De tão comum que era de seu só tinha lealdade; só tinha bem querer...
Não seremos nós a julgarmos nossos erros, visto que, estamos todos no mesmo barco, igualmente, sujeitos a erros talvez mais grosseiros, vá saber, pois o dia de acertarmos as contas ainda não chegou... Toda ação gera uma ação contrária. Certamente, nossos erros serão por nós mesmos corrigidos. Se não for nesta vida, seguramente o será em - muitas - outras, até a expurgação total de todos eles.
[...] sempre digo a mim mesma: Você não tem o controle das coisas; deixe que elas sigam seu curso. Aliás, você não tem o controle de nada; nem da sua vida. Hoje você está aqui... Amanhã quem sabe? Mas eu não me dou ouvidos; e se dou, não sigo o script, alienada que sou...!
- Ah, Diretor, deixe-me improvisar só uma vez, vai? Antes que termine este espetáculo!
... e não importa como esteja o dia. O sol faz sempre a mesma trajetória. Mesmo que a gente não consiga enxergá-lo pelo mau tempo, ele ainda estará lá...
O Universo foi previamente planejado pelo Ser que o criou. Nada ficou em desarmonia; nada foi esquecido...
É preciso dar valor às coisas que realmente tem valor... Momentos têm valor e eles são tão transitórios que quase não os percebemos passar, e há vazios em nós aqui e ali a serem preenchidos com sua magia...
Não precisamos ficar batendo em teclas gastas que já não produz mais nenhum som... A vida e a fugacidade de seus momentos esperam por nós...
Acredito, sempre, que posso virar a esquina e dar de cara com alguma mudança fenomenal daquelas que viram a vida da gente de cabeça para baixo, onde o nada deixa de ser nada para virar tudo.
É deprimente habitar um planeta, onde os desmandos que acontecem deixam à mostra o quanto a humanidade - de quem muito se espera - está carente de lucidez...
Eu acredito em recomeço... Acredito em boas intenções, em pessoas do bem... Acredito em voltas, reviravoltas, efeitos bumerangue e dominó. Acredito que as coisas não são frutos do acaso, e, sim, acredito que haja um propósito que não nos é dado a conhecer. Acredito em anjos, acredito em fadas pelos feitos dos seus contos e, pela teimosia de querer ser feliz para sempre, porque acredito em ser feliz!
A incapacidade do ser humano em enxergar além das aparências é que dá origem a todas as formas de preconceito...
Então, eu te proponho nos encontrarmos no espaço interplanetário,
dançaremos por entre as estrelas
e depois, exaustos,
dormiremos sobre a Via - Láctea...
Saltos no escuro, pular de precipícios... São lindamente descritos em poemas. Só nos permitimos, quando sentimos, ainda que remota, a possibilidade de haver alguém para nos amparar... Eu teria me jogado da nuvem mais alta até o mais profundo inferno se sentisse, por um minuto, que era por mim que estarias esperando em algum ponto do caminho para pular comigo e segurar meus medos...
Ou você arregaça as mangas e entra no jogo, para ganhar ou perder ou joga a toalha, sem contestar... Há um sem números de vezes em que eu joguei a toalha, pendurei a chuteira, debandei, desisti, deportei-me. Fiz certo? Até hoje não sei... Nem pretendo mais saber... Há muito, não busco respostas que me levam aos fracassos dos quais fui “a special guest star”...
Nossa liberdade começa, quando podemos escolher o certo, mesmo que todas as setas apontem para outra direção...
Tenha sempre um pouco de cachaça em mãos; nunca se sabe quando a vida vai te brindar com um limão...
Sempre haverá pelo que lutar! Batalhas interiores, aquelas que ninguém vê... A cada manhã ao abrirmos os olhos estará ali um desafio a ser superado; um limite a ser transposto. E não é nem será mérito de ninguém! Todos nós temos. Todos nós passamos por isso. A vida não escolhe de quem vai exigir, a quem vai corrigir - embora muitas vezes estejamos cegos a essa correção... Às vezes não aprendemos nada do que ela quer nos ensinar e repetimos o mesmo erro indefinidamente. Nem o próprio “decorar” das lições nos ajuda... Mas ela não deixa de corrigir e cobrar...
E os sonhos não vividos...
Aqueles, que ficaram num cantinho a esperar [?]
Uma noite, apenas, ou um dia...
Irrelevante o tempo!
Quando só momento importa.
Caminho eu, pesado agora.
Tamanha bagagem que arrasto...
Depois de você...
Caminho eu, pesado agora...
E meu sol não tem mais cor...
Embora, me queime a pele...
E me provoque o suor.
Não me basta para me aquecer a alma...
Não me basta, para acalmar
meus intrépidos pensamentos!
Suave é a noite, ouço alguém dizer...
Então, por que, aos sobressaltos,
Tenho pressa de chegar?
Tenho pressa de partir?
Tenho pressa de esquecer?
Tenho pressa de dormir?
Tenho pressa de acabar... [?]
[...] agora eu estou falando como gente com os dois pés no chão. Gente que não complica; gente que, embora saiba que existem caminhos e voltas que a vida dá, sabe também que existem atalhos, atalhos que estão ali, com a finalidade de se encurtar os caminhos que são longos e não raro íngremes e cheios de pedras. Se for esperar por essas voltas, pode ser que nem aconteçam, ou demorem muito, ou ainda; aconteçam em um momento que não é mais nosso. Agora estou falando como gente que vive também momentos de lucidez e sobriedade. Gente que sabe ouvir não, mas gente que gosta de ouvir sim, às vezes, pra variar.
Nunca superestime ninguém. Nem mesmo você. Evite se sentir a última bolacha do pacote, sob pena de descobrir que não passou de farelo que, jogado ao vento, não serve nem para alimentar os pássaros, pois, sequer sabe onde vai cair...