Stephenie Meyer
De repente não é mais a gravidade que te prende à terra, é ela e você faria qualquer coisa, seria qualquer coisa só pra estar ao lado dela: um pai, um amigo, um irmão, um protetor.
“É mesmo?” ele disse. “Bem, então talvez haja esperança para esse planeta afinal de contas.”
“É um mundo estranho.” Eu murmurei, mais para mim do que para a outra alma nativa.
“O mais esquisito de todos.” Ele concordou.
Edward: "Minha vida era meia-noite, sem mudanças, sem fim. Devia, por necessidade, sempre ser meia-noite pra mim. Então como era possível que o sol estivesse nascendo agora, bem na metade da meia-noite?"
Como? Como ajudaria dizer que vejo o rosto dele todas as noites quando fecho os olhos? Que acordo e começo a chorar quando vejo que ele não está? Que as memórias são tão fortes, que já não posso mais separá-las das minhas?
Era muito reconfortante estar longe da civilização, e isso me preocupou. Eu não deveria achar a solidão tão acolhedora.
Pensei na palavra desajustado um momento. Talvez fosse a melhor descrição de mim mesma que eu já tivesse ouvido. Onde foi que um dia eu me encaixei?
Senti o chão de madeira sob meus joelhos, depois sob as palmas das mãos e em seguida, comprimindo sob a pele do meu rosto. Eu esperava estar desmaiando, mas para minha decepção, não perdi a consciência. As ondas de dor que me haviam assaltado pouco tempo antes, se erguiam agora com força e inundaram a minha cabeça, me puxando para baixo. Não voltei à superfície.
Talvez tivesse que ser assim. Talvez sem os pontos baixos, os pontos altos não pudessem ser alcançados.
Antes de você, Bella, minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas havia estrelas... Pontos de luz e razão... E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para nada.
Não poderia haver nenhuma alegria neste planeta sem o peso igual da dor para equilibrá-las em uma balança desconhecida.
Você poderia fugir de alguém que você temesse, você poderia tentar lutar contra alguém que odiasse. Todas as minhas reações estavam voltadas para esses tipos de assassinos - os monstros, os inimigos. Quando você começou a amar aquele que estava te matando, isso não te deixou nenhuma opção. Como você poderia correr, como você poderia lutar se, ao fazê-lo, estaria magoando aquele que ama?