Sônia Bandeira
Menina de mim
Já faz tempo
Mas ainda lembro
Teu doce olhar
Teu carisma
Teu jeito de abraçar...
O terno afagar de tuas digitais.
A solicitude gritante dos lábios teus...
Por onde andas menina?
Não brinque de esconder
Apareça...
O sol ainda brilha por aqui
Ainda há cor naquele jardim...
E as borboletas, essas valseiam enquanto
procuram vestígios teus...
Lembras o colibri?
Entre tantas outras flores te escolheu...
Vem
Deixa fluir de novo esse teu amor
Doce menina de mim!
Sou muito mais silêncios
que segredo...
Sou alguém que o tempo
esqueceu...
Uma canção fora do tom...
Sobre mim há reticências...
Um livro inacabado...
Um toque sem tato...
Nem sempre a vida é justa, as vezes
não sorri...
Trilhei meu caminho, adentrei em um
desvio ...
Queria fugir de mim...
Trago traços, cicatrizes que o tempo tatuou
em minha alma.
Então não perca seu tempo olhando
em minha direção!
Julguei ser
correspondida...
Julguei ser amada pelas
palavras que ouvia...
Por tudo que meu olhar
via...
Julguei pelo número de vezes
que teus lábios juraram me amar...
Acho que acreditei cedo
demais.
Não tenho pretensão de nada
Quero apenas
A singularidade da vida
Com a fertilidade dos momentos ternos
Quero
Teu corpo sobre o meu
Numa tarde fria de inverno
Sentir teu cheiro
Teu respirar
Quero
Sentir tuas digitais em meu corpo tocar
Quero
Amar-te sem medo
Numa doce entrega
Sem nenhum segredo
Me deixar em ti!
Se eu partir
não fique triste...
Não será eterno...
Por aqui nada
é infinito...
Nem mesmo
a partida...
Nos veremos
novamente...
Acredite!
Ninguém consegue deixar de amar
da noite pro dia...
Tirar do peito um grande amor é um processo
longo e dolorido, algumas vezes temos a impressão
de que não vamos conseguir, o coração ainda
sonha, é algo quase que automático, e seu pensamento,
esse, constantemente te trai. As imagens desenhadas por
ele é uma busca involuntária por algo que embora tenhamos
que deletar de nossa vida é também a razão que nos fez
respirar e sonhar com as cores do amanhã.
Esquecer um grande amor é uma tarefa quase que impossível
do contrário não seria amor, apenas um capricho do ego.
Enfim, enquanto esse processo é ainda uma criança os
dias se seguirão frios e cinzas feito manhãs de outono.
Talvez você ainda chore por muitos dias, talvez você
consiga esquecer, ou não, mas nunca, nunca se
arrependa da tua sinceridade e da tua transparência enquanto
viveu esse amor, tudo nos é válido nesse plano
e o sol te alcançará e te fará sorrir numa dessas
primaveras da vida.
Em nome do amor
A gente cresce quando
ama...
Crescemos quando ainda
feridos esquecemos a flecha
que nos acertou...
A gente cresce quando entende
o real sentido da palavra AMOR...
Então a gente perdoa,
olha em volta encontra outro olhar
e caminha em direção ao sol...
E assim a gente cresce,
em nome do AMOR!
Falando sério
Não sei se ainda consigo
Falar de amor
Verdade que é um sentimento
lindo e que as vezes é riso outras
vezes dor.
Falar de amor
Viver amor
Ser o próprio amor.
Ser pétala ao vento
Deixar o tempo sanar
a dor.
Talvez um dia eu volte a ser
Poesia
Poema
Amor
Talvez!
Vou viajar com as
estrelas...
Feito borboleta
voar...
Vou correr de encontro
ao vento...
Deixar que ele me
me abrace,
Me leve até seu
mar!
Sônia Bandeira.
Liberdade
Canta
Em um doce frenesi
Clama por liberdade
Abre as asas
Livre voa
Ao encontro do teu ar
Em um salto de emoção
Lança-te sobre o vento
Voa pro teu amor
Faz feliz teu coração
Te deixa por ele amar!
DELÍCIA
Delícia é esse
amor que trago
aqui dentro...
Amor verdadeiro
sem fingimento,
assim feito coisa
de anjo...
Delicia é saber que
o céu mora em meu
pensamento...
Moço, fique atento...
Te amo!
FELICIDADE
Felicidade,
É um punhado de
poesia...
É correr de encontro
ao vento,
por ele se deixar beijar...
É saber que Deus
nos ama...
Acreditar feito criança...
Em seus braços
descansar...
Felicidade é Deus
dentro de nós!
Canção da vida
Hoje
acordei bem cedo,
saí procurando respostas...
Caminhei por um bom tempo,
e no olhar de cada ser observei perguntas...
Caminhei mais um pouco, e
uma criança em meio à uma multidão de interrogações noutou-me,
sorriu pra mim...
Descobri que a resposta ao meu desassossego se chama esperança...
Decidi então visitar um amigo de longa data,
ele me abraçou sorrindo,
contou-me com ternura na voz que mesmo em meio ao desgaste da químio ainda tinha esperança...
Acariciei-lhe o rosto ternamente,
pude sentir em minhas digitais seu sol...
Percebi que esperança se chama fé...
Alonguei um pouco mais a caminhada,
alcancei o mar, nada perguntei,
ele então me fez serenata...
Na canção de suas ondas revelou-me que o intervalo entre um sorriso e outro se faz necessário...
Que o sal da lágrima pode também ser tempero...
Observei no vai e vem intermitente de suas ondas o ritmar afinado da fé,
que as vezes parece partir, entretanto, é elo que não pode ser rompido...
Entendi que a esperança é a canção da vida!
.....E eu que há muito não
sorria,
feito alguém louco escancarei
gargalhadas ao te ver
chegar...
Meus olhos mergulharam em teu
olhar, e desde então, por aqui
tudo se fez onda,
imenso mar!
Sônia Bandeira
31/01/2021