Sofia Leal
A Samara tinha uma boa coleção de problemas impessoais para contar aos demais quando surgia um silêncio estranho, estranho como a onça ri de forma desdentada.
O pensador pensava que tranquilizava os seus pensamentos com momentos de esplendor, no entanto foi na floresta encantada que encontrou a sua paz de espírito.
A velocidade de sedimentação encontrou o seu propósito de vida quando descobriu que o seu sangue era realeza: passou a escrever biografias de reis líderes natos.
Sou fixe, sou aquela miúda que anda de veleiro o dia inteiro e convida-te para um piquenique também fixe, na verdade é tudo fixe, principalmente tu.
Comi uma pastilha e fui parar ao meio de uma matilha, cães do crime com armas de eleição, metade deles está num caixão.
Um foguetão avista uma estrela farta de brilhar, ela presenteia-o com 1/4 da sua luz e tudo acaba bem: o foguetão parte para Mart. com a sua nova gasolina de iluminar.
Uma viagem curta tornou-se longa ao apanhar a autoestrada, daí seguiu para qualquer coisa verdejante e verde, foi feliz.
Ela sabia demais, tinha sido uma grande estudiosa mas para quê? Apenas sentia uma vazio choroso. De vez em quando ia observar a chuva a derreter a terra para sentir o que é ser mais.
Ele triturava-se com fantasmas negros invisíveis, dizia que o caçavam e o abatiam. Depois ele renascia mas tudo continuava: a sua vida era um círculo infernal, um pesadelo contínuo. Um dia ele ajoelhou-se frente às águas de um rio bravio e embarcou para a terra dos coelhos mágicos, animais fofinhos estilhaçaram os fantasmas.
Eu vi com perfeição a lua pois estava em cima dela, disse-me assim: foste a primeira a pisar-me, mas podes agora já podes tirar o sapato de cima do meu pé, estás a magoar-me"
Senti nas minhas profundezas um pensamento verde, com o passar dos minutos tornava-se cada vez mais rebuliço-grandioso, apanhei-o ao virar a esquina e disse-lhe: quero que me ofereças uns ténis verdes vida-caminhada, e assim foi.