Siomara Reis Teixeira
Eterna Essência
Alçar vôos intermináveis de felicidade
Pelo Universo
É a Pretensão Máxima da Existência
E dele não existe subdivisão
Pois seriam sentimentos ilusórios.
Somente a permanência eterna da essência
É o que vale.
MAR DA EXISTÊNCIA
Este é o mar da existência
Imenso, denso, misterioso!
Mergulha!
Mergulha nestas águas calmas,
Do azul do mais profundo infinito.
Indiferentes são agora
Todos os teus traumas,
Refutados em orações
Por teu coração contrito.
Sê tranqüilo ante os reveses,
Dai adeus ao teu espírito aflito,
Nada te fere ou te assusta em tuas messes,
Tua alma se libertou do teu castigo.
Proteção!
É o que tens agora, meu amigo!
Poetas
Poetas, não se intitulam apenas poetas...
São seres estranhos, diferentes.
Possuidores de melancolia pungente
Nascem com o dom das palavras
A maldição do sentir extremado
Do sofrer demasiado
Do viver o sonho de amor
Com lancinante e extrema dor
Não sabem amar suave e sereno
Amam com todo o âmago, ao extremo.
Dedicam-se assim, por dias, noites,
Meses e anos sem fim
Mas como a vida é feita de escolhas
E na indiferença, na troca, sentem o desamor,
Mesmo compondo os mais belos versos
Inspirados que estão em seu espírito sofredor
Optam por parar de querer,
O que jamais poderão ter.
E como suas almas são predestinadas,
A escrever, escrever e mais nada,
Buscam nova inspiração,
Novas rimas, outra canção.
O poder do amor, um novo alguém,
Uma nova jornada!
Poesia
Ah, poesia!
Sempre companheira
Eterna amiga
Fiel escudeira
Em qualquer tempo
A qualquer momento
Sendo alegre ou triste
Sentimento que aflora
E, lentamente, me devora
Sim
Sim,
Faz-me carinhos com o dorso de tuas mãos
E ama-me suavemente
Sem arranhar este amor,
Que teima em estar, insistentemente...
Assim, te guardarei meus versos
Nas gavetas de minh’alma,
Que pulsam frementes
Evidenciando o contexto eminente
Das tramas da nossa paixão.
Sim, continua a pensar
De que é tudo inatingível,
Pois assim sendo,
De alguma forma vamos vivendo,
Neste viver solene,
Onde o grito se cala,
Já que a realidade nos fala
Que da ilusão a que se vive,
Loucura desvairada, ou não,
O sentimento com certeza, sobrevive.
Véus da Alma
Quero agora, tua história, aqui!
Lancinante, entre os rasgos da memória
Entremeada de lembranças nos véus da alma.
Fácil pranto este, que agora flui,
Fluindo o desencanto, que ao desencantar,
Por fim,liberta!
Libertando a mente que ficou desperta
Orientando este meu, andar.
Apenas Um
Dancemos!
Vem ser o ápice da minha alegria
Dança e penetra-me com teu olhar
Traz-me a bailar, a nostalgia
Enlaça-me deliciosamente, a girar
Atando-me através da fantasia
Seduzindo-me na ventura de acreditar
Ser-mos apenas um, em eterna sincronia!
Amor Perdido
Perco-me na tua ausência
Buscando através do meu olhar, no espelho,
Encontrar em vão o brilho dos teus olhos
Que são, sem ser, os meus olhos.
Mas o brilho que vejo refletido
Não é o brilho de paixão vindo do teu ser
É um brilho ofuscado do amor perdido
Solto, vago, triste e trêmulo ao ver
O Sonhar
A vida,
O sonho,
A realidade!
Nunca deixes de sonhar
Por mais que os percalços da vida
Muitas vezes te façam chorar.
Amar Sendo Amado
Girando e pairando no ar
São raios que tocam, aquecem,
Sonhos e coração a palpitar
Sanidade e âmago enobrecem!
Realidade emergente a lapidar
Ausência em dias que entristecem
Meditação, solidão, paixão a ordenar,
Evolução diáfana aos que não se perdem.
Tudo ao seu tempo, inclusive o conquistar...
Palavras não ditas, que emudecem.
Medo profundo de o real, despertar...
Amar e ser amado, aos espíritos enaltece,
Suavemente, teremos tempo e lugar,
Felicidade que nossas almas, não conhecem.
Morrer de Amor
Atire a primeira pedra,
Aquele amigo poeta
Que nunca desejou
Entre a alegria e a dor
Ou talvez na mágoa ou rancor,
Definhar ou morrer,
De amor!
P"RA VOCÊ
P"ra você
Que meus dias coloriu
Presença constante da minha saudade
De todos os momentos que de mim partiu
O unico a realizar todas as minhas vontades
P’ra você
Que ao meu lado, persistiu
Na tristeza, na dor ou na felicidade
Amor que o tempo sapiente, persuadiu
Transformando a magia e a realidade.
P’ra você
Que também viu quem a tudo, sempre assistiu
A lua, companheira da nossa insanidade
E o brilho em nosso amor, tantas noites investiu.
P’ra você
Que tal qual a mim, em nós, perdeu toda a castidade
Que aos misterios da paixão não resistiu
Toda minha vida, toda minha identidade!
Desejos
Êxtase infinito
Que aos poucos invade
Sentimento bendito
Que me toma inteira
No início condensado
P`ra logo depois,
Explodir no momento exato
Cresce em cada poro
Nas minúsculas partes do ser
É como um vício
Não consigo me conter
Necessidade de você
É dor, é sabor,
Alucina, estraçalha
Inelutável desejo
Que rasga como navalha
CONSCIÊNCIA
Ela, que do brilho extremo
Fez-se inócua à fascinação da carne mansa
Sob a divinal sorte da idealização,
Apercebeu-se do apagar fulgurante
Da intensidade outrora luminosa.
MISTÉRIOS DA FÉ
Não sou herege
Não preciso, pois
Transvestir-me em preces
Mascarar a vida
Dissuadindo a dor
E culpar a Deus
Pelo meu dissabor
Não carrego a fé
Como um fardo
Sinto-a em meu SER
Leve e pura como deve ser
Envolta em luz Divina
Sei que o sofrer
Não é uma sina
O Pai não quer assim
Assumo meus atos e ações
E se caio aos tropeções
Tenho certeza
De que a culpa é minha
É minha, tão grande culpa
Os dogmas são correntes pesadas
Impedem-me de trilhar
Bolas de ferro amarradas
Neste meu andar
Incompreensão
Se o meu ou o teu caminho,
Íngremes são
Pois que seja translúcida
Nossa forma de expressão
E se na complexidade do entender
O que deveras é o momento,
Não faça valer a tua própria lei
Mas também não peça a Deus consentimento
Não o responsabilize
Porém,
Se tu não entendes os meus versos fáceis
E os meus reveses,
Saibas que tão pouco eu
Entendo as tuas preces
MAGICO ESPOCAR
Queria ser agora uma bolinha de sabao,
Carregando em mim todas as palavras
Que a intelectualidade humana pudesse condensar.
No ceu, com o vento, bem la no alto,
Esplendorosamente vivaz e em paz, flutuar!
E como por encanto em milhares
De outras bolinhas, estourar.
Iria entao com minhas maos pegar
Todas as letrinhas que reluziriam
Sorridentes neste espocar para o infinito,
Formando o mais belo arco-iris
De cores brilhantes, jamais visto.
E nele rimando eu deixaria um canto escrito:
Agradeco a Deus Pai,
Por tudo que senti e por tudo que vivi.
Por tudo que vivo e por tudo que sinto.
Apesar de todos os pesares,
Sou feliz e estou aqui!
Ser Mulher
Não possuo o medo de amar
Não possuo as doces canções
As melodiosas vozes que tudo acalmam
E que acalentam a fé.
Não conheço os mistérios da vida
E nem os da morte.
Apenas quero sentir o prazer de viver,
De cantar, de sonhar, de sorrir e de amar.
Apenas quero ser livre, ser feliz...
Ser mulher!
Caminhos da Vida
Percorrer os caminhos da vida
Sempre seguindo adiante,
Impregnado de fé, esperança e amor
É possuir a garra de um gigante!
NÃO SOU ANJO
Não sou anjo
Nunca tive esta intenção
Acho mesmo
Que abomino esta idéia
A de ser anjo
Porque anjos são perfeitos
Pelo menos
Frente aos nossos ínfimos pensamentos
Nós, meros mortais
Que nos vangloriamos e achamos
Que perante os céus
Na escala de importância, algo somos
Somos mesmo,
Seres transeuntes deste mundo
Desta selva de desamor
Escrevo
Escrevo para os apaixonados,
Para os que já amaram,
Amam, ou ainda irão amar.
Escrevo numa ânsia louca de te falar
Que te amo, sem parar,
Todo dia, toda hora
Sem cessar.
Amo-te sobre tudo, sobre todos,
Num amor que nunca cansa de esperar!
Hora da Felicidade
Nosso tempo é agora!
Poesia,conquista e glória
Pincelam com muito amor
O retrato da nossa história
Felicidade convertida em sabor
União transformada em vitória!