Simone Resende
E quando o mundo me diz, espera, eu logo respondo:
-Esperar o quê?
Eu tenho pouco tempo, até que a passagem dessa alegria, se faça outono e então hiberne, e eu preciso esperar...
Agora é hora de aproveitar as insanidades sadias!
Tenho essa mania de enfeitar o feio e abraçar o impossível...
Difícil me entender?
-Não, apenas simples, pra quem agrega pétalas nos lugares mais vazios e coleciona flores quando, falta água para regá-las.
Tem gente que esquece da própria vida e vai plantar espinhos na janela do outro. Isso é falta de regar às flores de dentro, carinho na alma e é indispensável.
É preciso entender que vez o nosso jardim está florido e vez o do outro está. O equilíbrio está em saber admirar o tempo de primavera um do outro e principalmente saber regar o 'outono alheio'.
"Nenhuma dor é para sempre.
Nenhuma lágrima é vã.
Eu tenho crido no milagre da minha vida e no tempo de Deus.
Sempre que o desespero tenta me cegar os olhos do coração, paro, respiro e olho calmamente minha passagem por aqui...
Sinto o quanto cresci e principalmente, ao que sobrevivi.
Então, em forma de oração, deixo escorrer o lacrimejar e aquieto o peito com a chama da esperança. Sempre certa de que não estou sozinha ou desamparada. O criador está atento e todas as provações fazem parte de um grande critério DEle para os meus passos futuros e para que minha comunhão com Ele seja a maior certeza de minha existência, sem medos, sem dores, sem sentimentos de fracassos, sem torturas e ciladas mentais.
Sigo com a verdade que o meu coração alcança:
"A minha primavera vai chegar"!"