Sildácio Matos

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⁠Suba ao topo, lá é o seu lugar. E só quando lá estiver, verás de cima, que tudo e o quê ficou lá embaixo, estará também, no seu lugar.

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⁠Não possuímos nada...
não somos donos de nada...
nem somos nada, também.
Só há uma posse possível,
a de ser dono, pra sempre,
do coração de alguém.

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⁠Essa perfeição que exalas
que invade as casas e as salas
os bairros e os quarteirões.

Denunciam uma alma abalada
da verdade, desgarrada,
presa no próprio porão.

Tua vida não é um teatro
não és perfeita, de fato...
quebra as grades de tua prisão.

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⁠Natal: sorriso, abundância...
eram as guloseimas
que adoçavam nossas almas
e enchia-nos de esperança.
Aí, crescemos
e nos damos conta,
quão felizes fomos
naquela dança!
Mas o mundo avança
ficamos velhos
e a fé balança.
A dor não cansa,
nos roubam a dança
a inocência
e a tolerância.
Aperta a alma
maltrata, espanca...
A saudade é tanta,
que nos perguntamos:
por que fui criança?

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⁠Alguns vão se afastar de você pelos seus defeitos, mas a maioria, pelas suas virtudes.

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⁠Se você quiser, a morte pode ser encarada como uma amiga próxima e querida, que uma hora dessas vai te convidar para uma longa e distante viagem, sem bagagens, sem volta.

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⁠Há paz infértil!
Aquela que nada traz
A não ser, a própria paz.

Há paz inquietante!
Sem cheiro, sem dor...
Pois há dor, na paz.

Há paz sem ternura!
A que nos tira a paz
E devolve a loucura.

⁠Se fosse permitido a um sentimento, pela sua intensidade, materializar-se a ponto de poder ser visto e até tocado, seria a saudade.

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⁠Uma hora não terá mais nada:
Nada a procurar
Nada a antever
Nada a recordar
Nada a desdenhar
Nada a reclamar
Nada a contradizer.
Nada a soluçar
Nada a reviver
Nada a lamentar
Nada a arrepender
Nada a justificar.
Nada a esconder
Nada a mostrar
Nada a desfazer
Nada a reconciliar
Nada a proceder
Nada a compadecer
Nada a perpetuar
Nada a punir
Nada a redimir
Nada a morrer.
Nada a conceber
Nada a dizer
Nada a chorar.

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⁠As vezes é preciso desarmar algumas armadilhas e algumas bombas, que deixamos que colocassem dentro de nós.

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⁠Sim, existe vida além do dinheiro.

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⁠Não são os segundos
Minutos, nem a última hora,
Que ditam o que fomos
Ou o que somos, agora.

É esse exato momento
Esse instante
Que nos deve encantar.

Enigma a se decifrar?
Seremos sempre seu refém
Quer estejamos mal
Quer estejamos bem.

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⁠A esperança, não é lá uma boa companhia, e se vier acompanhada da mentira então, vira uma tragédia.

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⁠Seres obsoletos
Cópias sem correção
Felizes alienados
Animais sem opinião.

Aceitação, calmaria
Singularidade padrão
Caricaturas deprimentes
Aves de arribação.

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⁠Liberdade é privação
Privação de desejos
Desvios de direção.
É conter os sentimentos
Não caber na tentação
Consolar o inconsolável
Reprimir a repressão.

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⁠A vida é uma inesgotável fonte de esperanças e expectativas. Prefira beber da segunda.

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⁠Todo esforço
Toda superação,
Nada mais é, que um alento,
Um prêmio de consolação.

Somos fadados ao fracasso
Vivemos por ilusão
Alimentamos o ego
Enquanto imploramos perdão.

Ao final a dor vai vencer
As lágrimas, testemunharão,
E aquele esforço medonho
Valeu... mas foi tudo em vão.

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⁠O poeta se "desgarra" da vida
Foge dos seus sentimentos
Busca nas dores alheias
Respostas pra tantos lamentos.

O silêncio é a voz mais ouvida
Cala n'alma, a cavalgar no vento,
Resquícios de velhas lembranças
Já amareladas com o tempo.

E o vazio, se enche de saudade,
No Natal, essa dor é latente,
Quanto mais se acendem as luzes
Mais penumbra há dentro da gente.

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⁠Uma vida razoável
Uma companhia razoável
Uma existência razoável...
Morremos razoavelmente.

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⁠É Mãe, é Vó é Bisa...
É tudo que tem valor
Se derrete em elogios
Desabrocha, vira flor.
Amor nenhum cabe nela,
Pois é ela o próprio amor.

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⁠Não sigo padrões de conduta
Repetir, limita e emburrece...
Viver, já é muito custoso
Liberdade, não rima com prece.

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⁠Podemos sim, mudar de opinião, não podemos jamais, mudar os fatos.

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⁠Esperamos por bônus
Recompensas celestiais...
Enquanto apenas morremos
Insignificantes mortais.

O que teremos, é a morte
Como prêmio no final...
Contente-se em morrer "bem"
Eis o teu bônus real.

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⁠Somos meros repetidores
sedentos e fragilizados
cópias de seres medíocres
corrompidos e idiotizados.

Somos legiões sem controle
nos chamam de "seguidores"
nesse curto palco da vida
nesse festival de horrores.

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⁠Tudo é efêmero
vida, desejos, pecados...
não há distinção, tudo acaba
com a mesma velocidade.

Aprendemos a sofrer tanto
com tanta intensidade,
que talvez seja por isso
que inventaram a saudade.

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