SELDA KALIL
Bendito seja meu coração
Devagarzinho e descompassado
Suscita minhas emoções
E deixa-me assim...
Sem direção.
Já tentei aligeirar-me, sem êxito.
Fiz corridas, dei saltos mortais
Sucesso em quedas livres
Com rezas e credos cordiais
Pelejo em apressar meus passos
Me atraso neste compasso
Cabeça gira a 360 graus
Atropelo-me sem degraus
Hoje Acordei pensando em você!
Há muito tempo não me acontecia
Hoje vacilei!
Fui contra meus princípios
Quebrei meus sacrifícios
Peguei-me pensando em você.
Sabe rapaz!
Você ocupou todo o meu dia hoje
Mesmo sem querer, me atrapalhou.
Por que acordei pensando em você.
Prometi tanto a mim não mais pensar!
Há muito tempo vinha driblando meus pensamentos
De verdade, sempre conseguia.
Achava até, que você nem mais existia.
Mas hoje me distrai,
e sem querer pensei em você.
Espero que amanhã seja outro dia!
Sem degraus ou decaídas
Por que já te esqueci .
Descontração e audácia
Se eu pedir você me dá...
Um beijinho por favor!
Acalente meus caprichos
Vem comigo meu amor
É tão pouco meu apelo!
Nem dá pra dizer não
Fica comigo esta noite
Beije-me sem segundas intenções
Viu só como é fácil!
Carinho é de graça!
Não há taxas ,não há juros
Nem cobranças em cima do muro
Sou uma flor perfumada!
Jogo limpo neste campo
Se ficar no meu abrigo
Serás meu eterno amor amigo
Se eu pedir você me dá...
Um beijinho por favor!
Revalidando meus dias
Com o pé direito subo primeiros degraus
E sem radicalizar meus passos
Abro as cortinas de minhas imaginações
Deito-me na cama das pacientes propagações
Meus dias se adicionam em mesa
Deixando para trás meras subtrações
Em comum acordo, divido as sobremesas
E revalido-as em combinações
Onde há fé,certamente brotam esperanças
Onde há vida, certamente brotam sonhos e bonanças
E onde há amor certamente há de brotar o reino de céu
A VIDA
Nas labutas deste mundo bizarro
Nem tudo está perdido e corrompido
Quem perdeu pode ganhar no seu plantio
E abraçar a vida até então sem sentido
Árvores que dão bons frutos
Vem das raízes fortes e bem alicerçadas
Se suas folhas caem pelo mau tempo a perecer
Suas origens fortes perduram-se até o florescer
Neste mundo de meu Deus há muitas terras
Que veio para habitar dando a cada um o seu pedaço
Mesmo que os temporais os sugam terá sempre seu espaço
Somos parte de uma sociedade conectada a criação
Que traduz o homem pela parte de sua vida plantada em conexão
Cada qual com seus direitos e deveres em metades ou inteiros
Nem adianta tentar me esquecer extinto amado
Seu palco das ilusões afundou-se em contradições
Merece sobreviver com estes entulhos expostos pelo pecado
Nem adianta tentar me esquecer
Serei única em tua vida, pode escrever
Seu passado um tanto tenebroso, me alertou
Suas escolhas no mundo dos tolos se consagraram
Nem adianta tentar me esquecer
Achou que podia continuar seu jogo medíocre
Ou que podia enganar a todos com suas burrices
Eternamente amei-te até o juízo final
Suas garras foram se alinhando
E se descodificando em contradições
Dentro do meu querer, certa inquietude.
Conspirando contra mim o lamento da longitude
Numa suposta deslealdade medíocre
Amor que um dia foi meu
E que amei sem contratempo
O vento chegou a tempo
E me livrou dos temporais.
Como um raio estrondoso...
Você dança sobre minha mente
Empurra-me e me puxa nesta louca saudade
Faz barulho na minha cabeça com assiduidade,
Como um raio estrondoso...
Você dita suas regras com certa inconveniência
Atormenta meu coração nesta obscura pertinência
Faz-me sua mulher nesta soberba solidão
Como um raio estrondoso...
Meu mundo cai aos seus pés indevidamente
Iludo-me nestes sonhos que jamais serão efetivados
Fico presa a esta armadilha sem direitos reservados
Aleluia, imunizei-me!
Praga pestilenta, o fogo queimou.
Fumaça da peste, o mar arrastou.
Afundou-se nos quintos dos infernos