Sayonara T.
Tá mais do que na hora de eu entender que, uma vez longe, nunca perto
Nunca.
Nunca mais.
A vida te tira um monte de coisas e depois te dá um sorvete pra te entreter.
É algo parecido com o fim da linha quando você não quer permanecer acordada, mas também não pode dormir, porque os sonhos são sempre generosos demais e nunca são bons se a gente acorda no final.
É isso o que eu sou.
Uma menina com a memória horrível, que esquece o indispensável e eterniza o inútil.
E é isso o que os sonhos fazem
Te dão razão mas não te dão sentido;
Te fazem viajar mas te tiram o sono.
E em quase nove anos,
Ainda não consigo dormir.
Howgarts nos espera de braços abertos sempre, pois o Expresso de Hogwarts não parará nunca, ele sempre sairá a cada 1º de setembro de cada ano na estação de King´s Cross, Plataforma 9 3/4, Londres.
Até o próximo verão!
E eu ainda vou me lembrar de você mesmo que o tempo passe e nos traga os sinais da velhice.
E eu ainda vou me lembrar de você mesmo que a chuva volte e a vida te deixe marcas que nem o tempo consiga apagar.
Temos asas, podemos voar ao som daquela antiga música que não sai das nossas cabeças.
E através da noite seríamos apenas nós, porque o silêncio não constrange quem realmente se conhece.
E enquanto travo a luta entre o gancho e a fé
Sinto os primeiros sintomas do cansaço vencerem a luz de um novo amanhecer
Ao som do bater dos sinos
Asas vão perdendo as forças
Entre a escuridão do não crer
E a eterna luz da inocência
Onde o acreditar é a tênue linha que divide os sonhos da realidade.
Eu preciso de tempo
Comigo, eu , eu mesma
Amando o nada
E sendo por ele ignorada
Sem reciprocidade de sentimentos
E sem dor pra magoar o passado
Em um mundo que economiza os segundos
Eu procuro pela fermata da minha vida
Até um dia eu arrancar os ponteiros
Até um dia eu quebrar o relógio.
A estrada é cansativa, comprida. Mas a noite sempre vale a pena.
Por entre as curvas eu vou me perdendo, pelo céu eu sigo meu rumo,
Pelos desertos da minha mente nunca antes habitados,
Ou pelos infinitos mares sem termo.
Seja meu amigo. Seja alguém pra mim.
Não vá embora, não corra, não seja covarde, prove que eu tô errada no fim das contas.
Tem coisas que eu sei que são só questão de tempo, e eu tenho que me lembrar disso o tempo todo. Mas tem outras coisas que não são assim.Que o tempo não tem nada a dizer sobre elas. Essas me apavoram
E se você não vem, meu bem
Eu me perco nessa casa
Mas deixo a porta escancarada
Pra nunca mais viver só.
Então me perdoem se eu me recolho a minha insignificância e passo de invisível por todos vocês.
Eu poderia ser muito mais, mas perdi a vontade quando soube o que isso significava.
Vocês podem ficar com as estrelinhas douradas agora.
Vocês não percebem, mas elas são de papel; é só o papel que brilha, e eu já não preciso mais dele.
Eu já vivi tempo suficiente pra saber que pouco importa o tempo.
Quando tiver que passar, passa.
Às vezes em um mês, às vezes em um milhão de anos.
As coisas são o que são, e às vezes, só são tristes.
A gente procura sentido, procura mensagem oculta, mas na maioria das vezes não é nada.
Nada é exatamente o que é.
É chato, é incômodo, não passa nunca e é alto.
É insuportavelmente alto. Grita no meu ouvido e explode diante dos meus olhos.
Quanto vai me custar deixar de querer?
Eu pagaria. Eu juro.
E dói como o inferno. E arde e grita e explode.
Tento me acalmar pensando em quão inútil é sofrer pelo que vai sumir.
E imediatamente o medo vem.
O medo da persistência, o medo da permanência.
Meu Deus como faz tempo!
Sai daqui!