Sandro Sansão da Silva Costa
Por do Sol
Tão calmo
Tão lindo
O sol partindo
Deixa-nos na saudade
Por lembrar recente
Sua imagem
Algo a se florescer
Dentro do nosso ser
Do criado, jamais esquecer.
Escrito ou não escrito?
A palavra escolhida
Como uma flor
Colhida
Brota no nosso ser
Toma um banho de luz
Começa a florescer
Ao dia aparecer
Um orvalho a escorrer
Cai no chão
Do poeta?
Do mundo?
Do profundo?
Da solidão?
Da pura fiel emoção
De um poema que nasce
Floresce
Permanece
Dentro do seu
Do meu
Do nosso
Coração
MUITAS VOZES (HOMENAGEM FERREIRA GULLAR)
Que vozes são essas?
Que até no silencio fala comigo?
Procuro dizer sem saber
O sentimento fala em meu ser
Dos poemas lidos
Dos amores esquecidos
Dos amigos perdidos
A voz presa na garganta
São manifestos?
São esperanças?
As vozes são tudo que carregamos
Do pai
Da mãe
De anos
O tom que temos
O tom que sabemos
É herança do que já esquecemos
Muitas vozes ao mesmo tempo falando
Eu aqui em silencio
Apenas observando
SOMENTE TEU AMOR
Quanto mais eu falo
Quando mais eu olho
Quanto mais eu gamo
Digo - lhe que lhe amo
Foram estes seus planos?
O feitiço da paixão
Teu corpo flama
Pele com pele
ES chama
Quanto mais fujo
Quanto mais nego
Desespero-me
Teu olhar gracioso
E o teu sorriso
Fala comigo
Somente teu amor
ÉS do que preciso
Antes e Agora
Antes
fazia-se
o que fazia
e nada sabia
o que fazia
até ter feito.
Hoje
fazem
o que fazem
e como fazem
de qualquer jeito.
Olhe direito
Basta
refazer
o desfeito
para ficar feito
o que tinha desfeito
assim
desse jeito
tudo na vida
dá -se um jeito.
Haicais para meu amor.
novamente
criança volto ser
perto de você
fica fácil
sorrir assim
flor de jasmim
não tenha pressa
está aberto sempre
meu coração
valioso
sentir-me vitorioso
com sorriso seu
Haicai - Triste Constatação
criança sorrindo
com brinquedo na mão
no meio do lixão
no meio do lixão
criança sorrindo
com brinquedo na mão
com brinquedo na mão
criança sorrindo
no meio do lixão