Sandro Sansão da Silva Costa
Cabra da peste
Joga-se a semente
Na terra fértil cresce
Fortifica-se.
Cria raiz, se expande no chão.
Da-lhe sustentação.
E começa cresce.
Rompe as barreiras
Torna-se a mais linda árvore fruteira.
Alimentam os pássaros, pessoas, animais.
De longe e de perto.
No céu vê este pequeno gesto.
Um ciclo nobre
A semente que antes era pobre
Hoje se torna fruto nobre
De uma terra fértil
De um lugar vindouro
Puro ouro
Do chão que se planta
Crescem as esperanças
Renovam-se as estações
Novas plantações
Novos frutos
Novos sonhos
De um sertanejo
Que olha para céu
Rogando por chuva
Pedido por clemência
Ao divino que lhe de providencia
Que esta árvore não mora
Que este chão não se seque
Que o gado nunca mais perece
Neste chão do agreste
Só consegue permanecer
Que for um bom cabra da peste!
CADA UM TEM O SEU VALOR !
Por ironia do destino passando o final de semana no interior, sem muito que fazer, fui participar daquela típica roda de conversa, papo vai papo vem, um senhor que ali se encontrava que é conhecido por todos como seu Mané, que de Mané não tem é nada. Contou-nos uma pequena história dizendo a diferença de saberes entre as pessoas, mostrando que nenhuma pessoa é mais importante que a outra, de uma forma simples, porém esplêndida que por meio desta crônica vou contar para vocês.
Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro: Companheiro, você entende de leis?
Não, respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido: É pena, você perdeu metade da vida.
A professora muito social entra na conversa:
Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?
Também não, respondeu o barqueiro.
Que pena! Condói-se a mestra.
-Você perdeu metade de sua vida!
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O barqueiro preocupado, pergunta:
Vocês sabem nadar?
Não! Responderam eles rapidamente.
Então é uma pena - Conclui o barqueiro. “Vocês perderam toda a vida.”
preciso dizer mais alguma coisa?
Fim
Quem cuida da minha vida sou eu
É incrível parece ser uma coisa tão óbvia, quem cuida da nossa vida? Quem ES responsável por ela? Quem pagará as conseqüências dos nossos próprios atos, somo-nos mesmo, não é?
Então porque é tão difícil assim para algumas pessoas entenderem isso. Se até mesmo Deus nos deu livre arbítrio para decidirmos o que fazer da nossa vida, porque algumas pessoas querem escolher o nosso futuro dizendo o que ES melhor para nós, com quem devemos ficar e tudo mais.
Hoje em dia não é diferente daquele passado onde mulheres não tinham direto de decidir o que fazer de suas vidas, e seus pais invés de cumprir o papel de pai direcionando seu futuro mostrando certo do errado e assim deixando por ela própria decidir o que quer fazer de sua vida, casamento, estudo e outras coisas. Querem decidir o rumo de suas vidas de qualquer jeito.
Vou lhes contar uma historia tremenda de um velho rei e sua filha, uma linda princesa como sua beleza eras também uma mulher muito sabia que sábia muito bem o que queria para sua vida, sem intromissão de qualquer pessoa, inclusive do teu pai o velho Rei que ela tanto adorava.
Mais como toda mulher daquela época tinha uma idade certa para se casar, e por ela ser muito sabia não ficaria com qualquer um, então o rei por iniciativa própria sem consultar sua filha espalhou por todo reino que iria fazer um torneio pela mão da princesa.
E em todo reino apresentou três bravos cavaleiros, para disputar até mesmo com sua própria vida, pela mão da bela princesa.
Então o rei propôs um desafio a esses três bravos cavaleiros. O desafio era o seguinte, quem conseguir encher a sala do trono rapidamente ganharia o desafio.
O primeiro cavaleiro pegou uma carroça e encheu a sala do trono de palha em apenas meio dia.
O segundo cavaleiro colocou mangueiras na sala do trono e encheu de água em apenas duas horas. Então veio o terceiro cavaleiro, pega um fósforo e acende as velas da sala, enchendo a sala de luz em poucos minutos.
Vendo o rei o desempenho dos bravos cavaleiros, decidiu por bem nomear o terceiro cavaleiro como vencedor, mas do nada surge à princesa que declara: se o campeonato ES pela minha mão, então ela queria participar também!
Todos do reino ficaram escandalizados com atitude da princesa, mas o velho rei por amar muito sua filha achou justo sua decisão, e decidiu que ela participa-se.
A princesa pega então em uma viola, em poucos segundos o palácio fica lotada. Então o rei declara a princesa como vencedora. E a princesa declara a todos então que.
Seus pés, suas mãos e tudo que for ES meu. E só darei a quem quiser!
E todos olharam impressionados com sua atitude, que por sinal de extrema sabedoria. O velho rei por sinal muito orgulhoso de sua filha. Ela pega uma mala e decide conhecer o mundo sem previsão de volta, deixando todos da corte de queijos caídos.
Quem eu sou?
Não sou fulano
Não sou beltrano
Muito menos cicrano
Quem eu sou?
Não sou consumista
Não sou individualista
Não me deixo levar
Por aparência
Não sou não sou não sou
Já disse que não sou.
Serei?
Talvez!
Ainda não sou.
Menino, jovem, homem sonhador
Quem eu sou?
Será que eu sou?
Ou jamais serei quem de fato penso que sou?
Ainda bem que sou o que sou
Não importa o que sou
Apenas sou
Assim como sou.
A maravilha da cozinha!
Não sabia que a cozinha representasse tanto assim em nossas vidas. Muitos menos que fosse um elo tão importante entre a união estável de um casal. Lembro-me das noites às escondidas nas pontas dos pés, saltava a geladeira.
Meu alvo preferido era as latas de leite condensado, onde sempre ficava um furinho discreto no canto, e o resultado era a lata vazia. Pela manhã amanhecia com dor de barriga, e a famosa desculpa que não sabia de nada, talvez fossem meus irmãos; que tiveram tomado, “eu” de maneira alguma. Para não cometer o erro de bater na pessoa errada; todos nos apanhávamos de minha mãe que ficava sem fazer o pudim, mas que surra gostosa que era, e por sinal muito saborosa.
Lembro também daquela velha desculpa que minha mãe dava, na segunda feira começo o meu regime. Mas nunca especificou qual segunda seria essa, e muito menos em que ano se tratava. O fato que sempre a geladeira ela atacava. Ainda fica na memória a fera indomável de meu pai, ao chegar do serviço e a famosa frase a comida esta pronta?
Se a resposta fosse que sim. Em dez minutos saciava-se sua fome como poucos fazem, e um olhar de satisfação por casar com uma mulher tão prendada na cozinha assim como minha mãe.
A cozinha não era somente lugar de matar a fome, mas também de prosear. Lembro que sempre que a comida estava com um cheiro ótimo, assim como o bolo de fubá que exalava pela vizinhança, tinha uma vizinha que logo tratava de fazer sua visitinha. Com o papo mais manjado que nota de um real. Oi vizinha como anda as coisas por ai?
- Estão bem, graças a Deus! Quer entrar beber alguma coisa, ou provar do bolo que estou fazendo.
- Se não for incomodar?
- Imagina, não será incomodo nenhum.
- Então ta.
E assim ficava a tarde toda, só saia quando o prato estava vazio, e a velha desculpa que nunca acerta a mão como minha mãe na hora de fazer a massa. Eu sei que isso seria desculpa para visitar sempre que sentir o cheiro de bolo no ar, ou qualquer outra comida saborosa que minha mãe fizesse.
Percebi também que a cozinha se tratava de um lado intimo de cada um. Por exemplo, uns tinha medo de entrar na cozinha e não conseguir resistir e dar aquelas beliscadas na geladeira, para saciar sua gula, o famoso olho gordo e depois bater o arrependimento, com aquela pergunta que não sai da cabeça, não devia comer aquilo. Mas com um prazer indiscutível de matar sua vontade.
Outros entram e saem tão depressa que não dá tempo de comer nada, a não ser tomar um copo de água gelada, às vezes é da torneira mesmo. E tem aquele que todos morrem de inveja, o famoso come tudo e não engorda nada. Esse sempre recebe apelidos invejosos que existe uma anaconda em sua barriga que faz a sua digestão.
Ainda não citei aquelas velhas reuniões de família, que sempre acaba na cozinha, e apertos de mão e principalmente de bochechas e sarro de outro parente que não esta fazendo parte da reunião daquele momento.
E como esquecer as festas de final de ano, que antes mesmo de esperar dar a hora da ceia, sempre tem um primo gordinho que ataca a mesa primeira, como o papo que tem que acordar cedo para ir embora então tem que ser o primeiro a comer. E assim puxa a fila daqueles que estão de olho desde o começo da perna de peru, que por sinal fica sempre com o tio espertalhão e comilão.
Na verdade a cozinha é à parte mais vivida em uma casa, e acaba resumindo uma parte de nossas vidas, a sala fica sendo a segunda parte, que costumo chamar sala de repouso dos comilões exaustos. Que termina assistindo um vídeo caseiro e a gargalhada da velha guarda e suas bocas de sino, e cabelos Black
Power. Justamente nessas horas você fica sendo o alvo principal, com senas pitorescas e de perguntas sem pé e sem cabeça. Mas a vida segue seu curso e a cozinha mesmo nos tempos de hoje, ainda é o cômodo mais importante de uma casa. Mesmo crescido e agora casado, lembro-me de varias cenas que jamais serão esquecidas com minha mulher. Principalmente nos finais de semana onde fazíamos comidas juntos e acabávamos lambuzados com sorriso de felicidade e ali mesmo fazíamos amor. Ou aquelas noites um sem se falar com outro, entre um abrir de gaveta e outra; cotovelos se encostam um olhar meio de lado, dava aquele beijo gostoso inesperado pegava ela no colo e derrubávamos tudo e íamos para o quarto, quando dava tempo ou então pelos cantos da casa mesmo.
Sempre foi assim, a cozinha faz presente a todo instante de nossas vidas. Hoje com filhos presente, faço a famosa oração em volta da mesa, e todos ali contam como foi o seu dia, o que o Junior aprendeu de novo na escola, o que minha linda mulher fez de especial, como foi meu serviço e se pelo meio do caminho encontrei alguém, e assim se vai nossa vida, que por meio de dificuldades muito bem vividas, na maravilha da cozinha, do nosso humilde e aconchegante lar, doce lar.
Coisas que vem e vai
Um instante apenas
Para escrever algo que valesse a pena
Justamente neste instante
Não tenho lápis e papel na mão
E assim como relâmpago
Tornou - se um imenso clarão
Do esquecimento
Unidade do amor
Se ela me ama
Se ela me quer
Se ela me deseja
Se ela me completa
Se ela é tudo isso e mais um pouco
O que sou para ela?
O que faço por ela?
Recito alguns poemas
Trago-lhe flores
Encho - lhe de beijos
Faço - lhe um afago em teus cabelos
Olho em teus olhos
E digo:
Não com palavras
Não com versos
Mas com universo de meu coração.
Se ela me ama
Se ela me quer
Se ela me deseja
Se ela me completa
Então nós dois nos amamos.
Meu olhar em teu olhar
Olhei uma vez, e não acreditei.
Olhei novamente, custou-me acreditar.
Pela última vez olhei, e nunca mais tirei meus olhos de você.
Conhecer-te
Aventurando-me
No desconhecido
Foi onde lhe encontrei
A verdade dos seus olhos
Fizeram-me ir além
Descobri o novo
Descobri-me de novo
Tudo bem!
A paixão que chega
Quando chega
Até os anjos dizem amém!
Jovens apaixonados
No olhar
No agir
No tocar
Sente-se o novo
Sente-se o renovo
O sangue correr nas veias
Sem parar
Nitroglicerina pura
Jovens prontos para amar
Coração a disparar
Não da mais para evitar
Chegou o momento
Dos corpos se encontrar
A magia acontecer
Jovens por muito tempo
Ainda vão ser
Como é gostoso amar e se conhecer
Juntos amadurecer
Paixão
Amor
Tensão
Tudo resplandecer
Em noites esplendorosas de prazer