Sandro Capoeira
O capoeira deve ser resistente como o berimbau, que mesmo pressionado o tempo todo, transmite o seu melhor choro para a roda.
Estável como o pandeiro que balançando se firma e ressoa suas melhores notas a cada tapa recebido.
Ancorado como atabaque, que ressoa sua marcação firme, plantado em sua base, respondendo apenas ao ritmo pulsante do seu coração.
Seja berimbau atabaque e pandeiro, e eles serão você.
O tempo nos trás experiência, as ações nos dar o título, o labor nos concede a graduação, mas a mestria só vem com o saber e o discernimento de tudo isso acompanhado dos componentes principais: humildade e comprometimento.
Na minha vida, passaram-se muitos professores, alguns me ensinaram como ser! outro como não ser. Guardo dos melhores, as estratégias para transmitir o meu melhor. E dos mediocres, as lições do que não fazer pra me reduzir.
Aos orientadores, que carregam um pouco dos conhecimentos aplicado por mim, desejo discernimento para cada dia honrar a função "PROFESSOR"
Reafirmando que o bom professor, é professor em qualquer lugar.Sandro Capoeira
Música em homenagem a mestra Alessandra guerreira de Caculé/Bahia.
Não sou guerreira, porque eu gosto de brigar/ mas na vida o que passei/ você nunca vai passar.
Sou capoeira/ e canto com muito axé/ sou de bom Jesus da Lapa/ e tambem de Caculé.
Se não conhece/ agora vou lhe falar/ heroína do sertão que chegou pra vadiar.
Sou capoeira/ mulher de muito valor/ sou pimenta de arder a língua de falador.
Muito energia carrego no meu cantar/ paraná, paranaê, lalaê lalaêlá.
Paraná paranáê:
lalaê lalaê lá
Paraná paranaê
Lalaê lalaêlá
Sandro capoeira
Música em homenagem ao professor Celso.
Bilhete premiado
Minha história é essa mesmo/ minha vida é essa mesmo, agora vou lhe dizer.
Nada eu tinha nessa vida/ só vontade de crescer.
Trabalhei de sol a sol/ para vida melhorar,/ na metade do caminho/ encontrei o meu cantar/ um bilhete premiado/ um bilhete premiado colega vei/ fez minha vida transformar/
Capoeira trouxe tudo:/ me deu casa, me deu lar/. Encontrei minha morada, da morada eu fiz meu lar/ Tenho filhos e trabalho, e um "cantin" pra descansar/ E as feridas dessa vida, capoeira pra curar camara.
Iê viva meu Deus.
CORAL
Sandro capoeira
Eu vi a terra tremer
Coral:
Eu vi a terra tremer/
Eu vi o chão balançar/
Vi coral estremecer/
Vi o povo vadiar!
Eu vi a terra tremer.
Coral:
Oi, quem sabe faz a hoooora/
Não espera aconteceeeer/
Se não sabe, fiac quieeeto
Senta aqui pra aprender.
Eu vi a terra tremer.
Coral:
Eu nasci foi na bahiiia/
Lugar bom de viveeer/
Tem roda pra todo munnndo
Tem pra mim e pra vc/
Eu vi a terra tremer?
Coral
Pandeiro tocou na rooooda/
O atabaque respondeeeu/
Berimbau chama outro jooogo/
Jogador nem percebeu
Eu vi a terra tremer.
Coral:
A energia dessa roooda/
Incendeia miltidããão/
Quero ver coral cantaarr/
Bater na palma da mããão.
Sandro Capoeira
Quer ver você cantar
Coral:
Essa cantiga é pro nego vadiar/ canto ligeiro quero você cantar.
Nego balança pula aqui, pula acolá/ se não pode com rasteira, não levanta o pé pra ar.
Coral
Eu vou me embora, não sei quando vou voltar/ voltar do mundo, na volta que o mundo dar.
Coral
Balança nego quando a viola chorar, chora viola, quando o nego balançar.
Coral
Canto ligeiro, canta ai pra povo ver, você e eu, tu e eu, eu e vc.
Coral.
Sandro Capoeira
Homenagem (2) ao mestre Borrachinha
Na minha memória, trago uma história fácil falar, falo de Borrachinha nego mandingueiro, que a capoeira ensinou jogar.
Oi na Ginga Brasil, começa uma história, que logo em seguida teve que mudar, Guerreiros de Aruanda de seu Borrachinha, nossa academia é no mesmo lugar.
Foi ali que aprendi/ todo fundamento/, aprendi cair, aprendi levantar/ hoje eu levo pra o mundo, com muita alegria, a história de um homem que soube ensinar.
Obrigado meu mestre pela capoeira que tu me ensinou/ sua história eu carrego por toda minha vida, por onde eu for.
Sandro Capoeira
Swing bom.
Coral:
Olha que suingue bommmm!
Que a capoeira fazzzzz/ berimbau comanda o somm
Isso aqui ta bom demaaaais.
Pandeiro marcando o tempo, platinela balançou, tambor tocou, três por um,
O meu corpo arrepiou.
Coral:
Olha que suingue bommmm!
Que a capoeira fazzzzz/ berimbau comanda o somm
Isso aqui ta bom demaaaais.
Cantador canta pra roda,
Vaidade não convém,
Canta passado e presente
Que o futuro ainda vem.
Coral:
Olha que suingue bommmm!
Que a capoeira fazzzzz/ berimbau comanda o som
Isso aqui ta bom demaaaais.
Joga em baixo, joga em cima, berimbau que vai mandar, canta coro e bata palma. Que o dendê vai derramar.
Coral:
Olha que suingue bommmm!
Que a capoeira fazzzzz/ berimbau comanda o som
Isso aqui ta bom demaaaais.
Jogando de dois em dois
Não deixe a roda parar,
Se quiser comprar o jogo
Enche o bolso e vai jogar.
Conquista joia rara do sertão
Vou pelo mundo, tocando meu berimbau, quem quiser me conhecer sobe a serra do marçal.
Sou de Conquista Jóia rara do sertão, terra de Elomar figueira, tocador de violão.
Carlos Jeová, nosso grande escritor, representou o sertão, conquista, interior.
Serra dos pombos, voltando de outro lugar, quando chego em Conquista não me canso de falar.
falo de tudo que há de bom nesse lugar, logo penso Glauber Rocha cineastra igual não há.
Na cento e onze, saindo do meu sertão, com o mestre Acordeom e Balança na direção.
É tanta história que me esqueco de contar, por falar em capoeira, salve o mestre Sarará.
Do outro lado, quem passou também já viu, o Cristo de Mario Cravo, foi ele quem esculpiu.
Nos quatro cantos capoeira eu fui jogar jóia rara do sertão tem história pra contar.
Foi muita coisa pra chegar aqui, onde é catedral, foi casa dos ben-ti-vis.
Joao gonçalves com maldade no olhar, fez o banquete da morte para os índios dizimar.
Daqui pra frente Conquista virou história, passando a se chamar, Imperial vila da Vitória.
Mas com tempo seu nome se transformou em Vitória da Conquista, a capital do interior.
Conquista terra que me conquistou, jóia rara do sertão capital do interior
Conquista terra que me conquistou, capoeira do sertão, grandes mestres de valor.
Sandro capoeira
homenagem a Borrachinha (1)
O meu mestre, ele partiu
O meu mestre ele partiu, colega vei
Eu eu não pde acreditar
Velado por duas vezes,
Fez muita gente chorar.
Muito fez aqui na terra,
Mas foi morrer lá no mar
Atendendo o chamado,
Chamado de Iemanjá.
Sofrimento após a morte
Entristeceu toda Bahia
Perdemos um grande mestre,
Perdemos seu Borrachinha.
Foi morar no outro plano
Com seu Bimba e seu Pastinha.
Foi tocar com Valdemar,
foi jogar com Canjiquinha.
Onde tu tiver jogando,
Receba minha energia
Pois o que eu ensino hoje
Tu que me ensinou um dia.
Seja la onde estiver,
sei que de mim vai lembrar
Pois, na hora da tua partida,
Naquela triste despedida.
Fui eu quem estava la camaraá
Iê viva Meu Deus!