Samuel Vaz
Ao ter que fazer alguma coisa, preste atenção, pois quando o vento soprar fraco demais é porque alguma mudança está por vir. Prepare-se!
Estão sempre questinando
Merecendo um lugar no pódio
Ando odiando tanta coisa nessa vida
Que odeio até o ódio...
Nem minha sombra me segue tanto
Igual esses merdas brotando do escuro
Criticando o que faço, analisando minha vida
Querendo dar opinião do meu futuro
A pressão por uma vida perfeita
Desencadeia o término da sua juventude
Mesmo vivendo super bem, conquistando seu espaço
Querem continuar opinando sua atitude
Ser um molde social ou um completo boçal
Já é uma realidade
Se torne um robô dessa indústria
Destinado ao fracasso
Por aceitar viver essa mediocridade
Mas dá tempo de parar
Esboçar em um momento um vestígio de esperança
Indo contra a maré com a ousadia de um espartano e a simplicidade de uma criança
Pode até ser tachado de louco
Ou um fardo da sociedade
No final você verá que em meio a tanto caos mudará metalidades
Pois o que somos no universo
Além de atitudes e história
Mude o mundo ao menos um pouco agora
Antes que a morte comemore
Terminando com um legado
Intitulado de doido ou talvez herói
É melhor que morrer na rotina dessa vida que aos poucos te corrói
Talvez o mal do século não seja a Aids nem tão pouco o câncer
Mas a pressão pela perfeição a própria depressão. Tudo tudo a seu alcance
Mas quem sou eu pra dizer o certo, errado ou talvez o que fazer?
Apenas mais um escritor inspirado
Indagado pela pergunta... Será que irão entender?
Seria fácil ser rico com todas qualidades e até jogar com a 10
Mas não, nasci pobre, só com a vontade de por os padrões sob meus pés
Extremamente desiludido, achando que só sendo bom acharia alegria
Coitado, só mais um pé rapado que notou que não serve pra mais que só companhia
Alguns conselhos úteis, gestos notáveis e pouco a falar
Resposta foi muita mentira, nenhuma reciprocidade e foi se ferrar
Uma hora vai dar certo pense assim que esse dia logo vem
Só pra não sair da rotina, já lanço spoiler: isso é mentira também
Talvez na sua comodidade o final feliz sempre lhe agrada
Sorte sua que não é sua esperança que vem sendo maltratada
Desculpas esfarrapadas, sumiços absurdos e nenhuma explicação
Mas com o sorriso de sempre fico esperando a tal situação
Situação de tudo dando certo, uma utopia indigna de meu pensamento
Um cara que tinha tudo pra dar certo, mas nunca achou o momento...
Um ensino escolar péssimo
Marcado como a batida de um bumbo
Te enquadram num padrão
Pra se enquadrar como soldadinho de chumbo.
Talvez para escrever algo você não precise pensar, do nada surgir
Uma coisa que não consiga falar, somente sentir
Afinal como escritores podem fazer obras e ter tanta inspiração
Será esse o dom natural para poucos ou um toque místico do seu coração
Nunca fui fã de nenhum escritor, menos ainda de um livro ler
Mas como explicar todo esse rancor, contrariando minha facilidade de escrever...
Já por este verso consigo notar, nenhum rumo a essa poesia darei
Continuo falando de pensar, sentir e escrever ou de livros que nunca lerei?
Incrivel sua curiosidade até aqui, não abandonou essa coisa sem sentido
Imagino que esteja com raiva, pelo tanto de tempo perdido
Nem faz mais sentido,
Liguei o modo aleatório
Não fique oprimido,
Não faça desse texto um velório
Chegando a última parte,
Vou logo dar um fim e a vocês dizer
Para escrever, não precisa de dom, nem de talento, precisa querer
Quando você pensa que achou alguém que pudesse juntar seus cacos coração, você nota que a pessoa só queria roubar os pedaços que faltavam no dela.
"Visão da direita, visão da esquerda
Uma idiota briga de egos
Onde não vemos futuros e no olho por olho ficaremos cegos"
Eu decidi meio que sem notar deixar muitas coisas de lado, agora notei que uma delas foi o ódio, que é tão próximo ao amor, porém bem mais citado
Não vou dizer que tudo melhorou, que não tenho problemas e fico zen, mas parei de me preocupar em guardar tanto rancor dos outros e lembrar que podemos amar alguém
Além de si mesmo, afinal, nós é claro, podemos, ser gratos a nós mesmos e pelos frutos que plantamos e tão pouco colhemos
Meu coração pulsou por alguém e ficou perdido, meu coração quebrou por alguém, ih iludido, meu coração bateu por alguém, Ah escondido, meu coração, olha, meu coração, esteve sempre comigo
Nunca me deixou de lado, sempre teve por mim respeito, ao contrário do que faço, dedicando ele aos outros e o deixando de lado trancado no peito...
Risos, gostei tanto desse meu texto que desisti de terminar, deixo a quem for ler essa parte, façam como quiserem... Mas não se esqueçam, todos nós nos amamos, mesmo sem falar... A frequência é a mesma!
Essa é a última vez que escrevo
Hoje,
Sem sucesso
22 anos e sem rumo
Sem bebida
Sem ressaca
Sem destino
Sem rumo
Sem nome
Sem documento
Sem responsa
E obrigação
Sem talento
Sem lugar
Sem olhares
E atenção
Nunca fumei
Até hoje eu digo isso e me desgraço
Já queimei vários dias em vão
Mas ainda nem meu primeiro maço
Talvez eu viva com medo
Talvez não saiba minha sorte
Talvez eu deva procurar num outro lugar
Quem sabe não mato minha morte?
Minha escrita é verdadeira, sem sentimento e sem maldade
Destruindo meu corpo e ao redor
Transformando em insanidade
Eu tenho muito medo
De altura e até de ficar só
Medo de ter dado tudo de mim
E ainda assim não ser suficiente o meu melhor
Olha o quão profundo já veio
E ainda não quer parar?
Desista... Desista
De sis ta
Talvez na minha pior fase
Foi em que eu mais me encontrei
Vi um lado que não conhecia
Tão pouco entendia
E talvez não entenda
Meu pior lado é arrogante
Ignorante e tem muito medo
Essa parte me domina
Me move pra baixo e pra cima
Talvez por isso tenha medo de tudo que se aproxima
Um grito
Uma lágrima
Cada vez caio mais longe
Não me levante
Eu levito
Não me chame
Eu grito
Não me procure
Eu evito
Mas preciso cair pra sentir a dor de estar vivo
Diagnóstico: padrão
Morri em vão
Complicado, talvez esse seja eu
Ou alguém que imaginei
Alguém que matei
Alguém que morri
Desprezo
Desprezo
Desprezo
Desprezo
Desespero
Dor
Saudade
Ansiedade
Morte
Tensão
Abominação
Me domino
Me ensino
Me regulo
Afinal, me deixe pensar
Sou nocivo
Meus poemas morreram,
Assim como eu...
Me perdi neste personagem
E ele me enlouqueceu
Não sei a saída
Será na próxima esquina?
Vivendo ou sobrevivendo,
Nem sei mais, é só uma rotina