Salomão Ferreira
No meu peito fez morada
Se instalou como semente
Germinou sem falar nada
Floresceu em minha mente
Está em toda parte
A natureza é assim
E não há oque separe
Ela está dentro de mim
A magia e fonte de beleza
Que por vezes e mal compreendida
A quem diga que uma vela acessa
Traz magia também pra nossa vida
Milagre ciencia magia
Cada um entende como ler
No livro da sabedoria
Só acreditando pra ver
Tudo tem seus opostos
O bem e o mau noite e dia
E no coração que aposto
A minha filosofia
Cada um vê o mundo do seu jeito
Eu vejo da minha maneira
Vejo o Sol a lua e as estrelas
A mata animais e cachoeira
Mas vivo nesse mundo de cimento
O qual não me traz a Paz
Me tira a liberdade
Meu coração pede mais
Sonhar é meu dom maior
Nos sonhos me sinto seguro
Espero um dia viver
Meus sonhos em meu futuro
Numa fração de segundo
Se abre o véu da verdade
O coração corre o mundo
Em busca da liberdade
Os olhos carrega o peso
De ver mais do que um olhar
A lágrima pagando o preço
Que a vida tende a cobrar
Que o amor tenha altura largura e profundidade
Que o amor traga lembranças sonhos e saudade
Que o amor seja o mel que adoça a liberdade
Que o amor una com laços de amizade
Que o amor ande ao lado da verdade
Que o amor não perca a simplicidade
Que o amor vença as adversidades
Que o amor pertencente aos animais
Nos ensine um pouco mais
O futuro é uma vela acesa
Pra que leva a Fé e esperança
Sendo isso a maior riqueza
O passado é apenas uma lembrança
Chega o tempo que temos que florir
Pra florir é preciso ter plantado
A momentos que temos que sorrir
As dores ficaram no passado
Todo dia um novo recomeço
Qual terá seus próprios desafios
Eu recebo somente oque mereço
Vou fazer hoje mesmo meu plantio
Fragmentos são pequenas parte de um todo
Que nunca contam a real história
E como em um garimpo de ouro
No imenso labirinto da memória
Com riqueza espalhada pelos cantos
Assim como em um grande jogo de xadres
Fragmentos de sorriso e pranto
Contam a história real mais uma vez
Sob a luz das estrelas as memórias
Saltitando fervorosa em minha mente
Como houvesse um contador de historia
Confessando o que o coração sente
Em estudo observa a natureza
Que a ciência não pode explicar
Como pode uma pequena luz acessa
O meu mundo inteiro iluminar
As vezes quero ficar só
Mas sozinho nunca estou
Pensamentos vagam e dão nó
Em qualquer lugar que eu estou
Se bilisco com olhar
Ou sinto o cheiro flor
Parece me contemplar
Em todo lugar que estou
Não me deixa dormir
Nem me deixa viver
Se não tem como sumir
Sozinho vou me perder
O amor tem poder onipotente
Que nos guia em nossa caminhada
A cada ano ficamos conciente
Somos guiado pelas curvas da estrada
Sobe a serra buscando a nascente
Que o leito do Rio orientou
Enxerga no caminho a sua frente
A trilha que alguém ali passou
Confiante segue sem ter medo
Descalço pisa no chão frio
Sabendo que vai chegar mais cedo
Só porque entendeu a voz do rio
Cantar como canta um passarinho
Quando voa livre pelo ar
Se a chuva chega de mansinho
Sempre encontra um lugar para pousar
A natureza é perfeita
Até nas imperfeições
Assim como a mão direita
Quando toca os corações
Tudo tem o seu lugar
Seu tempo na arquitetura
As vezes bem devagar
Com imperfeita ternura
Como seta que cruza a imensidão
Acerta o alvo desatendo
Levando a outra dimensão
Lhe causando um grande ferimento
Mas a luz que lhe guia nunca falha
Arranda do peito essa raiz
A cura tarda mas não falha
Restando apenas cicatriz
Oque dá, dá
Oque não dá não tem jeito
É melhor negociar
Com tudo que tem no peito
Continua a caminhada
Nas curvas da perfeição
Errar não quer dizer nada
É sempre boa lição
Errar o caminho faz parte
Vai fazendo a correção
O mundo é mestre na arte
De embrulhar pra presente
A caixa de confusão
Seca o pranto e sai da armadura
Que batalha contra ti não vencerás
Libertar-te das correntes da loucura
E largas esse peso para traz
Que a vida seja leve enquanto dure
Que sejas tu teu protetor
Que a graça em ti perdure
Te veste com túnica do amor
O hálito da lua toca a face
Em plaino leito de pura luz
A noite calma cela o enlace
Nos raios do Sol que lhe conduz
E segue no meio das flores
Dembaraçando fios de beleza
Em meio ao cipó cheio de cores
Com asas de grande leveza
Soando como sino de vento
O tempo tem a própria lei
Esquece o espaço e o tempo
O destino tenta outra vez