Rúbia Machado
Sonhei em ter
Acreditei te trazer
Não quero admitir
Tua partida de mim
Deixa - me sozinho
Troca - me por alguém
Não me amargure
Com tuas doenças
E neuroses, de não amar.
Não sou um problema seu
Muito menos escravo de teu rancor
Sendo assim, sua festa acabou.
Fraca essa tua alegria
Inconstante, faminta e vazia
Chorando os becos sem saídas
Ansiando cheio, a lacuna da agonia
Há quantas dores no mundo?
Será fácil mudar?
São perguntas pacatas
O caos sofreu mutação
Tranquilidade é dada pela rotina
E a miséria alheia virou sina
Quanta paz tenta buscar?
Naquele apreço barato ao dinheiro
Naquele triste cigarro
Cheios de melodramas e obsessão
Apresenta - se a real vida
Vida de costumes e
Buscas desprazerosas.
No deleito da morte súbita de devorar a carne sem lhe atribuir qualquer afeto, penetrou e dilacerou
Tirou proveitos a seu bem-estar e a matou lentamente sob o inesperado pensamento dócil de que ele seria um cavalheiro.