Rosemere Melo Sanginetto.

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Túmulos vocálicos não calam adjetivos!
Ó sinuosa escrita!
senda oblíqua,
de arritmias linguísticas!

Anjo regente,
sou cítara em seu opus!
sou alaúde em seu odes!
sou escrita cuneiforme em seu códice!
sou a personificação mais vívida,
do que imaginas!

Olhos mádidos,
filetes orvalhando o súbito,
eis o néctar do impulso:o abrupto!

Não sou asceta,tenho arestas!
não sou perfeita,tenho fendas!
Não tenho mitra,tenho estigmas,
e sou compelida por etimologias!
o que para você soa como filosofia,
para mim é só fisiologia,
não é anomalia,
pensar por si mesma!
Tenho medo do anatômico!
tudo que cabe na palma da mão é ilusório,
por isso contorno o imensurável!
dedos são cegos,
por isso não aponte eles para mim!

Gosto quando subestimam minha percepção,
assim posso surpreende-los com a minha sensatez,
porque é melhor engolir sapo,
que vomitar um boi!
guardo no íntimo,
uma força invisível,
que me liberta dos seus rótulos mesquinhos...

Você não suporta o diferente,
porque isso, destaca a sua mesmice,
e a sua falta de compreensão!
não confunda discordar com discórdia,
nem primário com primitivo,
tampouco use adjetivos,
sem conhecer o substantivo!
é melhor ser ingênuo do quê leviano,
antes a pequenez da dúvida,
que a arrogância maiúscula da presunção!

Inserida por marypoetisa17

O teu andar está atrelado ao passado,
precisa desengatar o fardo,
da decepção...
não deixe a dor ser a locomotiva,
não somos vagões,
nós somos uma trilha desconhecida,
longe da rodovia,
querendo ir onde a pupila conduzir!
a emoção existe para lembrá-lo que viver,
é ter atalhos para seguir,
é ter a habilidade de subtrair,
o que não levar a lugar nenhum!
Ó anjo da estrada,
mesmo uma aspa,
pode ser uma farpa,
na fraseologia do coração!

Nem tudo é óbvio,
nem mesmo o tópico!
nem tudo é dito no ditado,
pare de sublinhar o que narro!
de mim só conheces o prefácio,
e fora de contexto,
o texto é falho!
o grifo é seu!

A pedra filosofal,
é uma lápide figurativa,
onde morre o literal!
Ó anjo abrevia-me as símiles!
transmuta-me em simples!
dispersa-me em síntese!
A química é um processo que coexiste,
com o imaterial!
o atrito do epitelial,
com o intelecto,
é a combustão do etéreo,
no subcutâneo!
mesmo o intáctil,
é a fricção do imaginário,
no volátil!
os projéteis dos olhos,
são figuras disformes,
que deformam o horizonte,
se queres encontrar a pedra filosofal,
precisa sepultar o foco no tátil,
porque o toque é a cegueira dos sentidos,
e sempre te aprisionam a instabilidade,
do anatômico!
nem todas as palavras cabem no corpo,
por isso escrevo!

Inserida por marypoetisa17

Tudo que exalo,
e tudo que aspiro,
é síntese do reflexo e do irrefletido,
sumário,glossário e ao pé da página,
que nunca me calem as falhas literárias,
a poesia é diálise,
espelho e psicanálise,
divã do extra-sensorial e do imperceptível!
ó meu anjo escarlatino!
meu silvo lírico,
fresta do oblíquo,
avesso de mim...
não leia-me ao pé da letra!
o fonema nada representa,
se não houver formas que se encaixem,
na essência das intenções!

Ó fenda metafísica,
o sentir elucida,
o ignoto!
com olhinhos apreensivos,
tocamos o subtendido,
como o reluzir do cosmos
na lápide da interrogação!
Cada estrela é uma nota airada,
que infla-nos a alma,
e na efusão do emotivo,
o planger das órbitas,
transbordam as abóbodas,
de incógnitas!
E aquele olhar melancólico,
é uma estrela caída,
que prefere a lousa do esquecimento,
que a lembrança do que se apagou...

Efêmera chama,
é a ótica,
pois depende da superfície rasa e perecível,
enquanto que só no íntimo,
há a síntese,
de todos os sentidos!
Papilas gustativas,
dedos apelativos e o olfativo,
só assimilam frações minúsculas,
do indivíduo!
queres conhecer alguém?
não dependa de mãos e dedos...

Inserida por marypoetisa17

Ele tecia no banjo,
um nó ou uma dó?
toda nota que não vibra na aorta,
é uma arritmia sonora,
é preciso vibrar não só a úvula,
mas também a tablatura,
do coração...

Inserida por marypoetisa17

Há nas figuras,
timbres e sonoridades!
cada protuberância,
tem dissonância,assonância ou harmonia,
depende da relativa,
da retina!
A visão é o vapor da projeção,
e o som é o gráfico da conotação!
nada é insólito demais para o coração!
Se a rima é o contorno da figura,
o figurado é a concordância mútua,
entre silvo e substância!
Os olhos são esculpidos por espectros de consciência ,
por isso nada vês além do quê acreditas!
Os ouvidos entalham a circunferência,
do inconsciente,
por isso as palavras soam diferentes,
ditas por outros lábios...
O diálogo é engraçado!
mesmas frases,
em tons de vozes diferentes,
parecem idiomas desconhecidos!
por isso não me culpe pelo erro de semântica,
precisão só existe na quântica,
a palavra é dinâmica...

Ó alma selênica,
teus versos são veias,
líricas hemorragias,
sangrias íntimas,
de aórticas rimas,
do coração anêmico,
faminto por melodias...

Transpassa-me o fulgor do etéreo!
como se transmuta o revérbero,
no vertebrado?
através do solfejo articulado,
do figurado!
fojo abismal é o abstrato!
onde o sentir é o arauto,
do introspectivo.
ó meu anjo ascendente!
eleva-me o consciente,
até o infinito!

Alva e translúcida,
a verdade é uma busca,
pela desmaterialização!
É na decomposição dos olhos,
que manifesta-se o sólido,
por isso fechas os olhos ,
e vês o teu avesso,
e hirto no travesseiro,
materializas o letárgico desejo,
de projetar-se fora de si...
A névoa espessa,
esconde pinheiros e cordilheiras,
assim é a certeza,
uma fina bruma de soberba,
que não deixa que veja,
além da cerviz!
pupila é aprendiz,
mentor é a diretriz ,
do invisível...

O que há de mais assimétrico no universo,
que a matéria que contesta o imaterial?
altercas com o vento?
ó forma abstrata é o entendimento!
ás vezes deforma a essência do que é fisiológico,
pela conveniência do filosófico,
o psicológico é um artesão hábil,
em moldar a dimensão do fato,
e o julgamento é frágil jarro,
que se espatifa no vácuo,
da subversão!
Eu caminhei sem pavimentação,
em clareiras,
áridas veredas,
onde palavras sedentas,
rastejavam à sarjeta,
como mendigos por coerência!
mas na dualidade encontrei o sentido,
porque humanos não querem argumentos,
e sim motivos!
teus olhos são narcisos,
tem estames e estigmas,
desde o estilete até a haste,
transmutam a ficção,
do anatômico!

Chora o mármore frio!
o estro sepulcral do notívago!
ó lousa púrpura!
a lamúria é túnica,
que reveste a rima,
como a aragem úmida!

No alvorecer matutino,
o florescer do emotivo,
é um lótus vítreo,
que prefigura a transição,
do tátil para o sorvo...do subjetivo!

Exclamam os címbalos,
o grunhido aferrado,
o balbucio enclausurado,
do sorumbático!
sangrei adágios,
arpejos hemorrágicos,
acordes latejavam,
enquanto me esvaía em linhas!

Anjo soturno,
a melancolia é um túmulo,
féretro jugo,
do obscuro!
o poético cria o paralelo,
entre o introspectivo e o manifesto,
descreve o reflexo invertido,
do sintomático,
porque o sentir não é estático,
está intimamente atrelado,
ao oblíquo...
o verso ás vezes é óbito,
e a dor ás vezes é o alinhavo,
que arremata-me a estrofe,
porque toda alma sofre,
o descoser...

A inteireza,
é irmã gêmea,
da miudeza!
Só percebe a beleza,
aquele que vê no minúsculo traço,
não um borrão sem formato,
mas sim o feto do magnífico!
por isso na tua íris vislumbro resquícios de galáxias,
e no fulgor do óptico,
vejo simplificado o cosmos,
do superlativo!
Quando os adjetivos falham,
e o substantivo é incomum,
é que o inefável não cabe no escrito,
não se prende aos grifos,as aspas ou ao exílio,
de uma afirmação!
o infinito não cabe na palma da mão,
mas com minhas mãos moldo as interpretações do coração!

Inserida por marypoetisa17

O transmutar é transferir,
o inconsciente,
para a emoção!
E quem assimila o figurado,
tem um dom nato,
da conotação!
se a alma é tátil,
é só um pedaço,
de possessão!
Mas se a alma é vácuo,
é um sorvo fátuo
de inspiração!

Inserida por marypoetisa17

A deformidade está no contexto,
da incompreensão...
Quando Hamlet disse:"Ser ou não ser..."
queria leva-lo a crer,
no indefinido!

O soma é a soma,
do fisiológico e do incógnito!
é um processo caótico,
o gnóstico!
entre o neural e aórtico,
entre o epitelial e psicossomático,
entre o cutâneo e o enigmático,
o somático é o quociente...do inconsciente!

Leia-me além do têxtil,
além do léxico,
e além do arquétipo,
do estético!
o que é o estético,
senão a leitura do supérfluo?
leia-me além do hermético!
do atlético e disforme,
tire o uniforme...da suposição!
todo sentir é paraplégico,
se baseado meramente na textura,
na crua figura,
do objeto...
toque-me com o figurado!
e não com o osmótico ou o palato,
nem mesmo o sublingual ou o vibrato,
são capazes de transmutar o gráfico,
do desencarnado!

Meu Júpiter,sou tua Juno!
dispenso juras,
que não fazem jus,
ao verdadeiro!
O outono vem!
mas continuo refém,
do primaveril!

Amo os contrastes,
que dilatam as vontades,
em realidades!
Amo os matizes,
que difundem diretrizes,
e ambiguidades!
Amo os tons ,
que suavizam os graves,
da gravidade!
Meu anjo melódico,
toda percussão é fruto da frequência,
do sintomático!
o sentir é instrumento de sopro ou de corda?
os dois!
as vezes é estro,
as vezes é destro,
e outras é plectro,
mas sempre é um verso,
vestido de letra e emoção!

Pupila é cítara!
ressoa a antífona!
ótica uníssona,
é a sintonia,
de almas intrínsecas!
Ó meu anjo maestrino,
o que a retina retém,
vai muito além,
do humor vítreo!
Noturnal idílio!
odes anímico!
eis quão aprazível é,
a sonata do teu cristalino!
auriverde e citrino,
refratando o metafórico hino,
do libido!
Quando duas almas se alinham,
como astros no infinito,
a íris é o acústico ,
do somático!

Minúsculas rasuras,
são maiúsculas conjecturas,
quando rompem as abreviaturas,
da dúvida!

Porque ser comedido,
se é descabido,
o suscetível?
porque ser moderado,
se é ávido,
o desenfreado?
porque hesitar amá-lo,
se é o revérbero,
o fulgor do involuntário?
o verso é veste!
a leitura me despe,
e os dedos repetem,
trechos horizontais!
ó bruma lânguida,
ó incisiva lâmina,
o amor é túnica escarlate,
mortuário traje,
do consciente!

Quando fitou-me a íris,
regou-me como a amarílis!
Quando aspergiu-me orvalho,
borrifou-me os brotos e galhos!
Quando irrigou-me o riso,
despejou-me motivos...para florescer contigo!
se eu por ventura,
desvanecer entre os lírios,
não se prenda aos meus espinhos,
só se agarre as pétalas rosas que deixei pelo caminho,
pegadas das boas lembranças,
que cultivei no solo do seu coração,
jardim da minha emoção...

Inserida por marypoetisa17

Põe-nos em ferros ou em linhas?
o raciocínio é ferrovia,
sinuosa trilha,
da transmutação!
"o que sabes de mim exceto o que deixo sobressair?
eu sublinho e dou alguns rabiscos,
o poeta é lousa,eu sou o giz!"
assim é a escrita!
tem régua,esquadro e fita!
e o compasso da poesia,
não vê gênero ou o grau,
só faz a circunferência do irreal!
o excelso é verso que se desprende do possível,
semeio metáforas,
porque para semear realidades,
é preciso os paralelos de vias duplas!

O inteligente usa a réplica,
o experiente usa a tréplica,
o sábio vê que é inútil a dialética,
de quem não tem modéstia!

Entre diáfano e soturno,
réquiem do insolúvel,
todo ser é dúbio!

Ambíguo e recurvo,
contraste perfeito e obscuro,
entre a diástole e a sístole!
do coração que insiste,
em caracterizar símiles!

De paradoxos não ortodoxos,
e óbvios alheios a parâmetros,
o civilizado está a um milímetro de diâmetro,
do surto...do cômodo!
pânico?
só tenho do irredutível!

O léxico queixa-se perplexo!
a fonética queixa-se afônica!
a quântica queixa-se da mecânica!
a poesia consiste na dinâmica,
de ideias antagônicas!

Escrita é espectro da autoria!
transmutação e psicografia!
Quem cria,
converte
mutilação em arte,
dor em crase,
lágrima em hífen,
e o amor em antítese!
Eu sangrei em todas as páginas,
porque nenhuma adaga é mais afiada,
que a consciência materializada,
nas aspas de minhas falas...

Anjo opalino,
sou tão suscetível ao teu cristalino!
onde transpassas o intransitivo!
com morfológicas transmutações!
amo-te até expirar o cosmos,
amo-te até fenecer o incógnito,
amo-te até se esmiuçar o inexplicável,
porque até que se prove o contrário,
o amor é focado no ilegível e não no tato,
por isso toca-me o intangível,
porque prova-me com os sentidos aguçados...do abstrato!

Ó alma efêmera!
tão ingênua,
vive o pesar e o apenas,
porque o infinito,
é permanecer vivo,
na memória de alguém...

Inserida por marypoetisa17

Ó anjo imaterial!
o sólido é corruptível,
o verso é desencarnado!
a consistência do amor,
não é a textura da pele,
nenhuma substância converte,
anímico em animação!
é o opaco,
que de fato,
é concreto,
é muito além do métrico,
a estética do inverso,
do que me desfigura,
e só a ti prefigura,
esse meu insólito...tocar.

Eis o vibrato atroz dos artigos possessivos!
o ríspido silêncio é o artigo" indefinido"
da alma craseada,
crivada de vírgulas e grifos!

E os intervalos retinem o vício,
do inexpressivo!
o vício do intangível,
o intocado é a canção do alusivo,
na diatônica da escala figurativa,
o amor oscila,
como o intervalo harmônico de uma muda sinfonia!

cifras não decifram,
os desarrazoados borrões,
de paixões instáveis!
por mais voláteis,
ou inviáveis,
toda volúpia,
é volata abrupta,
da possessão!
e os agudos,
são aguilhoadas,
cravejam em disparada,
o desespero da nota,
que tenta percorrer a aorta,
do coração!

Se o vibrato do arco,
transpassa o adágio,
tanto mais a afonia,
dos caracteres inflados,
do vácuo,
do incorporado!
a clarividência se desprende da lógica,
o corpo é ilusão de ótica!
só segue a carótida,
da obstinação!

O artesão vê no gesso,
não o frio relevo,
mas o flexível sentimento,
que modela a sua visão!

A textura não é tradutora,
é a intermediadora,
entre tocar e sentir!

Escrita é fêmea,
tem estilete,florete e gineceu!
nos braços de Morfeu,
é ninfa carmim,
em anáguas de cetim,
parece sangrar em papel almaço,
todo o estigma de seu ouriçado...subtender,
ou será submeter?

Inserida por marypoetisa17

A cartografia do pensamento,
é subjugada pelo vento!
o ego é vela que leva ao erro!
elipse que forma o centrismo,
de egoísmos enfáticos,
esbravejam motins,
espasmos anafiláticos,
onde ideias descabidas já não cabem,
nas ações obesas e sedentárias,
repletas de gula e mesquinharia,
Maquiavel já sabia!
que psicose e psique são amigas,
da genialidade dos excessos,
que transbordam legítimos gestos,
de auto-mutilação!
é dissecação ou dissertação?
eis o martírio da interpretação:o inconclusivo!
Quando o adjetivo cai bem ao sujeito,
até mesmo o leigo,
sabe conjugar o que é título,
e o que é titular!
o que é reserva,
e o que é singular!
o que é diagonal e perpendicular!
a inteireza não está no adjetivo,
e sim no sujeito,
e este mesmo,
classifica a si mesmo,
ou o rebaixa,
independente da sintática,
do predicado ou da sílaba tônica,
a vida é um poema,
dividida entre as estrofes,
da conotativa e da perspectiva,
e qualquer recidiva,
é apelação da rima,
querendo fazer música,
das entonações!
será o coração metódico,
ou melódico?
nenhum adjetivo lhe cai tão bem,
como a sujeição,sim é sujeito,
sujeito a tudo que você desejar!
O que você chama de utopia,
é só a sua miopia,
e a sua falta de projeção!
a alegria é reflexo,
do abstrato,
o palpável é cenário,
da ilusão!
a realidade é tablado,
o noticiário é palco,
de simulações!
a maior ficção do homem,
é ignorar a realidade do outro!
O poeta usa a retórica,
como ignição!
a combustão é a reflexão do leitor,
todo leitor tem o poder de usar a marcha ré,
ou pisar no acelerador!
será que emperrou?
de jeito nenhum!
não é o trajeto que conta,
e sim escolher onde estacionar,
não queremos ser o carona,
e sim pilotar!
pé na tábua!
a leitura é o combustível,
para alcançar horizontes,
sem sair da rodovia da imaginação!
respeite o tráfego de ideias!
algumas delas,
nem fazem ideia,
aonde vão!

Inserida por marypoetisa17

o teu sentir é desfigurado,
só é figura no verso!
no universo é disforme,
tires o uniforme!
o avesso é a nudez do verbo!
querendo descobrir a concordância,
entre escrita e fonética,
entre opaco e o laço...da visão analfabeta!
as vezes a decisão mais difícil ,
é saber a hora de abandonar o navio,
de jogar a âncora,
ou baixar as velas,
de girar o timão,
ou de puxar a manivela,
quem quer correr o risco de naufragar?

por favor,creiam nas exceções,
é possível,sim,
ser cético e incrédulo,
tipo desconfiado e demasiadamente crítico,
priva você mesmo,de surpreender-se com algo belo,
com algo realmente verdadeiro,
ignorar algo sem conhecê-lo não te faz intelectual,
te faz estúpido,
como mostrar suas razões pelas quais recusa algo,
se não conhece nada sobre esse algo?
pessoas de mente fechada encontram razões onde não existem,
pelo mero orgulho insistem,
em falar sem conhecer,
se suas razões forem baseadas em conhecimento,
eu vou admirar sua posição,
mas se forem baseadas em suposições infundadas,
isso me deixa magoada,
se eu não sei algo pesquiso na fonte,
ou pergunto a alguém mais instruído,
não é vergonha nenhuma perguntar,
há tantas coisas que eu queria saber e ainda não sei!
Na alma selênica,
o sonho veleja,
rumo a materialização!
todo vento onírico,
é hálito propício,
é zéfiro aviso,
da transformação!
todo eco noturno,
é fruto do engodo oriundo...do coração!
toda jugular,toda aorta,
toda veia cava e torta,
é uma porta,
para a inspiração!
o poeta é marujo,
tem leme e lume,
e amiúde,
confunde,
esfera e esferográfica!
O pulso impulsiona,
o coração recita,
mas o subconsciente premedita,
a conjugação!
no peito não há decreto, nem pleito,
o pensamento eleito,
exerce o judiciário e legislativo,
o coração nada entende de planejamento,
só entende do poder executivo,
e o corpo é súdito,
pensa que tem voz e voto,
mas vive as margens da corrupção!
achou que falava de política?
mas é só a analítica,
da sua dedução...ou não!

O sonido literário é um vértice oblíquo,
do assonante psíquico!
do revérbero íntimo!
o verso é tremeluzir os gestos,
em signos linguísticos!
é difundir o cognitivo,
em solfejo escrito,
ratificando em manuscrito,
os ritmos léxicos,
e as citações,
do coração,
partidário...de indiretas já!
Dúvidas são concubinas pálidas,
ébrias de indecisão!
vagueiam em suntuosas lápides,
onde jazem,
a firmeza da opinião,
sepultada no mesmo jazigo,
onde enterraste a ação,
que morreu de invalidez!

A dúvida é cortesã,
quem a corteja
cambaleia a beira,
da desistência!

Dúvida é anjo mortífero,
em viçosos e esvoaçantes vestidos,
e despidas de motivos,
te desviam do objetivo!
desvie-se de seus fitilhos frívolos!
ela pode até tingir-se de carmim,
e adornar-se de cetim,
mas é frígida conselheira,
dos inexperientes!
não existe sem querer,
existe não saber o que se quer...
Todo o comício,
é um homicídio,
deputado é 171,senador faz tráfico de influência,
o palestrante é mestre de carteado,
e o povo no buraco,
ou melhor barraco!
no palanque o discurso é um insulto,
a estatística é jogo do bicho,
mudam-se os figurões,
o cenário é o mesmo,
o hino é fúnebre!
a bandeira é de pirata!
o povo é um número do IBGE!
e o único legado é ficar calado!
e não adianta trocar o bispo ou o rei,
o peão não tem vez,
política é xadrez!

Inserida por marypoetisa17

Quando seu mundo se confunde com o meu,
é sincronia !
quando meu mundo é indiferente ao seu,
é apatia,
se isso acontecer não é culpa minha,
a confusão começa na ausência,
e termina na sentença:tanto faz!

Inserida por marypoetisa17