Romilson Sampaio
Aquele que não sabe distinguir obediência de subserviência não terá chances contra a ação covarde dos opressores.
Sofro de poesia... fui inoculado pela necessidade da palavra que expressa o amor e suas fragilidades. Sabor e dissabor fazem parte do meu ser.
Quisera ter o dom das palavras para dizer ao sol, sem ofendê-lo, que o brilho dele nem se compara ao seu, MULHER.
Aprendi que os sonhos podem sofrer agravos com o passar dos anos, mas não podemos deixá-los sucumbirem.
O que me move é a possibilidade e não a certeza. A possibilidade de trazer à realidade o que ainda vive em meus sonhos é o que me faz continuar... vencer distâncias é tarefa árdua, mas também necessária.
A paixão nos marca pela precariedade, pois não nos permite pautar nossas ações pela razão. Nunca diga a um "apaixonado (a)" que ele/ela deve ser racional. Suas palavras, certamente, cairão no abismo dos sentimentos avassaladores.
Uma poesia nasce no memento em que o que sentimos não cabe em palavras e, mesmo assim, insistimos em escrever.
Cuidado com as paixões circunstanciais. Sob sua influência podemos fazer coisas das quais nos arrependeremos por toda a vida.
A distância dói, nos fere. E mesmo estando distante a saudade nos faz esperar pelo amor que nunca esteve ausente.
Sentir o gosto do passado ao reviver velhas lembranças é também um jeito de eternizar no tempo o amor que não se despede. Não morre o amor que é revestido de saudades.
A poesia socorre a alma em momentos de tristeza. No avesso da voz que nega o amor existe uma afirmação que o coração não consegue esconder.
O poeta é um jardineiro. Mas ao invés de flores cultiva palavras. Sabe que a dor de amor é fecunda e dela pode nascer lindos versos.