Rogerio Dutra
Nada melhor que o tempo pra ver que estávamos apaixonados por uma pessoa que idealizávamos na nossa cabeça e quando vemos que ela nunca existiu, ficamos livres dessa paixão platônica.
Eu quero te provar, depois eu quero o bis para ter certeza que nao foi um sonho e mesmo assim, depois, mais sete vezes para tirar a prova dos nove.
Somos humanos e muitas vezes erramos não realizando até mesmo o que falamos, postamos e pensamos sobre o que é certo. Mas feliz será aquele que admite seus erros e sabe pedir perdão, mesmo não sendo perdoado. Feliz será aquele que através dos seus erros procura sempre melhorar e evoluir. O tempo... mesmo que pareça uma eternidade quando estamos infelizes, é um sopro comparado ao tempo verdadeiro da nossa vida espiritual.
Não criar expectativas e deixar apenas que os fatos me surpreendam é tão difícil como calar-se ao inebriante gargalhadear de uma criança. É como ouvir aquela música que voce tanto gosta e não cantar é como ver seu sonho passar e não pular a janela.
Ainda pior do que o silêncio é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me mata aos poucos, tudo que poderia ter sido e não foi.
Não me considero um poeta, muito longe disso até porque quando escrevo, nem sempre é o que estou sentindo naquele momento, às vezes são sentimentos que ficaram rodando na minha cabeça, pensamentos e ideias que não se encaixaram mas que, quando passam para o papel, me faz retornar a minha sanidade. Como diz Osho, “Ficar louco de vez em quando é necessidade básica para permanecer são”. Quando escrevo, o que era ruim eu expurgo e o que é bom permanece e fica melhor.
NEURA
Dito normas e crio regras pra mim mesmo. Diante de algum fato, entre esses preceitos, acho uma Lei que julgo ser necessária ao meu caráter, porém sem a necessidade de tanta preocupação aos olhos de quem me quer bem. Quando não me preocupo, em um descuido ou uma falha, ocorre exatamente o contrário e inversamente proporcional. Lembrei de outra Lei, a de Murphy.
Oscar Pereira, Princesa Isabel, João Pessoa, Castelo Branco;
Aporto no Salgado Filho.
Todos os dias mesmas ruas, mesmo lugares, mesmas pessoas;
Em meio a alegria, monotonia.
Só faz um dia que não te vejo, já faz um dia que não escrevo.
Ideias banais passam pela minha cabeça, mas nada que interessa, nada que aconteça, nada que desperte uma descrição.
A nostalgia invade a alma, sem avistar a íris que um dia refletiam os verdes campos, e que em outros, irradiam o céu azul.
Ando escrevendo menos;
Ando sentindo mais;
Não a raiva que deveria ou o ódio que poderia, sentimentos que seriam normais a uma pessoa sã, mas sentimentos substituídos.
Ando me perguntando mais: será que sou normal?
A angústia já passou, a ansiedade permanece;
Uma ânsia de amar;
Agonia de viver;
Um ardor de estar com quem me faz bem.
Ando falando menos, me expondo menos;
Ando amando mais, permitindo-me mais.
Ando falando mais, me expondo mais às pessoas que me dão valor.
Ando correndo menos para que a felicidade me alcance, pois a vida é para ser vivida cada milésimo de segundo, sem pressa;
Assim como se degusta um vinho;
Assim como se prova uma refeição;
Assim como se depura os costumes;
Assim como se purifica a alma e;
Assim como simplesmente e calmamente fazemos amor com uma mulher.
"Ando devagar porque já tive pressa"
Se por um acaso o acaso me trouxer um caso que seja mais que um acaso e que dure mais do que um caso; ah, se ela quiser eu caso!!!
Não me lembro de estar tão feliz, não me lembro de ter tido uma noite assim antes, não me lembro de fazer amor tão intenso. Não me lembro dessa reciprocidade. Não me lembro de começar algo com tanta calma, mas ao mesmo tempo com tanta energia. Não me lembro de meu coração palpitar tanto ao lembrar de uma pessoa. Não me lembro de lembrar tanto assim de alguém. Não me lembro de não saber o que estou sentindo. Não me lembro de alguma vez estar preocupado por estar calmo por estar apreensivo de não entender essa proporção imensa de gostar. Estou lembrando cada vez mais de voce.
Assim como um morcego, cadenciado pela escuridão que assola o desespero da solidão; ocupei telhados, usurpei almas e conquistei corações.
Dessarte virei um vampiro, bebi o sangue espalhado em balcões de tabernas ou misturado em maltes e destilados incorporados em cálices nada sagrados que outrora saciavam meu corpo sem alma.
Agora vivo uma metamorfose retrocedente, onde o crepúsculo significa apenas um despertar matinal ou um poente poético onde posso dormir e acordar, sonhar e viver um finito eterno ou uma imortalidade fugaz com a mesma mulher.
Vivo em uma ilha, onde do outro lado da cerca o esgoto contamina e polui o ar rarefeito que um dia propagava o perfume de uma rosa disgra que gene algum possa plagiar.
Navego em águas profundas, onde um porto distante está muito além do alcance de um olhar sublime e tranquilo, onde lágrimas de sangue brotam no furacão e caem causando um turbilhão na calmaria que um dia existiu.
Resgatado fui por uma Deusa, vestida com sua túnica branca que me acometeu em seu andor, fingindo curar as feridas que o tempo me causou.
Acordei vestido com um terno de linho, encardido pela hipocrisia que habitava seu castelo de areia e diferentemente de doses homeopáticas, rapidamente me despi, atirando ao solo a sujeira que contaminava o tecido e minha alma.
Vivo em terra firme, aprendendo, descobrindo, renascendo e reencarnando sem me desfazer da carcaça que por juízo já não servia a uma pífia mulher.
Vivo purgando minha vida e valer-me-ei desse novo amor e mesmo antes de estar acrisolado; quase que aprisionado, com sentimentos entonados, acho que rendido estou.
Não existe amor pela metade, não existe amor fragmentado; se o seu coração está em pedaços, esqueça quem o despedaçou, olvide quem nunca te amou. Compre gaze e esparadrapo, junta, cola e relaxa e depois de cicatrizado, não procure, fique atoa, deixa que o amor te acha.
Cada vez eu acho que a lua está cada vez mais perto da terra e cada vez estamos mais próximo do fim...
Cada vez eu acho que devemos aproveitar a vida como se fosse o nosso último dia.
Cada vez eu acho que devemos amar mais as pessoas e curtir o máximo o momento que passamos com elas, como se fosse o último momento que estaremos com elas.
Cada vez eu acho que devemos perdoar o nosso próximo e lembrar que também erramos, cada vez eu acho que nem devemos sentir rancor alguma vez pra não perdermos tempo depois tendo que perdoar.
Cada vez eu tenho mais certeza que gentileza gera gentileza, felicidade gera felicidade e amor gera amor.
Prefiro repetir as palavras do que cometer os mesmos erros. Prefiro criar ideias a copiar textos. Se bem que já me disseram que tudo aquilo que a gente pensa ou inventa, alguém em algum momento já idealizou divulgando ou não. Plagiar, nunca; copiar, às vezes; repetir, só o que é benigno; falhar, nunca é bom; esquecer, o que nos deixa triste e lembrar, quem a gente ama.
Me inspiro naquilo que me faz feliz, se bem que a melancolia às vezes também me guia a inventar poesia, assim como a nostalgia inspira poetas que se entristecem com saudade de algo bom.
E por falar em saudade, vi um dia desses, uma foto de um amigo jogando taco, lembranças de garoto em Cabo Frio, assim como bola de gude, pião e soltar pipa (com cerol e puxar pela rabiola), rodar o baleiro com atenção de quando o baleiro parar, por a mão e pegar a bala mais gostosa do planeta, antes que a sorte se intrometa. Tomar Crush ou Grapete, mascar dois, três, quatro chiclete, fazendo uma bola dentro da outra.
Saudade da primeira onda, da primeira matinê, da primeira reunião dançante, dançar juntinho de olho fechado, dois pra lá e dois pra cá, do primeiro beijo e da primeira namorada.
Ainda na adolescência, em Porto Alegre vim parar, minha namorada diz que já sou Gaúcho, tomo Chimarrão na Redenção, falo Bah!!! e ouço TNT, Replicantes e Cascavelletes, junto com Legião.
Ah!!! Minha namorada. Também veio do Rio pro Sul, destinos traçados, encontro marcado; mas ela ainda puxa o erre e chia, não toma Chimas, mas ela é tudo de bom, só tem um defeito, é flamenguista, que decepção.
Estou ficando preocupado, hoje me lembrei dela no almoço, comi a salada que comemos juntos semana passada e de noite fui jantar, pedi uma original bem gelada que ela iria gostar, assim como uma ala minuta com bife acebolado e como ela foi pra academia, tive que ligar pra tripudiar. Lembro-me dela, quando escrevo. Ela me inspira poesias com ou sem rimas. Como é bom lembrar-se de quem amamos.
Somos uma multidão que anda com mania de achismos, achamos coisas que eram pra ser perdidas e perdemos coisas que eram pra ser achadas. Quando nos damos conta, percebemos que sempre somos levados pra um local chamado lugar nenhum, onde existem pessoas que nunca se encontraram ou que nunca quiseram ser descobertas.
No aperto dos meus braços, sinta um abraço apertado.
No calor dos meus lábios, receba meu beijo molhado.
Ao tocar minha pele, entenda meu corpo suado, ainda em delírio de um desejo sonhado.
Quando ouvir meu coração, o considere roubado, batendo desacelerado.
Quando escutar a minha voz, note um suspiro ofegado.
Saudade que só passa quando eu tiver te encontrado.
Corra se algo te persegue;
Porque na escuridão, tudo pode ser em vão.
Fuja se não tiver certeza;
Melhor a solidão do que virar a presa.
Em jogos de gato e rato;
Prefiro ser o caçador...
Parece...
Ondas silentes
Pássaro sem canto, sem encanto
Um céu sem estrelas
Uma lua sem brilhar.
Tornando a noite taciturna escuridão.
Imagino...
Nordeste sem praia
Balada calada, sem música cantada
Um chão sem trilha alguma
O astro rei sem esquentar.
Tornando tudo cada vez mais sem sentido.
Loucura...
Assim ficaria minha vida sem voce...
Firmamento gris, persianas baixadas.
Corre um filete de pranto pela parede rachada.
Reboco caído, pintura queimada.
Lâmpadas oscilam; estrobo, flashes
refletindo e sombreando seu corpo nu.
Fechadura sem tranca, sem trinco.
Porta emperrada que range uivando;
Fazendo dueto com o vento lá fora.
Clic, tic-tac, tic-tac, tic tic, clic...
Metrônomo marcando o tempo e compasso.
Pulsa meu pulso e acelera a canção,
Graves, médios e agudos; tensão.
Finda o eco; afrisia, afasia.
Suspiro que emite fumaça de um tabaco barato.
Viro pro lado...
Boa noite.
Uso sinônimos complexos pra não repetir palavras simples
mas o sentido é o mesmo que apenas transcrevem
sentimentos complicados....
...Agora, o silêncio tomou conta do meu ser.
O vento, ssssssibila lá fora, açoitando essa ausência
no meu coração.
O vento, assssssobia uma canção que me faz lembrar
a sssaudade que eu sssinto de voce.
Saudade que só sentimos por quem amamos.
Procuro mas não encontro, o sinônimo de amor.
Hoje é um dia
Que eu dormiria
Até ao meio-dia
Sem precisar acordar
Descansar.
À noite
Despertar
Acordado ficar
Madrugar
Contigo estar
Te amar.
Meia-calça marrom
Pernas cruzadas
Alterna posição
Olhos vidrados
Curvas na estrada
Mais uma cruzada
Carro sem rumo, sem direção.
Flagrado
Saia justa.
Ai esse frio que chegou de mansinho, necessito mais do que nunca desse teu carinho. Preciso do seu corpo, do calor da sua boca, aquecendo o meu dorso, um cobertor que me esquenta.
Sinto calafrios, sinto meu corpo tremer, toda vez que vejo uma foto sua ou voce me escrever.
Meu corpo sente sede, minha alma clama saudade, meu coração chama de amor e minha boca escorre vontade de te beijar para sempre, por toda a eternidade.
Escrevo versos, alterno poemas, dito rimas e poesias, muitas vezes feito na hora pra voce;
Assim como meu corpo foi inspirado para o seu desde que nasci e minha alma namorada da sua, desde o início da nossa existência.
RETICÊNCIAS DE UM ...
(complete o título) com reticências.
Vivemos discutindo com nossos pensamentos e sentimentos, nos flagramos em uma guerra pessoal, não encontrando uma razão para o desiquilíbrio que existe.
Achamos desculpas e explicações...
Inferno astral, TPM, carência, culpa da sociedade, do Governo, da minha Mãe, do meu Pai, da presença ou ausência ou culpa do orfanato...
Traumas, carmas, assombrações, fantasmas...
As vezes não sinto nada e penso demais ou "Quando a cabeça não pensa o corpo padece" e "Sinto muito"...
"I'm sorry citi magoey", não foi minha intensão [...] são casos, situações, desencontro de emoções.
Hoje em dia o que mais se fala ou se ouve é que "Não estou na mesma vibe"...
"Voce é especial, mas não mandamos no coração"...
Ou a hipocrisia de [...] "A recíproca é verdadeira" e mais um monte de blá, blá, blá...
Se somos a vítima, agimos como tal e propagamos esse conceito, até mesmo difamando quem dizemos e achamos que amamos... normal...?
No caso de sermos o carrasco, não pensamos, somos egoístas e esquecemos, enquanto do outro lado, somos 100% culpados e tachados de seres maléficos, mas não estamos nem aí... normal...?
Mas sendo redundante, me lembrei de uma música do Renato Russo que dizia...
"Mas, egoísta que eu sou, me esqueci de ajudar. A ela como ela me ajudou...".
Tenho inveja das exceções, casais apaixonados, reciprocidade, mesma sintonia, alma gêmea, cara metade, laranjas inteiras... e mais blá, blá, blá...
Será que um dia encontraremos alguém que nos fará entender o porquê que nunca deu certo com ninguém antes...?
Te desejo o mesmo, não sou egoísta, só espero que nossos sentimentos sejam recíprocos...
De repente até já achamos, mas será que não deu certo ainda porque ela não está na mesma vibe...?