Rogéria Cardeal Hta
Só sei que nada sei…
Não sei o que foi, nem o que será.
Só sei que amo o cheiro no ar, a brisa no rosto, o sereno que amo sinto mas vejo na tampa do meu cooler…
Amo ver a alegria nas ondas, os sorrisos largos, a empolgação em pular nas ondas.
Não sei de mim, e do que gosto eu descubro no sabor das coisas, momentos e em pessoas que me privam de gatilhos.
Não sei, eu sei e nada sei do que a vida ainda há de ter de bom.
Mas uma coisa eu sei… eu sei quem sou e a cada dia… eu percebi que se sei do que não gosto… eu sei que para lá dificilmente vou voltar.
Existem pessoas que se incomodam com seu sorriso. Que ficam esperando ansiosas você ficar mal… para de certa forma oferecerem o “ombro”. Uns quebram suas pernas com alguma atitude para oferecer uma bengala e você de pronto agradecer pela “ajuda”.
Seja seletiva, seja vigilante, seja criteriosa em quem você mantém ao seu lado!
Quem te ama não lhe cava covas, mas lhe dá vida cavando sorrisos e te levando aos melhores caminhos porque sabe o quanto doem pés feridos.
To de volta!
A vida tem pausas com dores que iremos carregar… não importa o que façamos elas aqui vão estar!
A gente precisa de um tempo… Burnout existe… é sério… você escolhe carregar o mundo nas costas quando vai permitindo que alguém ou o mundo vá lhe jogando entulhos, que você no fundo sabe que cada um é capaz de levar, mas você escolhe carregar mas, no meio disso você aprende que não pode!
Cada estrutra é criada de uma forma, nós mulheres somos obrigadas a sermos fortes? Sim, somos, mas que não sejamos além de nossas cargas…
Apesar da força, são nossas forças, nossas lutas, nossas batalhas que muitas vezes somos jogadas!
Não, não nos são escolhas muitas vezes mas, estamos lá: com dor, sem dor, cansadas, esgotadas, feridas e muitas vezes sofridas… pois há feridas que a dor é no momento e passa, outra que carregamos durante a vida!
Estejamos confortáveis para sermos, que o fôlego que nos falte seja apenas num exercício corporal, numa entrega de um suspiro e não na sufocante tarefa que tentam nos enfiar de goela abaixo de cuidar do universo…
Que tenhamos a oportunidade de nos oportunizarmos a entender e aprender a sermos mulheres. Cuidadas e não obrigadas a dizer: faça isso ou aquilo, seja assim ou assado, eu sou mulher preciso disso ou daquilo, seja isso ou aquilo para mim… porque as pessoas só dão aquilo que acreditam que o outro merece… e como diz Frida… se precisar pedir, perde o sabor, o prazer se esvai, não veio de forma voluntária, eu interferi pedindo, jogando indireta, desenhando, rascunhando no outro o que eu quero para mim, o que aprendi a duras penas, como a vida deve ser, e então “eu não quero”!
Até lá… deixa que a vida é leve quando você apenas a vive, deixa que o tempo é rei e tem o dom de colocar cada em peça em seu lugar!
Lembra quem te ensinou a ser? Sua dor? Seus traumas? Suas perdas de si mesma? Então boba, para de querer se anular para ensinar, todos aprendem o que querem, buscam no poço mais profundo quando tem desejo de alcançar o mundo… e se você não é o mundo de alguém… vão lhe oferecer das águas mais rasas, as que vem turba…pouca e as vezes sujas das lamas que trazem sem seus pés… se respeite, você não é depósito de passado de ninguém!
E não esqueça… a Mulher é Você!
Por Rogeria Cardeal Hta.
O homem tem que ser protetor, passando segurança a mulher… e isso é só o mínimo…
Mas o que temos hoje, são homens frágeis, que despejam seus problemas na cabeça de mulheres, que muitas das vezes já estão abarrotadas de seus problemas, dores, sofrimentos… e quando ela diz: basta! Eu não posso no momento, eu não estou podendo receber essa carga… ele simplesmente se acha no direito de se fazer de magoado, incompreendido, injustiçado… porque no fundo não buscam mulheres para tratar como mulheres… buscam mães para lhes ensinar a serem homens… não para elas, porque não conseguem nem reproduzir a elas a lição. Buscam psicóloga, gratuita, sem muitas vezes a perguntar: tudo bem?
As vezes esse homem vítima , é só um narcisista Vulnerável disfarçado.
Mulheres, que nossas carências não nos faça cair em situações que sejam pesadas em nossas costas e nossos corações.
Não fiquemos ensinando a homens o básico, como dar flores, cortejar, proteger, cuidar, zelar.
Nos amemos ao ponto de entender que o mandamento de amar foi dado ao homem… sejamos amadas para podermos retribuir.