Rodrigo Vargas
No ritmo que anda o trânsito, a "indústria da multa" deve acabar muito em breve... "faltará matéria prima"!
O trânsito é um espaço coerente, que pressupõe calma, igualdade e empatia, diante de uma sociedade incoerente, desigual, individualista, que preza pela velocidade.
A vida é como uma via expressa, onde não há retornos, é proibido parar e estacionar. Mantenha a velocidade e siga o fluxo, pois acelerar as coisas só vai fazer que você chegue ao fim do caminho sem ter curtido a viagem.
O problema do transporte público coletivo não é a perda de passageiros histórica. O maior problema do transporte público coletivo é justamente a entrada de passageiros, daqueles que entram e saem a cada 4 anos e jamais sequer põem os pés no transporte público coletivo!
Seguir investindo em combustíveis fósseis é tão lógico quanto dinossauros investindo em meteoros como matriz energética.
A vida é como uma rodovia, na qual quanto mais rápido se vai menos se desfruta da paisagem e mais rápido se chega ao final.
Superar limites é uma característica humana inata. No trânsito, entretanto, nem sempre no bom sentido.
A expressão "segunda começa tudo de novo" lhe soa mais como "segunda começa tudo outra vez" ou "segunda começará com várias coisas novas"?
Especialistas em mobilidade urbana afirmam que para alcançarmos uma mobilidade mais sustentável é preciso “virar a chave” (preferencialmente para o lado onde diz off).
Atualmente, a lógica cartesiana do "penso, logo existo" poderia tranquilamente ser substituída por "penso, logo dirijo".
Creio que motores a combustão interna, movidos a combustível fóssil, em pouquíssimo tempo serão tecnologias tão ultrapassadas quanto carros de boi!
Colocar apenas nas costas dos instrutores de CFC o pesado fardo de formar condutores exemplares seria tão lógico como ensinar medicina a um universitário que chegou na faculdade sem sequer saber ler!
A solução para o trânsito não está em veículos autônomos. A solução para o trânsito são pessoas autônomas.
Se nossa constituição garante “livre locomoção no território nacional em tempo de paz”, em se tratando de mobilidade, o termo “guerra no trânsito” me parece cada vez mais adequado.
O trânsito só será mais humano quando as calçadas tiverem 10 metros de largura e as pistas 2 metros e meio, não o contrário.
Tanto a educação quanto a sua falta são os maiores exercícios de poder existentes. A única diferença está em quem irá exercê-lo.
No que se refere à educação para o trânsito, enquanto houver quem ganhe vendendo toalhas, infelizmente, nunca deixaremos de enxugar gelo…
Se aquele conhecido provérbio que fala sobre termos dois ouvidos e uma boca na prática já não funcionava, imagine depois do advento da internet, tendo nós duas mãos e dez dedos para digitar…
O humano é o único ser capaz de questionar a própria existência. Mas a cada dia tem utilizado menos essa capacidade.
Um dos maiores sinais da decadência humana se deu quando foi preciso instalar semáforos nas rotatórias.