Robert Frost
Se não há lágrimas no escritor, não há lágrimas no leitor. Nenhuma surpresa no escritor, nenhuma surpresa no leitor.
O primeiro verde da natureza é dourado,
Para ela, o tom mais difícil de fixar.
Sua primeira folha é uma flor,
Mas só durante uma hora.
Depois folha se rende a folha.
Assim o Paraíso afundou na dor,
Assim a aurora se transforma em dia.
Nada que é dourado fica.
A estrada não tomada
Duas estradas divergem numa mata amarelada,
E lamentando não poder viajar por duas estradas
E ser um viajante, fico um tempo ali de pé
E olho uma delas o mais possivelmente distante
Para onde a mata se curva no horizonte;
Então pego a outra, tão vasta quanto
E talvez um pouco mais atraente,
Porque era cheia de grama e queria ver gente;
Embora os que passaram na frente
Tivessem estragado as duas no mesmo tanto.
E as duas que a manhã deitou igualmente
Em folhas que nenhum passo escureceu de repente
Oh! Eu sigo pela primeira por mais um dia!
Mesmo sabendo como um dia leva a outro dia,
Eu duvido que alguma dia eu volte lá novamente.
Eu deveria dizer isso com um suspiro
Em algum lugar dos anos uma centena:
Duas estradas divergem numa mata amarelada, e eu --
Eu tomo a que foi menos viajada,
E isso faz toda a diferença.