Risomar Sírley da Silva

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‘ÁLCOOL’

Às cegas, a cozinha definha.
Sozinho, a madrugada consome.
O gosto de vodca tem fome.
Paredes anunciam rotinas.

No estômago, a água declina.
Desequilíbrio a cabeça tortura.
Na vida, tudo amargura.
Vulneráveis pernas toxinas.

Metafísica a cadeira suporta.
Reflexos viajam no fardo.
Não atendera vozes de portas,
Ou sentimentos desesperados.
O vazio fingiu-se, desbota.
O álcool ficara calado!

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'INIMAGINÁVEL'

Escrevo o inimaginável como quem compõe esboços na areia,
solto nos grãos,
livre de quedas,
Amparo-me às tantas luzes que se sacrificam,
homogêneas e dispersas,
luas lêvedas.
Imagino o mar acuando montanhas,
abatendo e aliviando correntezas.
Aconchego de calmas,
libertando prisões,
ventanias!
Assim crio,
sem tantas alegorias ou parâmetros,
figurado,
mortal...

Sucinto o inimaginável que peçonha o peito,
e rói uma habitude sempre infinda.
Posso ser íntimo,
campestre.
Rei,
miserável.
Os cárceres perguntam algo totalmente desfigurado,
invital.
Sou inimaginável,
mas cultivo existência.
Apascentando os supetões dos grande e pequenos alpendres,
avanço calmaria,
sem ode,
ou tesouro algum...

Inserida por risomarsilva

'O amor é meio louco, meio lúcido. Nós o carregamos na intensidade que podemos compartilhar. Cada qual com seu peso, mas sem medida exata.'

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'SEI LÁ![2]'

Quero-te sei lá!
Convencional.
Inverídico.
Amar-te-ei como o mar?
Quero-te silenciosamente,
embaralhar...

Partículas no ar.
Sei lá!
Deletar meu coração.
Abrir corpos,
tencionar.
Insinuar outro mar...

Quero ausência cingir!
Titubear,
não só teu olhar.
Maquino detalhes,
litorais...
Sei lá!

Inserida por risomarsilva

'ABELHAS'

Sob a mesa amarroada,
abelhas polonizam a carne crua.
Zumbidos ao redor de um copo caído parece infinita cena.
Embebidas com o cheiro acre,
destilado,
decalque...

Próximo a elas,
papéis jogados,
acolhendo a letargia de algumas,
veemente saboreando seu pedaço de carne.
Asas parecem bater mais fortes,
volúpias,
vaidades, ...

Para onde fora o própolis?
Sem significado,
os papeis sofrem:
abelhas já mortas,
sem voo,
empalhadas pelo próprio 'mel' que criara.
Vilipendias,
caminham lentamente na emoção...

Parado na reflexão,
a casa de palha observa-me petrificada.
Serás casa nos dias que virão?
Ou apenas lembranças de rodas dentadas?
Tudo será abelhas,
engrenagens?
E em meio a tantas,
sopeio as que ainda restam.
Mas outras voam sem rumo,
sempre a procura,
carnes cruas,
colmeias...

'Sou
//Mudo//
//Mundo//
//Confuso//
//Patético//
//Hermético//
//Concomitante//
//Escuridão//
//Horizonte//
//Imensidão//
...'

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'LUA'

O veneno corre,
vivificador febril nas entranhas,
covil dos tentáculos envoltos na alma.
O amarelo,
fogo brando.
Simetria de mudos mistérios...

O pequeno rio barulha,
a pobre visão carapuça.
Hora de acordar!
Esquecer!
Adormecer inquietudes,
redemoinhos...

O andar às escuras,
extinguindo flores.
Flores absolutas!
Múmias juntos à acinzentada lua.
Refletora de luz,
horto na escuridão...

Porque tantas flores perecidas no escuro?
Se bem que o clarão já não importa.
Aqui distante,
loucos matam todas as formas,
lua míngua/futuro.
Homem inexpressivo no muro...

Tudo confuso!
A lua desencanta-te.
Fita-te ao horizonte,
é a muda esperança.
O pairar de mais um painel:
'o pincelar na lua minguante'...

'Traçado de homens flamejantes',
pronunciando-se ao glacial,
acidental.
Embaralhando neblinas,
as tantas luas que se foram,
pontos na velha retina...

O mundo paisagístico revela algo sinistro:
Lua Negra tão pequenina,
vagão!
Um curvar-se ao pequeno ponto!
E o traçado atônito,
imensidão na palma da mão?

Inserida por risomarsilva

'AMOR MACRÓBIO'

Sinto o amor de uma forma
tão errônea, tão moldada,
tão sonhada, tão tristonha.

O amor que outrora voou.
Outros estão florescendo.
Não cabem no peito da dor!

Mas sinto-o das formas tão
variadas. Redondo, quadrado,
túmido, medonho. Ah amor!

Sinto-te ainda sepultado.
Fulgente nas estrelas!
Antiquado nos enamorados.

Quero-te amigo, opoente,
dormindo, acordado! Tônico
e dormente. Hesitando as
tantas moradas em mim...

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'NATAL HODIERNO'

Não sou de ficar empolgado com o Natal, considerado pela maioria das pessoas, importantíssimo. Mas sempre fui de participar e contribuir de alguma forma para as reuniões da família todos os anos. Olhando de alguns ângulos, cheguei a conclusão de que esse ano eu não quero Confraternizações Natalinas! As pessoas não estão preparadas para tal, sequer sabem seu real significado.

O Natal teria de ser um ponto de partida para a mudança individual e coletiva. Reflexões à cerca dos nossos atos como seres humanos. Apertos de mãos e abraços sinceros. Se bem que esses pequenos [grandes] detalhes deveria acontecer constantemente e não apenas na data prevista. Mas o Natal proporciona essa reunião familiar tão querida, que às vezes pode demorar anos para acontecer, mas que de um modo geral, é apenas mais uma 'reuniãozinha qualquer de alguns parentes distantes ou próximos.'

Por falar em proximidade, há aqueles que moram tão próximos (dos parentes) que são verdadeiros ausentes; irmãos que não se respeitam; outros, literalmente abandonam os pais e só servem para criticar; outros são ardilosos em enganar sua prole sem quaisquer escrúpulos. A irrelevância é uma barbárie diária nas famílias. Não quero o Natal! Não pelo fato de ser uma Festa Capitalista ou uma estratégia antiga da Igreja Católica que deu certo, mas pela simbiose que não existe entre as pessoas; pela demasiada falta de respeito que à antecedem; e pelos tantos panos negativos estampados à nossa frente na maioria das famílias falidas.

Há um trecho da bíblia que relata: 'chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.' Natal é sinônimo de humildade, simplicidade e celebrações verdadeiras. Nada de pompas ou desavenças familiares. O espírito natalino tão falado, caiu em desuso. Não mais existe! As pessoas extinguiram a transformação que teria de começar de dentro para fora, mas que sempre é o contrário, não fazendo nenhum sentido fazê-lo.

Inserida por risomarsilva

'Recebi um abraço pela manhã e a vontade era disseminá-lo. Um simples abraço deixa o dia mais ensolarado e radiante. Não deve ficar na gaveta, empoeirado. Deve ser repassado, para que outras pessoas se contagiem e compartilhem...'

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'VOCÊ II'

Arrumas o cabelo,
ondulados percorrendo em mim,
assim como os mares,
nas correntezas da primavera.
Inunda-me de abraços,
beijos,
costelas!
Gesticulosa e salinizada,
quero-te inesperada!
Prendendo-me com teu cabelo negro e esbanjador.
Suaviza-me a dor,
enche-me de cores,
teus mares,
borboletas...

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'CALAFRIOS'

Permaneces aí prostrado,
herói.
Imortal tal qual meus poemas dormentes.
Anacrônico,
fiz setenta semana passada.
Fantasiando abraços,
crenças.
Destinos grisalhos,
sombra molhada...

Estrelas aportam teus fascínios.
Porém,
caem sem que percebamos,
devorando terras prometidas,
paralisadas!
Enérgico,
seguras meros destinos com as mãos.
Impelindo sonhos,
fincando o divã do alvorecer...

És letal,
ainda não sei!
Mas tenho calafrios na espinha dorsal.
E falo de amor usual aos tantos órgãos fatigados.
Recitando canções diurnas,
sou breve poema.
Épico paradisíaco.
Infernal...

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'MURO'

Tenho uma casa com algumas janelas. Mas tenho em especial uma janela. É através dessa que observo profundo e genuíno as pequenas e grandes coisas da vida. Sentado ou reclinado, a vista parece imensa. Vejo mares, rios, lagos, grutas. Porém, na maioria das vezes, avisto uma parede de concreto. A parede é mesmo concreta! Já as tantas águas, eu as aprecio, coloco sobreposições para deixar os dias mais insinuantes e deleitáveis. Mas a 'parede', essa é diária. Tenho vontade de derrubá-la, pô-la ao chão. Comer alguns pedaços de tijolos. Esmiuçar o cimento inerente à minha visão limitada. Mas não tenho impulso, tampouco robustez para colocar uma parede tão bem acertada ao chão...

Mas hoje, meu olhar quotidiano divisou uma aprazente neblina e por trás dela, uma nuvem carregando pingos d'águas. As paredes do muro ficaram encharcadas. Pensei: - já que não tenho marretas, talvez um martelo resolva! E assim o fiz. O muro fragilizado, em poucos minutos transformara-se numa grande ruptura e destroços. A partir de então, pude ver através do mesmo que, havia um outro muro a ser quebrado. E levantando mais a visão, compreendi que havia dezenas de muros para serem derrubados. Foi então que cuspi alguns pedaços de tijolos e voltei novamente para minha visão, já embaçada por tantos muros, mas que agora, precisaria de um tsunami para que êxito eu tivesse nas minhas tantas derrubadas...

Inserida por risomarsilva

'SONHOS'

Nas noites veementes,
tenho você p'ra segurar-me à cama,
enroscando caminhos traçados,
novos atalhos...

Tudo será suavizado,
quando ampara-me aos teus braços,,
e as palavras sôfregas flutuarem,
cultivando metáforas...

Sonho letargias à amada invenção,
e tantos outros axiomas.
Descabidos devaneios,
ter-se tempo à uma nova paixão?

Não sei!
Tudo dura tão pouco.
Talvez - crianças roucas,
amores em vão!

Debruço o paisagismo na velha cama acolchoada,
e a alma,
já cansada,
retangular...

Quer imensidão,
Novos amplexos.
Arraigar o concreto.
Despertar...

Inserida por risomarsilva

'ANTES'

Antes,
o olhar cintilante.
Fitava noites sem despedidas.
Tudo trivial como às seis da manhã.
E os infinitos alvoreceres,
invadindo a alma sob a frágil porta fatigada...

Antes,
o corpo navegante.
Velejava as portas do mundo.
Aprendiz colecionando borboletas,
corridas de ruas.
Sem memórias nas mãos...

Hoje,
a vida dissonante,
desencanta sensações de outrora.
Espalha ruídos,
sentimentos perdidos.
Anseia-se banhos de chuvas,
abraços constantes,
areias no mar...

Inserida por risomarsilva

FELICIDADE?[2]

Minha Mãe perguntou o que é felicidade e eu tentei responder:

Felicidade é uma caixinha de surpresa mãe!
Não tem hora de chegada.
Ela pode estar num abraço apertado.
Num sorriso prazeroso.
Às vezes reflete um amigo ausente que apareceu inesperado.
Na troca de olhares sincero entre as pessoas.
Felicidade pela sua simplicidade,
ultrapassa o entendimento dos homens que a complicam ao extremo.
Felicidade é saber que temos pessoas que se preocupam com a nossa felicidade.
Pode estar distante,
mas na maioria das vezes,
está ao nosso lado e não percebemos...

Inserida por risomarsilva

'TENHO FOME'

O café da manhã não compreende tua falta.
E o almoço,
mero esboço,
repulsa desagradável pelos olhos.
Mesa farta,
e tantos outros tormentos...

Olhar irreflexivo por entre a cozinha abarrotada,
limitada a devoções diárias,
exoráveis.
O estômago,
tritura os inacabáveis espectros ao anoitecer,
criando imagens repetidas...

Martírio zumbidos soando canções aprazíveis,
nuvens carregada pelos ventos.
Pássaros sem moradas,
novas melodias.
Sou sentimentos perdidos na sacada,
manhãs intermináveis...

Tenho fome do infinito,
do abraço colorindo a alma em descobertas.
Da voz suave que perfura uma vida nos seus mais imprescindíveis sentidos.
Fome de você,
transitiva,
aniquilando significados vãs...

Inserida por risomarsilva

'LIVROS'

Tenho livros trancados no quarto,
na sombra dos porta-retratos.
Em caixas escuras,
vagando nas ruas,
estrelas sem brilho,
perdido em armários...

Empoados pelo tempo,
a couraça das capas pouco se vê.
Eclodidos,
com meios-escritos.
Engavetados na ânsia de aplausos.
Inaproveitável nos seus mais belos sentidos...

Folheados pelas traças.
Folhas soltas lapidadas.
Sem interlocutores,
ou apercebidos.
Muitos extravios,
como a vida inesperada...

Inserida por risomarsilva

'SOLO'

Levanto o olhar e não avisto as frondosas árvores de outrora.
Apenas máquinas e homens subalternos.
Traçando suas trilhas sob o solo que os sustentam.
Dementes por destruição.
Com suas minas e pás causando tragédia,
catástrofes do homem ambição...

Sopeado por milhares de pessoas,
o cheiro da terra é infértil.
Estampando ser capazes de escolhas,
mas na verdade são apenas traços,
criados por uma cultura inventada e uma Terra transformada,
latente...

Um homem distorcido tenta se formar na tentativa que o equilíbrio retorne,
generoso como antes,
pré-histórico.
Porém,
no asfalto,
esboços brotam calor,
igual a um pedaço do inferno,
que fecunda a cada geração.
O solo já não é o mesmo,
respiramos evolução,
e o bordão são ciclos modificados,
mal arados,
sem deuses para proteção...

Inserida por risomarsilva

'MATIZANDO A REALIDADE'

Show de luzes e uma mistura de ritmos alucinantes. Entusiasmo a cada balançar de braços, luzes no palco supercolorido, tingindo almas...

Desvairados malabarismos de cores e uma louca multidão fazendo reverência com seus IPhones, efeitos de microfones, ruído, vibração...

Personagens diversicoloridos. Efeitos dando-lhes outros sentidos. O show não tem hora, engoli madrugas, sustentada nas fachadas. São quatro da manhã...

O alvorecer pode ser foda! Egos congelados, sorrisos apagados. As sombras das maquilagens exteriorizam-se, sem amabilidades, sem formatos...

Ressacas da vida real e as amarrotadas 'cenas cômicas'. Comédias na arena e seus leões, devorando preâmbulos, gesticulações, madrugadas incolores...

Inserida por risomarsilva

'FIM[2]'

Tenta agasalhar-se sob um leito, mas um sono desesperado tenta alcançá-la. Sabemos que não haverá alvorecer. Apenas mares, sem ilhas para aportar. O coração segue latejando o fim de uma difícil jornada. A ausência do ar já lhe é suportável! Tinha sorriso de criança, olhar jovial e esbanjava energia nos braços. Mas carregava um pavor desde sempre: a de insetos! Porém, pouco tempo atrás, percebeu que eles são inofensivos. Há algo mais desesperador que eles!

Que acontecerá com seu nicho de insetos a partir de então? Outros terão pavor como ela? Ou aprenderão cultivá-los? Fora difícil disseminar que havia curado seu medo, que outras pessoas também poderiam ser curadas, seja lá qualquer doença fosse. Que bastaria aceitar o fim como um jogo que nunca se ganha, ou aprender a perder de uma forma diferente, de um modo aceitável.

Suas ilhas foram difíceis desbravá-las, mas tentou percorre-las uma a uma. Hoje é a última! Uma ilha díspar. Nada comparada àquelas paradisíacas que pensara alcançar um dia, com alguns pés de coqueiros e sombras. Perdera o medo dos relógios marcando as horas. Não tem mais tempo guardado nos bolsos para serem gastos no futuro. Sua matéria é agora tudo aquilo que conseguira plantar, com sua simplicidade e bondade. Ela se foi como o tempo, inesperado, levara seus medos e desesperos. Conseguira ter um estilingue, algumas pedras nas mangas e todo as ilhas possíveis que pôde...

- No fundo, ainda sinto que ela tinha medo de insetos...

Inserida por risomarsilva

'UMA VÍRGULA'

Uma vírgula,
e o mundo muda tudo.
Abraços se perdem.
Por-do-sol não aquece.
Sorrisos revelam,
aquarelas sem manhãs...

Uma vírgula,
e pareço rude.
Ausência de lareiras,
frio no café da manhã.
Sem amplitude,
dias gélidos...

Uma vírgula,
e os olhos na janela.
Imensidão nos dias clichês.
Futuro olhos sem você.
Procurando os porquês,
sentimentos de espera...

Inserida por risomarsilva

'PROCURA-SE'

Depois de algum tempo,
subiu num dos faróis mais altos.
As brisas aladas faziam belo cenário.
Há algo por trás da vida moderna.
Por trás das telas de plasmas que não sejam enredos análogos,
tédios...

Atrás de prelúdios,
ventania no rosto.
Sensação de êxtase por alguns minutos.
Escalou a ermo e exíguo.
Cansou.
Levantou.
Procurou pretextos para desistir das nuvens que tanto procurara.
Mas não desistiu...

Avistou caravelas.
Demasiadas exclamações!
Tantos: ainda não sei!
Homens desnudos,
mudos nos seus 'coliseus'.
Vil nas suas resoluções.
Resignados,
com seus fados e insolações,
jogando as poucas moedas abaixo,
sem direção...

Na descida,
esqueceu dos epílogos.
Cabelos brancos sem circunstâncias para um novo cenário.
E as moedas ainda vagavam,
sem face e direção inalcançadas.
Real como o sopro vital,
deixando as manhãs mais desesperadas,
cotidianas...

Inserida por risomarsilva

'FAMÍLIA [2.]'

A família nasce de um romance e torna-se romance. Lido nas plataforma romanesca das poesias delirantes. Discursando seus mais profundos aspectos de amor. Na pressa por dias devoradores, sois brilhantes...

Dona das raízes mais profundas. Percorrendo solidificações e ousadias nas chuvas torrenciais. É uma itinerante. Andarilha com seus órgãos vitais encantadores. Sempre a declamar o que a alma chama de abraço, dores...

Na sua beleza mais radiante. Ramarias de flores a serem vivificadas. Com suas romarias presa aos divãs de aromas. Ouvindo atores de um conglomerados de intempéries a serem resolutos: vidas vazias, sinopses, hematomas...

Inserida por risomarsilva

'SOBRE O AMOR...'

Estava falando sobre o 'amor' dias atrás. As pessoas falam tanto de amor, mas um amor no campo das abstrações. Disse que, o que vejo desmedido é o puro desamor entre as pessoas...

Falta concretude ao se falar de amor e tantos outros temas, como a ética, por exemplo. Passe um troco errado (para mais) e veja quantas pessoas devolvem? Ou peça um dinheiro para comprar um prato de comida...

Inserida por risomarsilva