Ricardo Vitti
Desgarradas por desassossegadas boas vindas, tentá-nos aqui tormentas ao árduo gotejar das nuvens sobre as flores se compunham tais lágrimas...
Florescerá nas pedras teu caminhar, se esgueiras ao tribunal sobre tuas feridas, cultivará espinhos por vida tortuosa, não sejas temeroso, sigas adiante, não deixes postas as sombras tais pétalas na lisonjeira ventania...
Atarefadas essas lembranças que me custam desertar, levam letônicas feridas em esgrimas distintas, da cultuada sonante em prantos tais agonias...
Qual subsistir me arremetas em trevas, revejo as magoadas heranças, afável companhia a tua que em medidas cantigas me julgas, pois bem sinfônica sintonia me plurificas...
Tais medos ao me expor, por aqueles que impõe um sorriso largo, pois mais em seus lábios eis que profanem, mais que em meu peito a sua sordidez queima-me tal escarne, eu, porém tuas palavras ao léu rechaço...
Legível aqueles teus memoriais, muito mais a minha pouca paixão calada num mármore rochoso onde meu amor vos digo; "jaz aqui está o que não passou por um simples contorno..."
Sou escasso as alegrias, perturbam os ventos na consolidada solidão, distante eu me opaco, no sangrar da lua me enluaro eu por apaixonado...
Contemplamos o infinito por dessaber viver, inconformados com tudo se busca conforto no fim da existência, porém viver se solidifica com permanência sapiente na contundente carência do melhor existir meio á percalços...
Repentina sinfonia
Recomponho em notas aquelas vidas,
destes ouvidos aquelas canções,
antes ousará repeti-las,
hoje por mais compartilhá-las,
semeia vento aquelas graúdas,
ilusões desertificadas,
por minhas lágrimas no oposto,
posse posto em vigor tais lástimas,
flagradas pelo tempo incerto,
longínqua florescidas rosas,
naquela meninice que gritava,
sem ré nem dó aos confins eternizava.
Poderia me ver em teu espelho, somente as sobras da minha fraquejada vida perdida, simplesmente, em formar o impuro por belo em tumultuada prosa, eu, porém ao inverso por tua dissílaba, lhe dito amor...
Essas correntezas desbravam minha vida nas contidas lágrimas, quais minhas lástimas reprimidas á teus olhos são sábias...
Por jovem me dou por velho, sou aquele que doou um pouco das palavras, parábolas incertas por certas, descobertas na hora de recomeçar...
Em vista aquela comitiva que desatina, como promessas mal-vividas, assim nosso contorno se fará, á espera do novo dia que virá...
Quantos momentos solenes se fez em nosso peregrinar, inconscientemente a dor nos devora, pois bem, pelo amor pôs-se a chave fora...
Nunca poderei me submeter a tais sistemas, onde por tema meu leal lema sejas a liberdade, que por fundos liberais se prega escravismo...
Dei-me por vencido naquelas frases, por caído naqueles abismos, as sombras tomaram meu corpo, porém se deformam ao se defrontarem perante á alma...
Por novo em minhas doidices me tornei o mais experiente dos velhos, temia minha lucidez por vez, me encontrava entre trancos e barrancos o real motivo de minha timidez na minha escassa estadia...
Volta para aquela cama, pois cansados vivemos meio aos desatinos, desses amotinadores levas o descaso, pois teu descanso serás alentado e raso...
Serei as sementes semeadas meio as planícies escuras, guardarei os momentos, por ventura não lhe acariciei quando tantos lhe maltrataram em rogares duros?!...
Desabotoam flores em minhas mãos, entrevado me vejo ao arrastar meus passos, tais sopros dos ventos vós levais mais longe que minhas desvendadoras poesias, além se vão, porém em mim se tornaram labirintos intermináveis, qual busco cada vez mais me perder...
O sofrimento tornou-se rotineiro, quanto mais os anos se passam ele me solve, talvez por sua vez, tornam-se entre meio meu fim, em meu sim exaurido e compulsivo por desassossegar, se algum dia houver algo tão saboroso, espero minha maçã estar podre...
Se fundiram nossos corações numa encruzilhada, pedregoso nosso caminho, por ciladas do destino, jornada essa dosada de lamúrias, por meio pranto ao encanto, sobre o pó das estradas desfila o pólen que das flores se perderam, por festejarem a morte daquele encanto decantado em lágrimas...
Aquelas páginas rabiscadas não trouxeram você de volta, me aquietei em nosso amor, hoje por isso a solidão custa em me deixar...
Nunca me permiti ser amado, hoje vivo desolado, naqueles livros quais tenho lido, na lida disrítmica do meu coração, lancei aos quatro cantos aquelas histórias quais me apaixonei, mas não tivera me permitido viver...
Desconhecido homem de poucas palavras por fim fora entendido, num mundo desconhecido conheceu o amor, por tantos sobreviventes que ali residem, poucos fugitivos sem abrigo, então espaço concedeu aos velhos por tantos algarismos, cedeu ás horas rompendo-se de seu bifurcado paraíso...