Ricardo V. Barradas
A passagem prematura do artista visual TUNGA foi uma grande perda para as artes no Brasil em uma história cultural contemporânea que ainda vai ser escrita e avaliada.
Existe um universo bipolar muito tênue entre a boa criação de uma obra de arte e o manejo profissional da técnica expressiva utilizada pelo artista criador.A plataforma é sempre o local vazio ou repleto mas comum.A temporalidade e o movimento é do fim, do meio ou do começo...pois não existem medidas nem planejamento para nos aproximarmos da perfeição.
Com o crescimento de usuários na internet e conhecedores das múltiplas plataformas de comunicação, de ilustração e de divulgação, surge um personagem artista de ocasião que acredita erroneamente enfim que encontrou seu caminho de expressão . Creio que todos tenham o direito de tentar mas cabe aos profissionais sérios da matéria e do mercado não incentivarem nem por brincadeira muito além estes desastrosos impróprios aventureiros.
Quando uma obra de arte está terminada o artista assina e não interfere mais por que não mais lhe pertence.Pentence a partir deste momento ao mundo, ao conjunto de obras feitas ou ao público alvo que há de consumir um dia.
O melhor é o mais importante diálogo de uma obra de arte e seu meio de exposição é sempre aquele que ocorre com um sintonizado espectador desconhecido que vê,fala,sente e ouve com o artista criador incógnito na mesma proporção, intenção e fundamentos da criação.
Aparece lá! Não é um convite para mim. Parece um oi curto ou olá de uma pessoa que conhecemos de vista quando deparamos ocasionalmente na rua.
Viver como artista no Brasil é bem fácil.Afinal quase todo mundo por aqui é pintor, cantor, músico e poeta.Agora ser reconhecido como artista pela criatividade e diferença é outra coisa, por isto a maioria vai acabar fazendo outra coisa e deixando o espaço infinito para quem realmente faz.
As maiores e seculares fraternidades da terra dissolvem a força da unidade quando alguns grupos de irmãos equivocados se tornam displicentes com o crer em Deus, o Ser Justo e Perfeito e se julgam fortes o bastante para administrar o todo por uma visão pequena
A arte é uma atividade ligada à manifestações de ordem histórica, estética ou comunicativa, realizada por meio de uma técnica e linguagem.A verdadeira arte não pode ser meramente estética deve estar atrelada à comunicação de um conceito e interpretação do que é retratado pelo autor ou artista.Hoje nas artes contemporâneas e nos processos digitais estes conceitos estão sendo negligenciados e os autores produzem trabalhos em massa com o tosco objetivo financeiro sem comprometimento com qualquer conceito, ética e cultura.Mas a história futura mesmo que revisada fará a devida correção, inevitavelmente.
A dádiva e a caridade no exercício da verdadeira fraternidade justa e perfeita é a religião civil, é a beneficência livre e igualitária na convivência harmônica e afetiva dos homens operários de razão para com os comuns semelhantes, todos os seres da criação.
Indigna se e decepciona se todo aquele equivocado que busca vantagens próprias , privilégios e vaidades pessoais nas oficinas de homens operários livres e de bons costumes espalhadas pelos quatros cantos de nossa casa tão justa e perfeita.
A atmosfera e os locais da arte e da cultura na sociedade contemporânea à partir da gestão cultural deixa de ser tão artística, filosófica, educacional e estética para se tornar paulatinamente um meio e ferramenta da administração econômica, politica e financeira pública e privada.
A verdadeira cultura de um povo, de um grupo e de uma nação tem geralmente a transmissão natural do conhecimento pela oralidade, pela repetitividade da atividade na herança familiar e pelos valores internos aferidos a cada participe por reconhecimento, status e poder de ser membro legítimo efetivo e participativo de cada comunidade.
Nunca cabem comparações e interpretações entre os ritos e valores repetitivos das culturas populares com os verdadeiros conceitos reconhecidos sejam acadêmicos e científicos. Não podemos comparar nunca os sonhos, por menor que sejam com a realidade e qualquer trabalho.
A figuração acadêmica nas artes plásticas contemporânea tende a inexistir muito breve mas não pela divergência de abordagem criativa mas sim pela falta de capacidade do desenho, do desconhecimento anatômico humano e total ignorância das proporções e equivalências naturais, físicas e biológicas.
A expressão artística em sua plenitude e a comunicação diária é uma coisa só. Não existem momentos mais propícios para dialogarmos com as pessoas, com a vida e consigo mesmo da mesma forma que não existe momento mágico exato para urgentemente ligarmos os botões vermelho e verde, da sensibilidade e da criatividade.
Todo artista que necessita de inspiração para realizar sua obra é um privilegiado pois não compra o seu pão de cada dia com isto.
Artista e pintor são coisas totalmente diferentes. Não se pode confundir arvore genealógica com porta ginecológica pois são coisas bem diferentes, também.
O verdadeiro amor é muito mais agir que sentir. O ágape, é uma das palavras gregas para o amor que nos remonta um amor divino, incondicional inspirado por nossa vontade e pensamento.
Entre os irmãos de uma verdadeira fraternidade o ágape, não é menos afetivo e ágil pois é assim denominado para uma refeição comum na celebração ritualística do amor fraternal de cada irmão amar ao seu frater-próximo como a si mesmo. Logo comendo o pão natural e espiritual o amor é a parcela vital do fruto substancial para nossa harmônica caminhada por aqui.
Infeliz e pobre é o momento e o lugar que promove a tristeza constante à derivar a injusta depressão a sua juventude pela ausência de sonhos futuros realizáveis, pela descrença na justiça e na gratidão e no acinzentar da vida que deve ser próspera e colorida desde o sagrado momento que se nasce.
Uma juventude rosa comercializada por opção por altas cifras financeiras, não deixa de ser uma aplicação tosca de médio prazo que vai servir para comprar remédios, pagar longos tratamentos e muitas horas de analise sem solução.
Feliz daquele que consegue ser feliz com bem menos do que sempre sonhou em ser.
Feliz de todo aquele que consegue ser rico com bem menos do que sempre pensou em ter. Afinal somos exageradamente previdentes e complicados sem percebermos que precisamos de tão pouco.
Nada tão ruim e tão venenoso para a humanidade do que o próprio homem quando insano e com os joguinhos pequenos de poder.
A arte e a cultura não pactuam com os partidos políticos quaisquer. São sempre parte e ferramentas do estado para promoção e edificação da crítica e do pensamento da construção educacional de um governo livre e de uma atenta justa sociedade.