Ricardo Silveira
Se hoje és tu, esta casa vazia, esta casca morta...
Então, eu não quero mais voltar.
Já tive teu sorriso, já senti teu calor...
Mas você renegou meu amor, partiu sem olhar pra trás.
Não, não quero restos, não aceito migalhas.
E ainda que no fundo, não tenha deixado de te amar.
Não quero me voltar para as paredes, pra este seu coração vazio.
Que um dia, julguei ser meu lar.
Lembro-me tanto de nossos anos juntos
Nunca houve nada que me tirasse de você
Mas um dia as coisas chegam ao fim
E você partiu...
Lembro-me tanto de nossos anos juntos
Ainda que mentisse dizendo que eu era seu único amor
Quando tinha você em meus braços
Eu estava no paraiso!
Não hávia nada mais que eu quisesse
Lembro-me tanto de nossos anos juntos
E isso é todos os dias...
Mas eu te fiz uma promessa
De jamais te procurar
Mas você é tudo que eu quero!
Tudo de que eu preciso
E eu olho no espelho e te encontro aqui
Todos os dias, dentro do meu coração
Lembro-me tanto de nossos anos juntos
Eu quero!
Eu preciso!
Te ter em meus braços
E estar no paraíso novamente!
Mudar, as vezes não basta para suplantar a tristeza de feitos anteriores.
Perdoar não é fácil e conseguir o perdão, é ainda mais difícil.
Mas é necessário ter perseverança e fé.
Para que um dia entre todos nós, a amizade floresça.
Assim como o remédio é cura para as enfermidades, o perdão é cura para a alma!
Amor...
É impossível definir em palavras ou tentar quantificar este sentimento.
Por isso o amor é inefável.
E sendo inefável, isto é, não existindo uma linguagem ou matemática adequada para se definir, o amor deveria também ser inominável, isto é, não pode ter um nome.
Entretanto, durante a vida ouvimos inúmeras pessoas, com uma quantidade quase infinita de transcrições, que homens de diferentes culturas e épocas usaram para o tentar definir.
Hoje, compreendo que esta grande diversidade de definições justamente mostra a incapacidade que o homem sempre teve para alcançar o amor verdadeiro e incondicional.
Uma dificuldade que poderia ser explicada se o entendermos como um sentimento infinito, perfeito, sublime, incondicional e, portanto, superior à natureza de que faz parte nossa compreensão.
E mesmo que este fosse ainda inominável, para mim hoje, ele só teria um nome:
O seu!
Há dias em que a tristeza
Se funde à depressão
Numa batalha insana e descomunal
Ambas, com a única intensão
De roubar-me a alma e destruir o que restou de meu coração.
Esquecem-se que não há nada mais
Com que eu possa me preocupar
O que havia em mim vc já levou
Coração pra quê?
Se só sobrou dor.
Alma pra quê?
Se vc era o sopro de paz
Que enchia meu espírito.
Que levem logo coração e alma sem cerimônia.
O vazio, o nada, ainda é melhor
Do que este sentimento de impotência
De nada poder fazer
Esta ausência, esta ânsia que não pode ser suprimida
Desejo... De sentir o ar que exalas me preencher
E sentir-me "vivo" de novamente...