Ricardo Mellen.
Borboletas e Casulos
Então,
a Borboleta resolveu sair do casulo.
Pintou as Asas,
vestiu se de alegrias
e foi conhecer novas Flores.
"Voltas que o mundo dá"
Foram nas "voltas que o mundo dá",
que nos perdemos um do outro.
Como não existe a possibilidade
de me sentar e esperar, sigo sem
você ao lado mas lhe carrego
sorridente no meu coração.
Gaveta do Coração.
Cabe em mim
Todo o Amor
Que em ti
Transborda.
Me afogue e
Dele não me salve,
Quero morrer submerso
No seu Mar de Amor.
Reflete.
Então, viro e me vejo.
Na realidade, o que vejo
Nada mais é do que o reflexo do que não sou.
Certo é que ali estou, mas não Sou.
Sendo assim, por dentro me percebo outro
Que não esse que Reflete os Meus Reflexos.
Apesar de se parecerem muito comigo.
Leituras.
Você não me ouve, apenas me lê.
Nas tortas linhas deposito meus fragmentos,
pedaços da vida vivida, sentida.
As outras, as não vivenciadas carrego comigo,
docemente armazenadas em pedaços de Amor.
De primeira.
Foi de cara, logo no primeiro olhar,
no primeiro sorriso, no primeiro oi.
Tudo isso em sequência me fez por dentro derreter.
Derreti em Amor.
Naquele exato momento, soube que te pertencia e vice e versa.
O encontro, estava apenas a espera do Tempo.
Abismos
À beira do Abismo desisti.
Percebi em tempo que o visual da volta
seria muito mais interessante.
Comum de dois..
Ele, sempre quis ali estar.
Jamais foi compreendido,
jamais convidado.
Ela nunca o percebeu.
Ela, jamais experimentou um Amor assim.
Ele, jamais ousou Amar outra vez.
Matéria.
Somos feitos das mesmas coisas.
Muitas das coisas nos diferem.
Somos felizes por isso.
Somos diferentes e diferenças.
Navegante.
Problemas do cotidiano, os vejo como Mar,
sobre ele me ponho a navegar.
As Fortes ondas põem a embarcação a jogar,
então jogamos, sei que existe um cais a me esperar.
Me espere, pois estou a chegar.
As fortes ondas em algum momento irão de passar.
Mergulho nas profundezas.
A dúvida é a única certeza
para quem apenas observa.
aprofunde se na Alma do Ser,
mesmo que não seja.
Que chova.
Sobre as nuvens a doce
menina tecia Poesias.
Nem as tempestades
ousavam as linhas apagar.
Pólen.
Que a Poesia da menina Flor,
seja tão doce quanto aquele
que diariamente a beija.
Do seu amado, beija Flor.
Mais uma fria noite chegando,
o sol se pondo no horizonte.
Meu coração aqui, quentinho,
o peito aberto a sua doce espera,
para que nele repouse em sonhos
de estrelas cadentes, desenhando
os nossos nomes na escuridão da noite.
Perdas e danos.
Perde se muito tempo
com as guerras,
quando na verdade,
deveriam ganhar o mesmo
fazendo muito Amor