Ricardo Ferreira
Bom mesmo é viver, amar, curtir, sorrir, se alegrar mantendo o teu amor por você á mesma medida que mantém para teus próximos, ou se puder vá além desta medida
Reviver
Não há tempo para envelhecer.
Não há tempo para amargar o que deixamos de conquistar ou o que pensamos não mais poder usufruir
É tempo de se levantar e amar a sí!
De viver intensamente o que a vida nos proporciona de bom e agradável
Hoje é tempo de viver o hoje e planejarmos a felicidade do amanhã.
Há muito tempo para ser feliz.
Há tempo para amar, para crescer.
Há tempo para renascer
Há tempo para viver hoje o que no ontem não vivemos porque pensamos que nunca teria valor.
Na verdade, enquanto existem muitos anciãos amargos e cansados abaixo dos 20 anos
Também existem muitos adolescentes alegres e felizes acima DOS 60.
Os poetas
Vida de poeta
Vida dura essa, amante de poesias e poeta
Falar do tudo, falar de dentro e expressar aos de fora
Quero lhes perguntar agora, nesta página repleta
Porque homem tem vergonha de expressar sua alegria
Ao ler uma bela poesia que ao seu coração afeta?
Homem que é homem não tem sensibilidade?
Não falam de carinho amor e bondade?
Não cativam sua amada com uma sutil cortejada
Em um verso de Shakespeare ou Carlos Drumond de Andrade?
Sou sim, poeta e HOMEM no devido sentido e forma da palavra
Reconheço que sensível e um tanto emotivo me comporto
Expresso isto em forma racional mesclada a paixão pela escrita de expressões ocultas no coração dentro de mim, em meu corpo.
Confundidos estão aqueles que pensam que a afeminação domina os que da poesia se deleitam.
Nunca provaram do real sabor das letras em temperos de sentimentos que no devido momento poderiam lhes transformar seu dia.
Nos dias de luta, lavariam paz e calmaria
Na paixão, traria inspiração
Na adversidade traria racionalidade
As demais coisas são difíceis de expressar pois você terá dificuldades de entender
Se ao menos você não se interessar em compreender
Este mundo tão maravilhoso que aos sentimentos move como o sol ao gelo faz derreter.
Como a pedra que se tornou seu coração, neste machismo de ficção ilusório
Porque então serias tão machista se em teu corpo também transita
Ormônios divididos das duas partes
Bastando o desequilibrar para o lado que temes ser
E aí você vai ver que poetas são HOMENS normais que expressam as emoções nas letras sentimentais
Que no profundo os machistas tem mas não conseguem compreender
Esperança e teimosia
Não costumo perder esperança em algo mas acho que desta vez sou obrigado a "Jogar a toalha"
Talvez seja mais pela minha teimosia que a esperança que costumo ter.
Acho que estou confundindo os dois.
Hoje estou tão alegre que posso até chorar com alguém
Amanha posso estar tão triste que possa até sorrir com alguém
Nos dias de amargura posso tentar ser alegre e fazer alguém feliz
Nos dias de alegria posso ser aquele amigo que consola e que chora com quem chora por estar feliz e poder compartilhar e transmitir minha alegria.
Quem esta feliz tem que compartilhar sua felicidade com os que choram para que assim a cura exale de seu ser a quem vc deseja que seja curado de sua amargura.
A corda bamba faz parte de nossa vida e quem ainda não aprendeu a se equilibrar mais tarde irá precisar de muitas ataduras!
Eu me recuso a manter memórias que me fazem relembrar o quanto fui irracional por ter sido movido por impulso ou atração o qual iludiram esta mente quando esteve em seu omento mais vulnerável!
Havia pressa para chegar
Para agora parar.
Se páro, a urgência surge para libertar
Mais um degrau feito de ossos.
Os meus ossos
O meu coração e os meus músculos.
Todo o meu mundo.
Todo o meu corpo.
Tudo ligado, sem espaço.
Tudo coeso.
Carne viva, vermelha, sem cor.
Movimento sem corpo
Momento sem dor,
Cristalina ansiedade que agora chegou.
Sem propósito nenhum?
Se era urgente, chegou.
E aqui ficou. Vertical, do princípio ao fim.
Abriu-se dentro de mim. Espalhou-se.
Serei refém?
Agora é bom
Um movimento de cada vez.
Toma o teu tempo,
Agarra a carne.
Fio de cima abaixo.
E escorre-o a ver onde vai parar.
Lá dentro, como num túmulo, jazem flores vivas
Pétalas vibrantes
Cores desassossegadas
Nutridas por lágrima secas...
Olhos mudos
Garganta fechada.
Só o ar me dá a mão para não deixar fugir esta solidão.
Silêncio.
Quero ouvir. Só oiço o que está aqui fora
Por dentro nada.
Escuto atentamente.
Respiro. Respiro novamente com consciência do que estou a fazer.
E volto a escutar.
Sondo: varro tudo dentro de mim.
Nada.
Tudo sereno. Só tenho percepção do movimento do tórax: dilata, expande, e colapsa controladamente.
Fecho os olhos para melhor sondar.
E ponho-me novamente à escuta.
Espero.
Só a presença do nada aflora.
Fico na presença.
E escuto então: vem de dentro, das paredes interiores, a vontade de partilhar. Porque partilhar também é ser. Ser no mundo.
O mundo dentro de mim.
O ser que sou na presença desse mundo.
Só sou eu a ser presença.
A vontade de ir regressou até às suas origens.
E eu escuto novamente a presença desse nada.
Nenhum verbo serve.
Nenhuma acção...
A presença não é. Está!
Estar é consciência das paredes de onde nasce a origem.
Escuto novamente. O peito dilata, expande, retém. Para colapsar, de seguida, controladamente.
O que saiu, escapou. Existiu!
Sou, sem ser.
O que ser quando aqui sinto que sou?
Imponente.
Como caber?
Poder.
Como mexer?
Intrigo-me.
Como é que ali está?
E vivo. De todo o tamanho que ocupa Ser.
E ali está. Ali habita.
Ali faz parte.
Aqui é possível - desafio das leis das física.
Mas ainda luto com limites de tão absurda que é a existência para a conter dentro de mim.
Ouvir as negruras
Que seguram as minhas paredes.
Estou nessa presença
Sentir o que foi construído
Ruínas em cima de ruínas
Ruínas novas
Mostradas com vaidade de quem não tem nada para mostrar.
São olhos vazios que tudo engolem
Olhos absortos, viscerais
Olhos ligados ao coração
Olhos bombeados, angustiados
Apertados.
Dos escombros teimam em sair devaneios lúcidos.
Ruínas perdidas, caídas
Levantadas com fulgor de um último grito.
Sempre último
Sempre presente
Nunca ausente.
Grito sempre seguro por estas paredes nascidas
Nestas ruínas crescidas,
Fortes, levantadas, esforçadas
Ora presentes, ora ausentes.