Ricardo Ferraz
Minha vida nunca foi feita de muitos herois de tevê, pois heróis de tevê também fraquejam. Mas nela, existiu pessoas que ainda admiro, pessoas que passaram por mim e fizeram parte da minha história. Essa coisa de Super Homem, Mulher Maravilha, só nos serve como referência, para tantos heróis e heroínas que passam por nós todos os dias, e nos ensinam a ser melhor do que somos.
Ricardo F.
[...] Porque fica impossível te olhar e não te gostar assim, sabe; de frente, de lado, de costas... de dentro.
Ricardo F.
A gente merece ser feliz, por tudo aquilo que a gente passa. Alguns sofrem mais do que os outros, porém, são admiráveis como que, mesmo estando com um peso muito maior nas costas, ainda sorriem. Pessoas iluminadas são diferentes, elas vivem como se tudo que existisse na vida fosse um plano já traçado, e que, uma hora ou outra a coisa se ajeita. Não, não é que elas são conformadas, elas são positivas. É como se todos os dias elas abrissem um pote de sorvete na geladeira e encontrassem feijão dentro, e mesmo assim elas se alegrassem, esperando um dia a coisa mudar. Talvez o que nos faça sorrir seja a "esperança" e não própria felicidade em si.
Ricardo F.
Eu sou chato mesmo, irritante, passo da conta, esqueço onde fica o limite, surto, me desequilibro, saio do eixo, perco o prumo, o compasso, fujo de mim, esqueço até quem sou, mas ah se soubesse o tamanho do amor que te tenho.
Ricardo F.
Sabe, dá felicidade saber que em algum canto, mesmo à distância, alguém fecha os olhos e torce pela gente, alguém sorri quando se lembra de nós, mesmo que a gente não veja, apenas sinta.
Ricardo F.
[...] Eu não morro de amores por você, pelo contrário, por você eu vivo de amor. Porque quem chegou a óbito por amar demais, deixou de se amar também, e eu, me amo muito, e é por tanto me amar que divido o meu amor com você.
Ricardo F.
Acho que a gente não encontra as pessoas, acho que nos encontramos nelas. Como se a gente já morasse ali dentro há muito tempo, entende? Como se o nosso coração batesse no corpo errado, e a gente o achasse em outro, saca?
Ricardo F.
Há, sim, muito lugar bonito pra se ver neste mundo, muita beleza diferente, exótica, paisagens de tirar o fôlego, de fazer sonhar. Mas já experimentou algum dia viajar em pessoas? Tem gente que você vai e volta dentro delas várias vezes, e sempre se encanta de uma outra forma, nunca igual a de antes. Tem gente que é sempre uma viagem incrível!
Sabe o que é, você me conhece bem, sabe que sei falar de mim, mas tenho dificuldade em interpretar pessoas, sinais. Sei que não deveria te perguntar isso, mas... "Eu posso ir embora? Eu posso desistir da gente?
Ricardo F.
_ Você sabe que nome isso tem?
_ Não, não sei. Só sei que faz bem.
_ Então deixa assim, uma coisa sem nome, pois coisas sem nome não definem o que é, nem a dimensão que elas têm.
Ricardo F.
A beleza de um instante, fica na capacidade dele ser único, e não voltar mais. Fica de forma sólida na sua memória, como algo imutável, como algo verdadeiramente absoluto e intransponível. Um bem que recebe, uma palavra dita no momento que você mais precisava, um carinho que não se apaga, um sorriso numa tarde qualquer, de um dia desses em que nada se espera do dia. E a gente vai vivendo assim, dessas lembranças que ficam, tentando manter vivo pra não sumirem da memória, do quanto foi bom ter vivido aquilo, do quanto aquilo foi marcante enquanto existiu.
Ricardo F.
E assim que queria que fosse a minha vida contigo Sem vírgulas interrogações nada de exclamações Tudo em linha reta sem dar explicação alguma à quem nos lesse porque só nós nos entenderíamos Simplesmente direta Eu você você e eu sem ponto final
Ricardo F
Sabe o que é, é que meu coração é tão grande, e a cada dia me aparece tanta gente pra morar dentro dele, que vira e mexe eu tô em reforma. Sempre tô fazendo mais um puxadinho.
Ricardo F.
Eu agora entendo o porquê de ver tantas gente sozinha, sorrindo pro nada no meio da rua. É preciso entender que pessoas moram em silêncio dentro das outras, e, vez em quando, elas fazem cócegas no coração, e nos provocam sorrisos.
Ricardo F.
Se soubesse que aquela seria a última vez que falaria com você, eu teria me esforçado mais um pouco. Guardaria pra mim todas as coisas que te despejei. Não teria te magoado tanto, e talvez hoje, pelo menos não sentiria tanto o amargo da indiferença. Se soubesse que aquela seria nossa última conversa, com certeza eu iria tentar te fazer lembrar de todas as coisas boas que vivemos, porque em toda batalha existem também momentos de paz, onde dá pra se reconhecer o amor. Se soubesse que hoje, essa angústia pela tua falta fosse me fazer sofrer tanto, eu teria me comportado melhor, não te diria tanta coisa injusta, tanta maluquice na hora da raiva. Há pessoas que carregam a dor de não dizer eu te amo enquanto deveriam, enquanto o outro ainda respira, enquanto o outro ainda está vivo. E há pessoas, como eu, sofrem por aqueles que estão por ai, vivos ainda, mas sabe que quem morreu para elas, fui eu.
Ricardo F.
Eu não estou dizendo que dependo de você pra viver. Eu nunca ouvi dizer que alguém morreu de amor, a não ser um louco ou outro que não soube lidar com seus sentimentos e por não aguentar o peso da própria culpa, tenha se jogado de uma ponte, ou se atirado na frente de um carro. Isso é coisa de quem não tem estrutura, isso não é amor é loucura, amor é diferente, e eu apenas a amo. Eu não vou parar de respirar, as coisas não vão deixar de acontecer por isso. O que estou tentando dizer é que viver com você é a melhor coisa do mundo, e que se isso é algo que nos faz bem, então não há porquê pensar em não viver. O que eu quero dizer a você é que temos tanto em comum dentro de nossas diferenças que deixamos o que menos interessa de lado, algo que incomoda fica de fora. Juntos somos nós, e o que seria este Nós se não fosse juntos? Seria um eu aqui e você aí na sua vida cotidiana, sem morrer, mas sentindo falta do algo mais. Sabe, ainda quero um dia de sol forte e céu azul, dirigir contigo do lado, acelerar o carro sem muita pretensão de velocidade pra poder curtir cada minutinho respirando do mesmo ar que te entra no pulmão. Eu sei que vai querer ouvir clássicos do rock no último volume, batucando os dedos no painel. Quero vê-la abrir os vidros e pôr o braço pra fora, como se puxasse o mundo pra dentro. Quero vê-la de óculos escuros e o vento soprar seus cabelos finos e pesados. Quero ouvi-la cantar num inglês cheio de falsetes acompanhando a pegada de cada nota certa, de cada acorde solitário. Quero parar contigo num barzinho, destes de beira de estrada, só pra te pagar uma Coca Cola e ver você tomando com gosto, em canudinhos coloridos enquanto o suor desce da latinha que não terá o seu nome e nem o meu. Não me interessa se estará escrito Sabrina, Marilia, Alberto, Fran, Joaquim, Maísa, Renan, Raissa, o que me interessa mesmo é ver você comigo, sentada numa daquelas cadeiras de plástico rabiscadas de caneta, do lado de fora, rindo das besteiras da vida. Ainda quero estar contigo à tarde, numa pedra bonita de frente pro mar. Quero ver você entre minhas pernas, encostada com a cabeça ao meu peito, enquanto eu meço na ponta dos dedos toda extensão da circunferência onde nossos olhos alcançarem. Quero dizer a você que todo aquele azul é o meu mundo, é tudo que tenho e respiro. Dizer pra você que tudo aquilo será seu, se quiser ficar.
Ricardo F.
Às vezes, tudo é tão claro, tão exposto, e mesmo assim a gente tenta não enxergar, tenta enganar a dor, a situação, e mesmo que seja doloroso entender, é preciso saber que quando um amor definha a gente vai virando segundo plano, terceiro, quarto, até chegar num ponto que não fazemos parte mais de plano algum. Com o tempo, vai aumentando a distância, diminuindo a importância, os sinais já não são vistos mais. As mensagens já não tem mais força, já são apagadas sem o mínimo de cuidado. Não se ouve mais a voz, e às vezes, o silêncio se torna nossa única companhia. As lembranças, as conversas e a atenção vão se encurtando, chegando ao ponto de não se lembrar mais de como era, como tudo acontecia, como foi chegar até ali. As fases vão mudando, o ciclo vai se fechando, e o que era bonito, vira apenas uma foto amarelada pendurada na parede, como se estivesse ali apenas pra te lembrar que um dia você foi feliz. Tudo se desgasta, tudo se perde, nada volta, as coisas viram passado, algo extinto, esquecido, sugado por um mar profundo de problemas e cansaço. O interesse acaba, o desejo some, a esperança se transforma numa paisagem seca e sem vida, e mesmo que você ainda tente regar, a essência não vinga, a semente não germina mais. Você me ensinou como te amar, mas não me deu nenhum manual de como te esquecer, uma saída de emergência, uma válvula de escape, pra pelo menos tentar viver uma vida sem você do meu lado. Eu sou aquele tipo de pessoa que sempre precisa voltar pra conferir se não deixei o ferro ligado, se não esqueci a água no fogo, se a tranca da porta ficou fechada direito. O tipo de pessoa insegura, que precisa ver com os olhos pra saber se não se esqueceu de algo. Acho que por isso tantas vezes perguntei se ainda me amava, se ainda existia qualquer tipo de amor por mim, porque no fundo, eu nunca consegui fazer meu coração ter essa certeza, nunca fui bom em sinais. E nem agora, sentindo todos estes sintomas de que nada está bem, nada está como antes, eu ainda me perco sem saber que rumo tomar, o que fazer, por onde recomeçar. Sinceramente, eu pensei que o amor fosse algo que fatalmente um dia me tocaria, e de verdade tocou, e tocou de um jeito que jamais consegui encontrar uma resposta pra essa dúvida. Mas e agora, como lidar com algo tão forte, tão denso, com tanta consistência, se minha vida ficou rasa, se minha vida ficou parada no tempo com essa dúvida de onde reiniciar? Não, não compreendo muito bem, e queria que me explicasse.Sabe o que é, você me conhece bem, sabe que sei falar de mim, mas tenho dificuldade em interpretar pessoas, sinais. Sei que não deveria te perguntar isso, mas... eu posso ir embora? Eu posso desistir da gente? É isso?
Ricardo F.
Eu não gosto de te fazer raiva sabe, eu juro que faço das tripas coração pra não te deixar assim. Mas você fica tão bonita quando fica brava comigo, que ando perdendo medo, e a vergonha na cara.
Ricardo F
Amor é uma vontade involuntária, que por mais que você tente fugir, sempre te pega numa dessas curvas da vida.
Ricardo F.
Eu tô deixando de tentar ser um cara bonito pra ser um cara legal, mas olha, calma, eu nunca fui bonito, tá! Um cara bonito arranca suspiros por onde passa, seja na fila do ônibus, no cinema do shopping, ou nas esquinas das salas dos colégios. Um cara bonito atrai, chama a atenção, desvia o olhar, encanta os olhos, o cara legal não. O cara legal precisa se esforçar, brigar com ele na luta pra provar pra si que tudo isso de beleza é a sociedade quem inventa, e é difícil fazê-lo entender, até porque, quem é que não gosta de algo bonito? Mas em tudo isso, há uma grande diferença que é invisível aos olhos. O cara legal conquista pelo que é, pelo que ele busca ser, seja através do seu caráter ou de ser alguém apaixonante pela maneira de agir. O cara legal não precisa de caras e bocas, não precisa se mostrar o tempo todo, basta ele ser ele, no mais ínfimo possível. O cara bonito atrai gente bonita, o cara legal atrai gente sincera, porque só quem é verdadeiro pra poder enxergar o que há de mais lindo num cara legal. Se o cara possui os dois atributos, que bom, uma coisa boa completando a outra, mas se o cara não é belo, que seja ao menos um cara legal.
Ricardo F.
Guardo tanta lembrança de ti, mas a mais dolorida de todas elas é aquela que não existiu, aquela que não foi.
Ricardo F.
[...] Viva deste amor doído, sofrido, como sentença por todos aqueles que também deixou esperar.
Ricardo F.
No fundo, a gente se acostuma com a nossa zona de conforto, por isso o medo de desapegar. Há muita luz depois da porta, o difícil é nos convencer a destrancar a mesma.
Ricardo F.