Ricardo de Moura Borges
Todos somos egoístas.É uma verdade que se torna incontestável, se partirmos do principio que todos temos interesses que nos favorecem, contudo lutar por uma sociedade mais justa, igualitária, e fraterna é um dever de todo cidadão egoísta, que pensa que uma sociedade que lhe favoreça.
Sempre gostei de sociologia. Mas as relações sociais ficam cada vez mais complexas, exigindo novos termos para sua explicação.
Todo ser humano é por natureza ser humano, por isso, sentimos amor, raiva , tristeza, alegria. São sentimentos naturais que devem ser expressados, significados e resinificados. O problema é quando o acusam de falta de humildade por você ser sincero, e expressar descontentamento diante de uma dada situação. A estes acusadores é necessário dizer uma coisa: Vocês não são os donos da verdade e nunca serão e suas atitudes mesquinhas, hipócritas é que mostram os verdadeiros sepulcros caiados da sociedade.
Viva a vida sendo você mesmo, acreditando em seus sonhos e objetivos. Ora, mas meus sonhos não foram construídos culturalmente?
Queria ver como Karl Marx viveria nos tempos atuais. Provavelmente com um celular de ultima geração no bolso em um shopping tomando um milk shake de chocolate.
No entardecer de nossas vidas seremos julgados pelo amor. A vida é uma sucessão de dias, minutos, horas, segundos dos quais denomino paginas em branco, onde vamos escrevendo nossa história.
O grande problema de se ensinar metafísica na sala de aula do ensino médio é encontrar uma aproximação com a realidade física do aluno.
A metafísica é tão importante como a física, aliás, digo que só entendemos a matemática, física, química e demais disciplinas graças a metafísica que disponibiliza conceitos para isso.
Dizem que a Escola está fadada ao fracasso. Discordo dessa afirmativa, tendo em vista que a sociedade está em constante transformação, mostrando que a Escola está passando por uma inovação.
Devemos fazer com paixão as coisas que nos são dadas. Mas o que é paixão? Desejo passageiro? Percebo que em muitas aulas ministradas sinto paixão naquilo que faço, contudo esse desejo não é passageiro mas alimentado pela vida.
Por que estudar? Esse é um dilema proposto desde as sociedades mais remotas. Passamos boa parte de nossas vidas na escola, aprendendo coisas que em muitos casos não iremos usar no nosso cotidiano, muito menos em nosso viver futuro. Contudo, aquilo que levamos para os muros fora da escola nos fazer ser mais humanos. Acredito que a escola tem esse papel de humanizar cada vez mais os cidadãos para tornar uma sociedade melhor de se conviver. A escola deve, portanto, ser esse espaço conscientizador da realidade que vivemos.
Iniciei como professor de história mostrando o quanto sabia escrever, identificar realidades em mapas, datas, fatos e etc. Percebi em poucos meses o quanto me distanciei da realidade vivida pelos meus alunos. Penso que mais interessante que falar da Revolução Francesa, seria começar a mostrar para os alunos a realidade que eles vivem, se questionando sobre o que é a escola, o que é a politica, para depois tomarem consciência do quanto a Revolução Francesa teve impacto na organização social e politica em que vivemos. Assim, mostraremos o que é a liberdade, igualdade e fraternidade tão disseminada.
Por perguntar mais que encontrar respostas prontas e acabadas, me considero um filósofo em potencial.
Gosto das disciplinas que fazem a gente pensar. Mas penso, que todas fazem isso, por exemplo, tenho em mente que muitos matemáticos e físicos se aproximam mais pelas questões filosóficas que estas trazem.
Somos seres para a Morte, pois a cada milésimo que passa estamos em constante transformação ( mudança). O filósofo Martin Heidegger tinha razão, e ainda complemento com Lavousier ao dizer, aquilo que aprendemos no ensino médio: " Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Assim somos, nós a cada amanhecer nos encaminhamos para essa transformação. Nossa carne, ossos serão outras formas na natureza.
O mistério da vida se inicia desde nossa gestação no útero materno e permanece até o último ato nesse teatro da vida.
O ato de ensinar e aprender requer justamente aprimoramento de nossos sentidos para a escolha que fizermos durante a vida.