Reynaldo Araújo

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Soltei as mãos da borda, e mergulhei, até que me faltasse o ar.

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Eu poderia estar aqui agora, mas a minha cabeça estava lá na frente, sonhando, pensando, voando.

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Eu só queria alguém que batesse em minha porta, cheio de amor pra dar.

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Mesmo que seja temporário, eu sei que posso te chamar de meu.

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TEXTO:
SACADA.


- Te achei.
- Eu sabia.
- Sabia o quê?
- Que iria me achar.
- Sou tão previsível assim?
- Não.
- Então por quê achou?
- Porque eu acho que ainda acredito.
- Acredita em quê?
- Nas pessoas.

Ela levou a taça de vinho na boca e deu o primeiro gole. Ele enfiou as mãos no bolso e procurou por algo, em seguida arrancou um maço de cigarro. Tirou um, acendeu, e tragou. A luz do ambiente era pouca, mas mesmo assim reluzia os olhos verdeados dele. A brisa soprava os cabelos da moça desarrumando-os e os jogando frente ao seu rosto.

- Isso vai te matar.
- O cigarro? - Perguntou ele tragando mais uma vez.
- Sim.
- Relaxa moça. Não morri nem de amor, quem dirá de cigarro.
- Já amou alguém?
- Já. Umas duas vezes.
- E eu achando que só se amava uma.
- Não. As pessoas amam uma, amam duas, até três.
- Vezes?
- Vezes, e pessoas. E você, já amou alguém?
- Já. Um homem qualquer. Ele me fez acreditar que eu era especial, mas eu acho que a ex namorada continuou sendo mais especial que eu, o final você pode adivinhar, eu deixo.
- Te traiu?
- Sim.
- E o que ele disse?
- Que passava os finais de semana com a mãe.

Os dois estavam numa sacada de um bar de uma cidade grande qualquer desse mundo. Ela olhava o trânsito lá embaixo e ele acompanhava as estrelas. Ela se preocupava com a luz do ambiente, e ele se preocupava em arrumar as mechas rebeldes de seus cabelos que caiam sobre seu rosto.

- Preciso ir. - Disse ela.
- Mas já?
- Sim. Está ficando tarde.
- Mas são apenas onze da noite.
- Ele está me esperando.
- Quem?
- O cara que eu amo.
- Mas...
- Mas?
- Achei que você não tinha ninguém. Ele te traiu.
- Sim.
- Por que ainda está com ele?
- Você, assim como eu, sabe que a gente não escolhe.
- O que não se escolhe?
- Quem se ama. A gente não escolhe.
- Pode ser por medo.
- Medo de?
- De viver. De se redescobrir. Redescibrir novas vontades, novos sorrisos, novas fragrâncias. Já tentou?
- Eu gosto da forma como eu me sinto ao lado dele. Não me importo que ele me traia, eu só quero ter a certeza de que no final do dia ele estará em casa.
- Mas e se um dia ele não voltar?
- Eu vou continuar esperando.
- Esperando por nada?
- A gente sempre espera por algo.

Os dois ficaram mudos. Ela tomou o último gole da taça de vinho. Se afastou da sacada, olhou o garoto que estava ao seu lado. Camisa preta de rock, calça jeans caída, e cueca preta de elastano aparecendo. Ela vestia um vestido de griffe e usava brincos de prata, seu saltos eram os mais caros, e a taça na qual bebia era de cristal, enquanto ele fumava um cigarro de baile e tomava cerveja em um copo descartável. O garoto manteve o olhar fixo no céu como quem buscava alguma coisa, alguma estrela cadente para realizar um pedido.

- Te vejo por aí. - Disse ele.
- A gente se esbarra. - Se despediu ela.

A garota pegou a sua comanda, foi até ao caixa e passou com um cartão de crédito cinco estrelas. Passou a mão nos cabelos e jogou-os para trás, olhou para o relógio em cima da porta, pegou a nota e agradeceu ao menino do caixa. O relógio apontava onze e dez, ela certamente estaria atrasada. O garoto da sacada olhou para a porta de saída até que a perdesse de vista no vão da escada. Abaixou a cabeça e deu o último trago no cigarro, segurou-o pela ponta e o soltou ao ar livre de onde estava. Encheu mais uma vez o copo de plástico de cerveja, e cruzou os braços sobre a sacada do bar. Seu olhar era de um cara que não se preocupava com nada, apenas com o que seria da vida dele no amanhã, e imaginava a garota que já tinha uma vida toda planejada. Ele era exatamente um nada.

- Eii... Me dá um cigarro. - Voltou a garota.

Ele estendeu o maço e a garota retirou um, acendeu e tragou.

- Isso vai te matar.
- Não morri nem de amor, quem dirá de cigarro.
- Está atrasada.
- Cansei.
- De quê?
- De continuar voltando pra casa, e esperar.

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Pensando em você:


Se você acordar e tentar se encontrar, e se por um instante se pegar sozinho, pegue o telefone e me ligue. E eu vou dizer: Vamos chutar esse dia juntos. Vou correndo verificar se meu coração ainda bate por você, vou deixar você ficar, vou deixar você me ver sorrir.

Hoje quando acordei eu tive a certeza que nosso amor se enferrujou, e através dessa janela eu vejo um dia melhor. Talvez eu feche as cortinas, talvez não.

Talvez eu apague a luz, mas minha luz é você.
Você é meu vazio, as cores mais bonitas de um vestido de verão, meu amor, você está em todas as coisas que caem do céu. O Sol, a chuva, a lua, a luz.

Apesar de tudo, eu irei lhe abraçar quando se sentir necessitado.
Por isso querido, não chore, apenas inspire e expire.
Você não está sozinho!

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De qualquer canto da minha casa dá pra ver a porta. Só moro com muita janela.
Eu olho pra fora, confiro a validade do passaporte. Saber que só existe oxigênio aqui na Terra me dá claustrofobia.

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Ele ridiculariza minhas grandes sentenças de morte, de impossibilidades, de não posso mais viver assim. Hoje é domingo e tem sido domingo desde então.

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Felizmente conseguimos um instante de lucidez e percebemos que são sonhos inconsequentes talvez, lembramos de cada momento feliz, cada sorriso sincero, existe saudade ate mesmo das brigas e regras chatas que tinham de ser cumpridas, dos incríveis momentos vendo filmes com os amigos, tirando fotos toscas e sorrindo sem ter porque...

Pessoas são como livros em prateleiras. Às vezes a gente lê só por prazer. Quando dá vontade a gente estica a mão lá em cima e pega aquele que já estava empoeirado, só pra tirar o tédio, e depois acaba voltando com ele pra lá, afinal, já não fazia nenhum sentido mesmo. Alguns a gente Lê antes de dormir pra pegar no sono, para nos tranquilizar, para fazer algum sentido no nosso dia. Lê por curiosidade. Outros a gente apenas passa os olhos e nem se interessa pela história. Tem aqueles também pelos quais nos apaixonamos pela primeira leitura, aqueles que nos prendem até o final, e que dá até vontade de ler, reler, ler de novo... Há os que nos enganam pela capa e trazem um péssimo conteúdo, já outros nos surpreendem, superam todas nossas expectativas. E vale ressaltar que há também aqueles que a leitura vai ficando cansativa, e a gente nem chega ao final.

E Com tantos livros na minha prateleira, apenas um me desperta o interesse; você.

Contudo, peço-me desculpas (isso mesmo. Me peço) por ter criado mais uma vez expectativas em uma pessoa, que mesmo com todas as apostas, não pôde suprí-las.

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E agora fica a sujeira de um término, mas eu estou com uma preguiça de fazer faxina, me renovar, talvez eu varra apenas pra baixo do tapete, e aí fica tudo bem.

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Tô assim, sabe, tão intenso, tão bem, tão forever. Como dizia Caio Fernando: Nunca tive um jeito assim tão forever.

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Porque eu acho que quando estamos verdadeiramente envolvidos a gente faz ficar possivel, a gente faz ficar de verdade, a gente faz ficar menos irreal, ou qualquer coisa.

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- Te achei.
- Eu sabia.
- Sabia o quê?
- Que iria me achar.
- Sou tão previsível assim?
- Não.
- Então por quê achou?
- Porque eu acho que ainda acredito.
- Acredita em quê?
- Nas pessoas.

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me perdendo recentemente pelas ruas, ando longe, ando por aí, minha cabeça lá em você, lá atrás. E você anda por aí, anda em si, anda seguindo em frente, anda bem.

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Meu horóscopo de hoje disse que o amor da minha vida é alguém do meu cotidiano. Só espero que não seja o porteiro!

- Me diz uma coisa?
- O quê?
- Você sabe o que eu quero ouvir.
- Só direi quando eu sentir. Não vou mentir.

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- Você foi o meu primeiro amor.
- E esse "foi" dói tanto.
- É difícil pra você ouvir um "foi", mas saiba que é difícil pra mim também ter que falar.

- Não quero te machucar!
- Relaxa. Não sou menininha de dezessete anos que vê príncipe encantado em qualquer canto.
- Eu sou sapo né?!
- Não te beijei ainda pra saber!

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- Pra quê esse riso tão constante, menino?
- É pra não chorar, moço!

Mova-se da cadeira, tente, abrace o mundo, cuide de você. Voltando à frase do “cuidando do jardim...” cuide do seu. Faça as borboletas pousarem em você, e quando acontecer, vá com tranquilidade, não as espante, e tenha em mente: Borboletas têm asas, borboletas voam, voltam, pousam em outros lugares, já pousaram, irão pousar. Você é o presente. Você é o agora. É o que está acontecendo naquele momento. Então intensifique, mas tenha em mente que borboletas vivem somente Setenta e duas horas.
Ou é pelo menos o que dizem por aí...

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O silêncio era atordoante. As ruas pelas quais passávamos pareciam nunca ter fim.

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Eu estava sentindo aquelas borboletas no estômago novamente, e era tão gostoso, era tão bom. Havia tanto tempo que não sentia aquela sensação gostosa de “É hoje que eu vou vê-lo!” ou aquela saudade de tudo aquilo que eu não havia vivido.

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Mais uma vez eu havia colocado intensidade em uma viagem que não tinha combustível, nem estrada suficiente para chegar ao destino certo.

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