Renata Stuart
Resolvi pensar nisso tudo, em nós, em mim.
Pensei, pensei.
E concluí que não devo pensar muito.
Então me joguei...
Resolvi tentar compreender isso tudo.
Tentei, tentei.
E desisti de entender.
Então vivi...
Um belo dia, eu acordei decidida e fiz o que meu coração mandava. Um belo dia, tudo acabou. Ainda é estranho. Parece que, há qualquer momento, meu telefone irá tocar e vou ouvir sua voz. Mas os dias passam e você se vai. Da minha vida e da minha rotina....
Fazer 30 anos é como alinhar os astros do nosso próprio universo.
Já não somos o que querem,
já não queremos agradar,
mas ser em essência.
Muitos passaram,
mas só continuam os que vibram na mesma frequência.
É valorizar, mais do que nunca, o que realmente importa.
Ciclos. Começos e finais. Recomeços. Se tem uma coisa que é certa nessa vida é a impermanência. E que delícia a gente poder fazer da nossa vida uma página em branco, pronta para ser escrita, colorida, rascunhada. Afinal, viver é isso: tentativa e erro. É movimento. É experimento.
Devagar eu toco meu barco. Finalmente entendi que não é sobre velocidade. É sobre direção. É sobre a coragem de seguir adiante, mesmo quando o mar fica agitado, mesmo quando a neblina assusta. É sobre não querer o raso,e nem a calmaria do comodismo. Mas ir em frente, sempre.
É sobre as conexões. As pessoas que você encontra. As trocas. Vulnerabilidades compartilhadas. O apoio que você dá ao outro, tanto nas suas dores, quanto nos seus sonhos. As vezes é sobre uma única palavra. Uma palavra muda o dia de alguém. Como você tem usado esse poder?
O medo de ser julgado paralisa. O medo de fracassar congela. Então seguimos no caminho morno, que é o caminho seguro, por temermos a temperatura da água quente. Mas, muitas vezes, a transformação que você precisa está no risco que você não corre. No mergulho que você não dá, pelo simples medo de se queimar, de se afogar, de se ridicularizar.