RebecaMelo.

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E ai eu sumo e deixo a amargura na boca.
E faço fumaça e faço fumo.
E faço fogo e faço tudo.

Inserida por RebecaMelo

Uma mão.
A que afaga e a que bate.
A que permuta e muta.
A que afoga e a que puxa
A que salva.. E no final.
A que mata.Com as duas mãos.

Inserida por RebecaMelo

Deixa a maré virar
Até te botar no colo
Até te naufragar
Entre o leito
Entre o porto.
Entre teu ego de esgoto.
Entre titãs mortos e Zeus
As profundezas do mar
E se encontrar...

Inserida por RebecaMelo

Chuva de vento
Dança das águas
O chão antes seco
Embebeda-se
E nada. E nada.

Quarto. Um quarto. 1/4.
Cama de gata. C(ama).
Restos de mim em vestígios.
Eu já não sou tão inteira assim.
Feito peixe me descamo.
Feito flor me despetalo.
E feito pacto
Vou me prometendo
Vou me con(sagrando).
Em lençois de cama usados
Em bitucas de cigarro.
Entre buzinas de carros
Entre a poluição sonora
Entre as luzes de uma cidade morna
E eu fico aqui, assim, no escuro.
De um quarto. Um quarto. 1/4.

Inserida por RebecaMelo

E esse trato de acalmar a vida
Já virou bobagem
A vida sempre faz um trato de te acalmar
Logo depois de te afrontar
Com mil pedras na mão.

Inserida por RebecaMelo

Te
deixei
rastros
da
minha
unha
na
tua
pele.
E
você
deixou
rastros
da
tua
pele
na
minha
unha.

Inserida por RebecaMelo

E eu clandestino
Na eterna busca de um prazer...

Inserida por RebecaMelo

Foram-se os tempos,
Das águas rasas e dos bons corações.
A epopeia de hoje já não é tão fiel
Como era a de Camões...
O único epílogo disso tudo é que,
Hoje viramos advogado de um tal diabo.
Sem triunfos, dramas, escritos ou oral.

Inserida por RebecaMelo

Gritos. Abafados.
Começo de noite.
Pés gelados. 4 pés.
Esqueço o resto.
Aqueto o eco.
Desfaleço. Faleço.
Em um calcanhar.
Que nunca mas ousei rever.
Fim de noite.

Inserida por RebecaMelo

Me dedilhe e me dedique um esforço.
Faça do pudor o poder.
E ficarei.
E eu fico.

Inserida por RebecaMelo

Acorde. Acorde. Acorde.
Eu estou te vendo.
Eu estou em transe
Naquela fissura
Na Paranoia
Eu vejo raios
Raios fluorescentes
Raios ultra violentos
Ultra violetas
Ultra vermelhos
Meus olhos estão em chamas
E ainda está de noite
Acorde. Acorde agora.
Eu estou te vendo
Quero que você me veja
Quero você em transe comigo
Porque eu estou em transe
E esses raios é meio uma hipnose
Estou em uma larica
Estou flourencendo
Estou fluorescente
Quero você em transe comigo
Como estou em transe. Acorde.

Inserida por RebecaMelo

Talvez o que eu queria ser mesmo
Era aquele crito redentor.
Feito de pedra e coberta de pedra-sabão.
Nunca entendir o porque dos braços abertos
Não é pelo RJ . Acho que é pelo vento.
E como eu queria estar lá. E voar.

Inserida por RebecaMelo

Eu devia não ter tanta sinceridade.
Na boca e nos olhos...
Devia ter escancarado minha real timidez!
R-E-B-E-C-A
-Desavergonhada e deslavada.
Palavras marginais e desviantes.
Que foge que corre e escorre.
Eu devia não ter tanta expressão corporal
Foi da boca que tive
Meus melhores e piores lamentos.
Meus melhores e piores momentos.
Essa posse...
Só me consome.
Consomem. Consumi.
Consumiu. Consumistes.
Consumiram.Consumia.
Foi consumido.

Inserida por RebecaMelo

Sou de capricórnio.
Mas finjo ser um escorpião.
E das unhas tinhosas destilar veneno.
Em quem toco.Em quem pego.Em quem trisco.
Esse veneno parece sair.
E quem achou que nada tinha de mim em si.
Agora, carrega em seu sangue.
Suas véias.Suas carnes.
Seu corpo moribundo, meu límpido veneno.
Que a essa hora
Espalhou-se feito droga.
Feito alucinogéno.
Létal. Ilegal. Viciante.
Picante. E perverso.
E ele vai te assombrar.
E te fazer acordar.
Quando estiveres só...
Contando o passar do tempo nos dedos.
Nos piores e melhores dias.
Nas melhores e piores noites.
Em cada mão, vai lembrar das minhas.
Assim como a vida,
Certas coisas são inevitáveis.
Principalmente...
Vindos de uma capricórniana
Que brinca de ser um escorpião.
Só para destilar veneno.
Com as proprias mãos.

E nesse meio tempo
Nesse tempo torto.Morto.
Vou criando asas,
Feito de bolhas de sabão.
E vou fazendo de conta,
Que sei voar.
Vou me colorindo.
Me redimindo e me abrangendo.
Engraçado e ridículo...
As palavras são descartáveis
Como preservativos usados
Depois de um bel prazer
Que suja sua vaidade
Doce e ácida.
Como viver. Conviver.
Onde as borboletas voam
Entre o coração, cabeça e estômago.
Sou das que toca sem encostar.
Sou das últimas doses.
Das doses homeopáticas.
Sou de um gole só.

Inserida por RebecaMelo

Sair das bordas
(Abrigo)
Transbordar
(Líquidos)
Gelo
(Ponto de fusão)
Vaga-lumes
(Bioluminescência)
Lingua
(Ponta de encontro)
Escuro
(Infinito)
.

Inserida por RebecaMelo

Não troque bolhas por algodão
Bicho de sete cabeças
Faça a chama flamejar
Me queime logo
Sinto o gosto de sangue na boca
Eu quero morder
Quero arrancar
Triturar você
Me sinto uma amante
Me sinto suja e usada
Me sinto violentada e desejada
Estou coberta de sangue
Estou coberta de nojo
Estou coberta de poros
Costure-me logo
Me segure com força
Eu vou pirar
Estou me revirando
Vou te rasgar
Te encravar até sangrar
Bicho de sete cabeças
Me morda
Me chupe o sangue
Me faça estar viva
Me queime
Agora! Agora!
A carne está viva
Delacerada
Esse é o resultado
De uma heroína
Estou pronta
Estou quente como o fogo
Estou esculhambada
Estou despedaçada
Me toque não troque
Não troque bolhas por algodão
Bicho de sete cabeças.

Inserida por RebecaMelo

Maçanetas em digitais
Porta de entrada
Porta dos fundos
Janela de Sol
Janela da Lua
Miados de socorro
Múidos de remorso
Manhas de soluços
Cama de gato
Ponto de encontro
Universo dos fracos
Submundo dos solitários
Amadores da vida
Amarguras do tédio
Resgate do libido
Casa dos impuros
Quase perfeitos
Feitos de carne
Para o que arde
Por dentro e por fora.

Inserida por RebecaMelo

Flores.
Gosto do seu néctar.
Me sinto uma formiga
Quando fico tão perto
De uma flor-de-lis.
Sinto-me atraída
Pelas suas fontes...
Pelas suas fontes de açúcar.
Flores.
Me lembra (parti)das chegadas.
Chega(das) partidas.
De uma flor-de-lis.

Inserida por RebecaMelo

Então é isso.
Vou acordar e guardar a coberta.
Calçarei meus chinelos.
E tomarei um café forte com torrada.
O clima frio da manhã vai me arrepiar.
Pensarei em coisas sem nexo.
Me sentirei perdida.
Vazia e sem encaixe.
Dormirei. Sairei.
E por ai metade do dia se foi.
Então é isso.
No fim da noite
Pegarei a coberta e cairei na cama
Os copos estaram vazios
E o corpo em repouso
O clima frio da noite vai me arrepiar.
Pensarei em coisas sem nexo.
Me sentirei perdida.
Vazia e sem encaixe.
Dormirei. Sonharei.
E por ai metade da noite se foi.
Então é isso.

Inserida por RebecaMelo

Você cheira a vendaval.

Inserida por RebecaMelo

Seu mau hálito me causa nojo e repulsa.
Sua língua é uma porta de esgoto
Em plena boca do lixo.
Sua nudeza não me soa bem.
Não consigo vê-lo
Ou maravilha-lo como um desenho
Onde contemplo fervorosamente.
Tenho vontade de vomitar
Me enojo me enjôo e te vomito.
E o que gruda de você em mim
Tenho vontade de me desifetar
Como um verme ao tocar uma pura seda.
Você cheira a putrefação
E o seu perfume não incobre isso.
Sinto a sua decomposição descaradamente
E declaradamente eu fujo.
Como quem foge de um nojento
e rastejante bicho de pele.
Bicho podre bicho verme...

Inserida por RebecaMelo

Quem é você jasmim?
Quais as pisadas que destes
entre o meu e o teu jardim?
Aonde esteves minha querida morfina?
Eu estou te sentindo te absorvendo em brumas
Sentido entre os parados dedos
Formigas entre os meus contornos
Estou formigando de cabeça para baixo
Sangue denso em dorso duro
caleidoscópios em meus olhos
Sou a eva e fui picada pela serpente
Sou a maçã em decomposição
E quem é você jasmim?
Quais as pisadas que destes
entre o meu e o teu jardim?
Aonde esteves minha querida morfina?

Vontade de fazer meio amor com você.

Inserida por RebecaMelo