Rebeca - Néctar da Flor
Tem gente que faz do amor, um recipiente fechado. Outras já guardam na geladeira com medo de não estragar. Eu não, ó! Eu como esse sentimento, deixo com o vidro aberto e ainda coloco pra quarar naquele sol de escaldar.
Rebeca
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Jota Cê nunca enfiou no bolso os papéis dos meus elogios. Sempre leu atentamente a bagunça dos meus exageros, quando arregalo para o mundo todas as suas qualidades. Popularizo palavras, mas não sei disfarçar o que me contagia. Esse amor espevitado é meu. Esse sentimento conhecedor é meu.
Esse amontoado de sensualidade e paquera descarada, que só existe nele... é MEU!
Tudo é MEU, inclusive:
ELE!
Rebeca
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O impacto das nossas palavras é muito forte, até mesmo pra nós dois. Porque além de escrever o que espalha, sentimos o sacolejo todos os santos dias.
Rebeca
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Jota Cê deixa pra escanteio o vocabulário shakesperiano...
... e recria seus verbetes na posse de bola perfeita das suas palavras.
[ele me acaba]
Rebeca
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Esses dias dormi agarrada com sua voz, ela tem o formato das minhas emoções e segue um ritual todo lindo antes de pegar no sono comigo.
Rebeca
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Essa personalidade no rosto das suas palavras...
... consegue ser digna...
... nessa genialidade tão sua.
Entusiasticamente apaixonada!!!
Rebeca
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Sangra esse seu amor, jorra você em mim, que a silhueta desse homem lindo contra a luz é de parar o meu quarteirão.
~*Rebeca*~
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Não concordo com amor livre. Quem ama assim, não sabe amar. Quem ama assim, ama sofrido. Quem ama assim, quer escrever história e não sente o amor sem autocontrole invadindo, pedindo mais amor pra ser alimentado. Creio em alma liberta, na paquera aberta e na sensação de descaramento livre, mas não aceito o amor liberto. O meu amor é amarrado, esse negócio de viver solto é pra passarinho. Eu sou gente, gosto de ser de alguém. Não brinco de escrever, eu sinto tudo o que escrevo e escrevo pra te conquistar.
Amor fadado e condenado ao intenso!
Aguenta?
~*Rebeca*~
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Lá na casa do Jota Cê tem:
Rede minha jogada por lá.
Gato que gosta de esparramar.
Coração quente acostumado com o bronze de amar.
Nordestina quando ama é assim...
... amanceba o amor fogoso, só pra emprenhar a saudade com gosto.
~*Rebeca*~
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O galo canta e ainda puxa a saudade pelo esporão. Silêncio num céu cinzento. Madrugada que raia o dia. Escuto um amor convencido, e nem sou pretensiosa. O bocejo de uma saudade escapa queixosamente. Sou o espelho da coragem na simplicidade de uma revelação. Escrevo o desenrolar de um fascínio e seus detalhes rabiscados. Boquiaberta com a esperteza de um caminho e seus quarteirões abarrotados de caprichos. É uma mastigação de lembranças violentas e impacientes. Que vontade de dar uma surra nessa insônia.
São três horas da manhã... vou usar minhas reticências...
... atende esse telefone...
...é sua voz que embala o transe do meu amor...
~*Rebeca*~
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Momentos a dois englobam tanta coisa, até mesmo o perdão, quando fica triste pensando que vai dormir no chão. Não seria romântico deixar a remissão arrastada no terreno de uma culpa. Aprendi a romantizar a gaveta do transtorno e deixo qualquer bipolaridade dentro do criado mudo. Sabe realmente o que me tira do sério? É compartilhar minha vida da maneira mais arreganhada com quem amo. A escola do perdão é o amor em movimento e o nosso não deixa de girar. O coração não suporta o coletivo de todas as surpresas no agrupamento dos dias. Conviver com os nossos momentos é dar espaço para os algarismos de uma vida íntima, pesadamente bem amada. Sinto os detalhes que carrego, parecem um tanque de gasolina aceso. É explosão, BUM! Queima amor e não pesa o medo. Sabemos admitir nossas falhas fantasiosas e damos espaço para a verdade sacudida e bem disposta. Quantos momentos a dois temos a cada segundo. Mesmo distantes pela geografia, dormimos agarrados todos os dias. Um amor que caminha junto mesmo quando a estrada é mal asfaltada.
Acabei de fechar os olhos e sabe qual foi a imagem que veio à mente?
Aquela dos beijos vagabundos no estalado da memória.
~*Rebeca*~
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Amo tanto que nem sei onde enfiar tanta imaginação coreografada. As imagens dançam juntas e apaixonadas. Se esfregam umas nas outras e só param quando gozam canções.
Rebeca
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De besta, Gato, o senhor não tem nada. Nem mesmo o andar de malandro, muito menos quando sua lábia se torna lâmina. Palavras quando querem cortar, elas cortam e profundamente. Dizem que Gatos fazem as merdas e enterram. Você, bichano, nunca defecou tumulto de uma situação. Essa parte é minha, essa parte fedida quando quero dizer minhas verdades é sempre de uma nervosinha apaixonada. Xiringo bom ar no ambiente e deixo o que ficou pra trás, bem atrás, lá no fundo. Nenhuma mancada fica irreparável, nem combina com nosso jeito de levar esse amor. Xingamos o mundo e suas giradas, mas nunca ficamos afastados dos nossos abismos, que mesmo profundos pulamos juntos e de olhos esbugalhados. Você é o amor selvagem, que quando instigado fica fabuloso. Você é a pregação do estimulado que quando despertado, sabe dobrar os joelhos por mim. Reclamamos do que é cheio, porque nunca soubemos o significado do vazio. Não depois que anunciamos o novo, o inédito, acontecendo bem no meio da nossa venta. O cheiro sempre foi de rosas. A dor sempre foi do espinho e nunca despetalamos nada, nenhuma pétala, elas não caem... não as nossas. Crueldade extrema sabe o que é? Crueldade extrema é ler um texto que fala que te deixei no frio, sozinho e no escuro. Você nunca sentiu nem mesmo o dedo mindinho friorento, porque o calor do meu amor é verão. O tempo do que sinto não fica sozinho, porque esse amor virou atração no meio de uma multidão. O escuro é provocado seriamente pela lamparina de um casamento que nunca faltou querosene. O que quero dizer, Jota Cê, é que o nosso estragado é aproveitado. Nossos momentos inférteis são gerados com intimidade. Que o meu amor por você é do melhor, tem sangue do bom, é pra sempre.
O nosso lema nunca foi: ORDEM E PROGRESSO...
... porque o nosso grito sempre foi de guerra.
Trocamos nossa bandeira por essa:
DESORDEM, AMOR E PERDÃO!
[Perdoa de coração?]
~*Rebeca*~
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A realidade tem cheiro torrado de café, onde os grãos, muídos na hora, aquecem nosso primeiro sabor do dia.
~*Rebeca*~
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Se eu pedir pra tirar o vestido enganchado na cerca de uma provocação, você abre qualquer arame farpado de uma proibição? É muito amor engodado e colorido que não tapa a boca na hora do grito. Se eu pedir pra não economizar em nada, nem mesmo no elogio exagerado de homem apaixonado, você faz com abundância? Essa riqueza faz milagre com nossa marca profunda e registrada. Se eu pedir pra acolchoar nossa esculhambação com elegância, será que o amor escutaria sem virar do avesso? Somos tão flexíveis para amar, de todo jeito, que aromatizar qualquer safadice fica bem sentido. Se eu pedir pra confabular com todas as partes do mundo a nossa história , será que a geografia inclinaria só pra te trazer mais pra perto? Eu juro por Deus, que marcaria com caneta de proximidade todo o nosso arredor de saudade.
Nossas linhas são originais e a expressão é intitulada de apaixonada...
... a datilografia não precisa conferir...
[nossa máquina é impressamente bem amada.]
~*Rebeca*~
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Nada é mais envolvente que o sabor de olhares que dançam com as emoções, cambaleando pra cima de desejos.
~*Rebeca*~
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Carimbei esse homem com o batido das minhas coxas no entreperna dele. Peguei o doce, que só existe no sabor romântico, e transformei em diversos sabores esfregados em acordes.
~*Rebeca*~
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