Rebeca - Néctar da Flor
Você faz uma mulher debulhar um vocabulário e nem sente que escreve com a alma de todas as emoções.
Rebeca
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Nenhuma sensação é manjada, somos tão afiados nas reações que sentimos igualmente. e assim risco paredes com esse amor que sinto, pixo nossas transparências nos muros altos dos nossos dias e não tenho nenhuma dúvida na hora que abro a boca e digo que esse amor é limpo.
Rebeca
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De repente, alguém entra na nossa vida e vira todo um sentimento pelo avesso e fica muito difícil sair dele. Porque se não sentisse que esse amor é pra valer, seria mais simples. Só que nada é simples, nem difícil... é maior.
E quanto mais eu digo que necessito, mais eu quero dizer que é demais...
~*Rebeca*~
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A força das suas palavras é a descarga mais que elétrica do amor provocante e desnatural.
Esse meu amor vaidoso e atraente...
... TE AMA!
~*Rebeca*~
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Eu não sei escrever tão bonito, mas eu sei te escutar lindamente.
Eu não sei fazer o estilo profunda, mas eu sei mergulhar nas suas escolhas.
Eu não sei muitas coisas, mas eu sei que minha natureza rebelde autoboicota minha meiguice.
Eu não sei fazer poema, mas eu sei rimar o seu amor com minha flor.
Eu não sei ser sofisticada, mas eu sei te presentear com minha herança genética de sentimentalidade barata.
Eu não sei ser diferente, mas eu sei ser o fora do comum sem ser cansativa.
Eu não sei o que acontece quando você diz que me ama e o corpo treme...
... eu só sei que me salva!
~*Rebeca*~
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Há nove meses vivemos uma relação provocativa, onde o amor sabe como ninguém flagrar nossos delitos de palavras impuníveis. Amo falar de quem amo, daquele que fez o meu mundo acompanhar uma estrada no caminho que parecemos. Somos tão iguais, que as diferenças implicam com nossas cumplicidades. Cheguei na vida dele estreando um sentir totalmente violento. Estava acostumado com a mesmice da sedução que sabia de cara como iria continuar. Com a gente foi diferente. Eu não sabia que tipo de talento estava entrando dentro de uma personalidade notável e sem blefe. Empatia imediata de uma atração que nos atraiu. Deixamos a paisagem fazer seu lance de vista, no ambiente aconchegante que nos abrigou. Além de vista cheia de boniteza, existiu o aconchego nas olhadas que nos acolheu. Determinada, destemida e descarada, fui fazer manchete nos tablóides de uma vida, onde o astro da história seria o amor como rei. Ele sabe ser misterioso, mas o seu sorriso sempre revelou todos os pontos de uma estrutura inabalável. Sempre soube atiçar a natureza de um desejo inquieto. Despressurizou a cabine dos meus medos e me fez saltar de mãos dadas com uma felicidade sem rodeios.
O preço pra ser feliz com força...
... é dando o troco com mais...
[força.]
~*Rebeca*~
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Vem aqui, senta nesse chão frio comigo e me esquenta com o quente da sua direção. Você tão alto e eu aqui, sentada te admirando num culto sem altar. Tão alaranjados seus movimentos que parecem uma canção de tão ritmados. Se não quer sentar, pelo menos fica perto enquanto agarro suas pernas num abraço de amor cheio. Amor que nunca foi magricelo e que de tão rechonchudo se fez carne. Não deixa eu ficar naquela gritaria danada, não deixa. Hoje eu só quero murmurar palavras cheias de fibras nos músculos do seu corpo. Agarrei suas pernas nesse exato momento, agacha não, fica em pé, reto e ereto. Não se deixa levar pelas delícias de um rolamento, onde o piso sempre foi bem amaciado por nós dois.
Se quer arriar algo, que seja mais amor entrelaçado e vencido.
Louca por você!
~*Rebeca*~
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Imaginar o momento, menos agitado, sempre causa aquele medo por causa do silêncio de brigas. Mesmo na pior desgraça de palavras desajeitadas, mas bem surradas, não quero que esqueça nunca do que reina. Nada interferiu nesse nosso amor, nem mesmo tantas interrogações consideradas enciumadas. Respiro fundo e tento deixar pra trás uma cegueira que nem combina com os olhos abertos de uma alucinação que tem o dom da caligrafia. Nunca, mas nunca mesmo, vou te deixar escrever tristeza, mesmo que venha de palavras aconselhadas. É amor que sente a força do hábito, que se enxerga nas dificuldades e que franze a testa esperando as pazes.
Eu te amo nervosamente, eu te amo absolutamente, eu te amo agarrada no cós da calça…
… de todos os seus oitos deitados.
[EVIDENTEMENTE SUA]
~*Rebeca*~
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Eu acho que o mundo deveria dar lugar às letras e deixar os olhos com mais histórias.
Eu acho que os distraídos só perdem o melhor, porque sempre contemplam somente as linhas retas.
Eu acho que escrever é pra sensibilizar, até mesmo, a raiva das palavras, ou o desdém das vírgulas, porque o amor dos sentidos constrói lindos textos.
Eu acho que a música cabe dentro de uma dança, ao ponto de explodir, e suas notas gordas sempre têm sustância quando é comida com alegria.
Eu acho que o caos de emoções é o fluxo de uma jornada bem vivida.
~*Rebeca*~
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É impossível não encarar esse amor e todas as suas faces. Confrontar os sentimentos, com raça, é saber que nossas lembranças são agarradas a várias histórias sequenciadas de paixão. Estruturar tanta felicidade é dar embalo a um bando de dengo e ”I love you”.
Logo no começo, mandei essa cantiga que o Wando canta. E quer saber? Desobstruimos nossos tímpanos com breguices de ritmos apaixonados.
Deixa dizer que te amo?
Sei que deixa…
~*Rebeca*~
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Antes de dormir, olhei para minha estante, peguei um livro e li esse trecho:
“O fato é que, de qualquer maneira, nunca senti de modo tão intenso que você sou eu.”
Mesmo não sendo simpatizante desse amor livre, de Beauvoir e Sartre, devo dizer que amor é amor seja ele qual for.
Mais na frente ele continua:
”[…]Meu amor, você não é ‘uma coisa em minha vida’ - nem mesmo a mais importante -, porque minha vida já não me pertence, porque(…) você é sempre eu.”
O maravilhoso é que sempre sentimos essa unidade…
…nesse nosso amor.
Amo.
~*Rebeca*~
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Tenho o dom de formar imagens na cabeça dele e, naturalmente, o resto da história é fixada no coração.
P.s.: Ô saudade do seu dengo, meu bichin…
~*Rebeca*~
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O amor dito cheio de várias vezes é amado com delírios manchados de carinhos. Fatias grossas de palavras apaixonadas, faz o pedaço da minha vida ser inteiramente catado por ele. Fazemos o gênero rasgado e juntamos todos os sentimentos da nossa relação no sofá-cama da nossa união. Temos a síndrome do amor viciado, onde pinicamos loucuras e cheiramos desejos. O choque vem quando deixamos estilhaçadas nossas vontades, que de tão saciadas, ficam mais ousadas. Nunca fiquei aterrorizada diante de um amor que causa medo de tão lindo. Nunca dei pra trás o que sempre apontou na frente. A vizinhança da minha emoção sempre deu aquela xícara de açucar para o baruho da minha paixão zuadenta. A gratidão da minha sensibilidade sempre retribuiu com café de um amor engolido, esfomeado e detonado.
Em outras palavras:
Invariavelmente apaixonada!
Rebeca
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O mágico na minha vida acontece quando deixo o pé no chão tirar da cartola as lembranças dos momentos cheios de magia. Porque quando estou vivendo na pele a sensação do momento, esqueço da magia de qualquer poesia e vou amar agressivamente um amor que sabe se defender... até mesmo de mim. Não fico roxa de vergonha na hora que escrevo um amor que só dança conforme minha música, mesmo que para muitos o clássico seja a melhor forma de ir no ritmo de um sentimento. Não sigo o convencional de um ritmo se o meu rock deu certo com o dele. O amor que sinto é contra-indicado para uma terceira pessoa. Ele só serve para amar o meu companheiro infalível e nossas manipulações. Não aceito colher metida no nosso relacionamento que nem mesmo precisou ser temperado.
Rebeca
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Tenho uma ciumeira que quando se mistura com a esquizofrenia da minha agressividade, não sabe que voz seguir. Fico cega, surda e nada muda. Ele sabe a doida que tem e o que faço para defender o meu território. Não sou nada sofisticada, nem com palavras, nem quando quero descer do salto. Sou agressiva e uma barraqueira de primeira. Não mexa com homem meu. Não mexa com os meus pensamentos porque esses vão longe. Muita mulher fica dando uma de muita educada, muito cheia de si, metida a gostosa e esquece que o fumo entra. O meu macho come no miúdinho e se for pra meter lenha, que seja bem metido e que tenha bastante medo da fera aqui descobrir. Comigo a cobra fuma e a idade da pedra vem com tudo e bem lascada. Sou é nordestina, muito da arrochada e decidida. O meu Jota Cê é totalmente sufocado pelo amor velho de guerra. Ele respira o oxigênio contagioso de uma mulher que entrou em tudo que é canto e sem vasilina. Ele aprende na sabedoria das páginas da minha vida.
Em tempo:
Ele é o marido que minha alma elegeu...
... para dividir a comunhão universal dos degraus...
... da minha alegria.
[e quem se meter a besta, eu mostro o caminho]
~*Rebeca*~
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Não sei se melo o cigarro, ou se inundo a minha sina. O desabrochar diário de uma mulher que circula numa estrada por um homem e suas caronas. Ele entende minha velocidade e reajo às emoçoes que nunca foram engradadas. A janela do carona nunca que foi totalmente limpa. Quem viaja nas estradas da vida de um sentimento, entende que o grosso de um amor de qualquer jeito é visto lindamente de qualquer maneira. Amor beira de estrada, acostumado a dormir ao relento, sem frescura. Durmo apenas com o seu corpo, cobrindo o meu, num banco de trás de qualquer medo e com o freio de mão de qualquer angústia engatado. Lavo o único vestido de sinceridade que tenho e penduro em cima do teto da nossa estabilidade. Quando acordo, saio da traseira e vou pra frente de todas as minhas alegrias abotoadas, de um vestido florido, com cheiro de amanhecer. Amar só se for em exagero, só se for sentindo na cara um tornado de amor inteiro, deixando qualquer tralha pelo caminho.
Embalagem de amor vazio, vai pro entulho!
[o nosso amor é cheio]
Sai do meio!
Rebeca
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Uma boa linha para um grande amor é sempre reta. Não existe curva quando as palavras cheias sabem o caminho. Letras que formam declarações de tamanhos e arremessos diferentes. Jogo longe minhas emoções, onde a intenção é largar um chupão na boca da minha felicidade. Estalo um beijo desesperado e sem cautela na fartura beiçuda de um amor que sempre soube lipoaspirar momentos cheios de atropelos. Somos ligados pelo cordão umbilical de um casamento fetal. Sou flagrada espiando de perto o meu respirar. Fico bem quietinha ao ponto de não fazer barulho na hora dos meus suspiros acelerados. Eu enxergo o que há em mim. Eu apalpo o que há nele. Eu exploro o que consigo brotar em nós. Amor que em cada esquina, tem uma profissional mostrando a melhor posição para amar gostoso. Amor que se vende por qualquer sedução que ele faça. Sou de uma facilidade tremenda, arreganho logo. Amor que fervilha quando é destinado a parar num bordel e fazer suas sacanagens dentro de um coração dado, entregue, e bem pago.
Menina, você não sabe amar com delicadeza, com sutileza, com meiguice?
Com esse cabra, não! A ordem é sentir o cru............ no nu.
~*Rebeca*~
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