Raphael Melo
Jesus não veio oferecer uma opção de vida melhor aos homens. Ele, sendo Deus, esvaziou-se de sua Glória e foi até às últimas consequências, morrendo como substituto, para trazer de volta a si e salvar criaturas más e miseravelmente perdidas em suas pecados. Esse é o Evangelho.
Muitos estão em igrejas, seguindo a Jesus nos próprios termos, que lhes convém. Têm uma certa crença em Deus, mas se recusam a sujeitar suas vontades a Ele. São os ultimamente chamados de cristãos modernos. Eu, contudo, os chamo de religiosos que provavelmente nunca foram salvos.
Nesse mundo temos aflições. Não desperdice seu tempo saudável e disposto com pecado e acomodação. Mesmo sabendo que limitações e sofrimentos ensinam e glorificam a Deus, é difícil querer fazer mais e melhor para Ele e não poder. Não jogue fora as oportunidades que você tem agora.
O cristão jamais pode deixar de ter gravado em sua mente e coração a certeza de que não é deste mundo, de que é peregrino em terra estranha e hostil. Estamos distantes do nosso lar, por isso, não há como nos sentirmos totalmente em casa enquanto ainda estivermos aqui.
O Evangelho que anunciamos é muito mais sublime e importante do que o modo como as pessoas vão reagir a Ele. Portanto, não se pode suavizar a mensagem para que fique mais agradável às pessoas. A Mensagem, o Evangelho, que é Jesus, é o protagonista, não os ouvidos que O ouvem.
É preciso saber diferenciar palestras motivacionais religiosas, que usam o Nome e os ensinos de Jesus, de verdadeiras pregações bíblicas. As primeiras estão por todos os lados, para todos os gostos. Já as últimas andam cada vez mais raras, nesses últimos dias.
Jesus afirmou e foi exemplo de que os maiores são os que servem e honram os menores. Contudo, muitos cristãos (inclusive líderes famosos e proeminentes) vivem ignorando isso. A Deus ninguém engana. Os frutos identificam as árvores, não belos discursos e tamanhos de ministérios.
Já foi dito que o amor não está definido no dicionário, mas no calvário. Eu acrescento: por mais palavras que se use para definir o amor motivador e exalado da Graça, em Cristo, ele jamais poderá ser compreendido na totalidade ainda nessa vida. Só podemos, agradecidos, recebê-lo.
Cuidado com ensinos supostamente cristãos, mas que partem de premissas e chegam a convenções mundanas. Estamos aqui, porém não somos daqui. Há algo muito errado quando as coisas de cima nos atraem menos que entretenimentos e cuidados desta vida (mesmo o que não for pecado em si).
Não caia na conversa fiada de quem cria manuais, cultos, congressos e conferências para quebra de maldições. Se há maldição sobre você, converta-se ao Evangelho da Graça. E se você é salvo(a), Jesus já levou sobre si suas maldições. Simples assim. Por meio da fé, somos livres!
Se tudo der errado e não houver nenhuma perspectiva de melhora, não se preocupe. A vida aqui é curta. O final será feliz para os que pertencem a Cristo. Vai acabar tudo muito melhor do que você pode conceber. Leia Apocalipse 21 e 22.
Passamos pelos dias tão ocupados em fazer, comprar, vender, ter e planejar, que deixamos de parar para contemplar a glória do Criador por meio da criação. Pode ser um sorriso de criança; o canto de um pássaro; uma brisa leve no rosto; cheiro de chuva; e coisas semelhantes.
Separar-se externamente das coisas do mundo não coloca ninguém automaticamente no caminho da santificação. Muitos o fazem por motivos religiosos, sem que no interior estejam sendo verdadeiramente transformados por Deus. Santidade começa no interior. Sendo genuína, virá para fora.
Nossos inimigos são espíritos malignos e o mundo, não carne e sangue, não pessoas. Exceto um, o mais perigoso deles: nossa própria carne, o velho homem, que sempre tenta voltar e assumir o controle do nosso ser. Só percorrendo o caminho da santificação, podemos mantê-lo morto.
Oremos pelas crianças; tentam ensiná-las, desde a escola, que a verdade é mentira e vice-versa. Oremos pelos jovens; meninos acham que são mais homens quando “objetizam” moças, que por sua vez, se acham valorizadas ao fazerem seus corpos de corrimão, nas mãos de muitos. Oremos!
O Evangelho das veredas antigas tem sido modificado para moldar-se às nossas vontades, prioridades e agendas de entretenimento. O resultado é um monstro remendado, que enfatiza certos ensinos e omite outros, como se pudéssemos adaptar a mensagem da cruz ao nossos estilos de vida.
O primeiro a reconhecer Jesus como o Cristo foi João Batista, quando era um feto no ventre de Isabel. O Salmo 139 é claro ao afirmar que Deus nos conhecia como pessoas quando éramos massas informes no ventre. Aborto é crime desde a concepção. É o mais cruel dos assassinatos.
A Deus ninguém engana. Como alguns ditos cristãos podem viver suas vidas dissimuladas de pecados secretos, sem se preocuparem? Se Ele sonda as profundezas do coração, como não saberia o que se faz no computador, no celular, em conversas, boates, quartos, banheiros, motéis, etc?
Não importa quem lidere ou quantos seguidores tenha uma organização religiosa. Sem o anúncio do verdadeiro Evangelho, conforme as Escrituras, e a evidência de frutos que glorifiquem a Deus, não existe igreja de Jesus.
O que temos de melhor nunca é bom o bastante para Deus. Sem a Graça somos todos pecadores perdidos. Não temos nenhuma esperança de salvação por meio de nossos próprios atos, por melhores que eles sejam aqui na terra.
Entenda que a maior batalha contra o pecado não é deixar de praticá-lo externamente, mas vencê-lo no interior. Caso contrário, qualquer atitude será apenas fogo de palha religioso, não operação verdadeira do Espírito Santo.
As vezes, as coisas não acontecem como esperávamos e planejávamos. Então, logo garras de desânimo e decepção tentam cravar-se em nossa mente; e trazem com elas os fardos da preocupação com o que faremos diante da dificuldade. É quando dizemos: Deus, me ensina a confiar em ti!
De que adianta alguém cantar ou dizer que está disponível nas mãos de Deus, se quando o chamado dEle para sair da zona de conforto e colocar a mão no arado chega, vez após vez, tal pessoa ignora-o. A seara ainda é grande e os trabalhadores comprometidos ainda são muito poucos.
Os momentos de angústia e prova da fé do cristão, por mais que sejam difíceis (e como o são, em muitas ocasiões), sempre trazem consigo uma esperança que o mundo não conhece e nem pode conhecer. Sabemos que, até o último segundo, Deus pode transformar tudo, se for sua vontade.
As palavras de Jesus eram amorosas e perdoadoras a pecadores arrependidos e sinceros, contudo, ásperas e duras a religiosos moralistas e auto suficientes. Que façamos o mesmo, preguemos a Palavra, ela mesma é quem alcança com Graça os contritos e condena quem confia em si mesmo.