Rana Luísa
O que nos incomoda como nação?
Nosso país foi forjado a escravidão, e assim foi consolidado o racismo. A violência e a desumanidade criaram raízes de ódio que estão aqui presentes desde os primórdios.Logo, não seria a pandemia que transformaria nossa sociedade em modelo de civilidade coletiva. Em números absolutos, ocupamos a 5° posição em rankings de assassinatos. Temos um alto índice de mortes por acidentes de trabalho e de trânsito. Então, por que achar que mortes por covid iriam abalar e gerar comoção a população? Somos um povo violento por natureza, e ignorantes por opção. Nunca fomos cordiais e o problema não esta na educação, pois empatia não se ensina. O brasileiro é indiferente, não sente mais a dor e nem o medo da morte. Tudo é banalizado. Pois, a vida nesse país não vale de nada.
Nos bastidores da vida de toda pessoa incrível há sempre uma história de vida traumática. Porque, nem todas as falhas do mundo são capazes de apodrecer a alma de um ser de caráter invicto.
Nosso corpo pode armazenar tantas informações. Das quedas às ascensões, temos uma linha temporal de sentimentos. Muitas vezes, nossa aparência exterior não é testemunho do que nos é íntimo. E, assim, compreendemos que o corpo é um templo a ser respeitado.
Abasteça-se de amor e descubra que o seu limite vai muito além de onde você já havia delimitado. A dor também nos traz força, mas só o amor é quem a potencializa.
Ao mudarmos nosso ângulo de percepção entendemos que a vida não é ciclo estável, que a dor não é uma sentença e que nossa existência se baseia em ressignificar nossa bagagem emocional todos os dias.
Somos a única espécie que aprendeu a domesticar os sentimentos bons. E, talvez isso seja o maior retrocesso da humanidade.
A humanidade pode ter domínio de todas as ciências, mas desconhece o principal fundamento da vida : alma humana.
Nosso amor pela natureza não se justifica apenas pela sua beleza, seus encantos. E sim, porquê ela nos acolhe como realmente somos.
Sobre a vida: eu não quero apenas viver, quero revolucionar! A questão não é ter uma vida longa, mas sim memorável.
Somos frágeis, mas diferente dos outros animais temos uma capacidade ímpar de sobrevivência: a de amar.
Quem vive de desculpas fica preso no tempo. A vida flui a cada segundo, se renovando, se destruindo e se reconstruindo. É preciso se recriar, se desdobrar para, enfim, poder conduzi-la com maestria.