Rana Luísa
Diante de tantas catástrofes, sejam elas de natureza biológica, ambiental, política e econômica, estar vivo é um atentado à nossa integridade psicológica e moral. Um desafio para que saibamos o que é de fato humanidade, e onde a falta dela nos trouxe.
Conheça o lado agridoce da vida e desfrute-o. Pois na mistura de prazer e amargura, há também seus encantos.
Quando mergulho em seus braços
Mesmo sabendo que irei me afogar
Continuo a nadar e nadar
Desbravo o teu mar
Seu corpo se faz oceano
Onde encontro meu lar
Posso perder o respirar
Mas venho para me transbordar
Sigo suas ondas, sigo suas águas
Farei desse mar a minha casa
Queria poder amar sem me decepcionar
Tentar sem medo de errar
Chorar apenas por alegria
Aceitar as coisas como ela são
O mundo está carente
Carente de amor
Carente de respeito
E recheado de ignorância, estupidez e hipocrisia
Quanta ironia
Numa sociedade machista, independentemente do tipo de violência que a mulher sofra, sempre irão cupabiliza-la, seja de forma indireta ou não, pelo crime ocorrido. É preciso rever conceitos. Se abrirmos o dicionário, o mais básico dos livros, veremos que violência é um ato cruel e constrangedor no qual existem dois lados de uma moeda : a vítima e o agressor. E vítima é quem sofre a violência e não quem a provoca, a pratica e a impõe ao outro. Um país que não tem ciência nem do próprio significado da palavra Violência e toda questão social trazida por ela nunca saberá, também, o que é justiça.
Nunca aceitará a importância do feminismo.
Esboce em seu rosto um sorriso
E assim me leve ao paraíso
Me deixe em suas asas voar
Sua órbita nos guiar
Sou apenas uma terrestre que se apaixonou pelo sol
Diante de tantas constelações, tantas teorias
Eu já sabia que você era quem eu queria
O tempo e a dor nos moldam e entender que somos como um barro que se modela por nossas próprias ações, faz parte de toda a construção que um dia, talvez será, por fim, arte.
O desgaste emocional furta nossa essência. Nele, não encontramos um álibi e estamos presos e condenados pelas próprias armadilhas da mente.
No teatro da vida somos peças de um tabuleiro que se movem por um único e simples objetivo : o poder.
A fugacidade da vida, uma verdade escancarada aos nossos olhos. Um dia a mais outro a menos, nos levam a um ciclo imutável sem previsões. Não somos donos de nada. O agora é a nossa única certeza.
O orgulho e o ego em si, muitas vezes, nos dão a ideia de que somos imunes as fatalidades que a vida pode nos impor. Mas, a proteção criada por essa mente é tão frágil quanto a um vidro que ao trincar se desfaz por completo.
Somos soltos ao acaso e o futuro não nos pertence. O sentimento de posse que temos das coisas, das pessoas e do agora não passa de uma mera ilusão.
Até mesmo o mar de águas mais calmas precisa ter aonde desaguar. O curso natural da vida é marcado por encontros inesperados, que mudam todas nossas coordenadas geográficas e nos dão um novo norte. Por vezes estamos à deriva, mas sabemos bem quando o que encontramos é um solo fértil.
É errôneo pensar que somos psicologicamente estáveis, que não precisamos de ninguém e de nada como alicerce. Pois, só quem já visitou ambientes onde se sentiu amado, sabe que só ali encontra verdadeiramente a paz que tanto precisa.
A densidade da vida pesa nossos ombros e enfraquece nossas mentes. O excesso do passado e a incerteza sobre o futuro consomem o presente, mas somente o fardo leve de uma consciência tranquila alivia as mais terríveis dores da alma.
É a desordem quem coloca tudo e todos em seu devido lugar. Pois, a calmaria só nos mostra uma cortina de ilusões.