Rama Amaral

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⁠Seja um ser do céu com os pés na terra, seja uma estrela que brilha intensamente! Que encante, que contagia, que harmoniza... Seja, quando necessário, enérgica! Porém, sem deixar de ser doce, mas não muito. Se puder, seja amável à dose certa, senão, seja o que pensa! Mas seja sempre inesquecível!

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⁠⁠Inspiração



À sua maneira e bem mais tarde ela costumava chegar, às vezes, breve e repentinamente, não perguntava sobre o ontem, não queria saber do amanhã.


Decidida, olhava em meus olhos e abria seu coração, o meu extravasa como um lago movido pelo vento, mas logo acalmava ao saber que diante dele havia um barco a navegar em suas águas.


E assim ela entrava dentro de mim, beijava minha alma e percorria os mais tristes e obscuros lugares, incendiando com sua luz os caminhos por onde passava.


Bela e inevitável menina, que ainda faz de mim um jovem aventureiro à romantizar a vida, não importando situações trágicas ou cenários monótonos tomando meu mundo.

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⁠Mistérios do Ser.


Às vezes, quando você foge de uma pessoa por defeitos pessoais ou situações diversas das quais não seja compatível ao seu mundo, talvez essa pessoa já pode está evolutivamente bem além do seu estigma preconceituoso em que você se encontre, talvez ela esteja aos seus olhos tentando visualizar apenas uma qualidade positiva em você que a faz compreender como ser humano, ainda que o mundo em que você flutua seja medíocre, passível de fraquezas e sem consciência plural ou cristã, mas ainda condicionada a um dia entender que imperfeições ou pobrezas materiais de outrem, às vezes, não se alarga à pobreza espiritual ou aos mistérios imensuráveis do ser, que, como você, com ou sem religião, ou poder aquisitivo, é uma pessoa especial e divina?

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⁠⁠Se as pessoas deixassem de pensar como os únicos seres especiais das espécies e passassem a pensar como únicos planetas partes de um misterioso e sistemático universo, talvez viveríamos a vida bem mais harmônica, tranquila, saudável... O planeta estaria em paz, o amor seria mais conjugado, o sol seria para todos e Deus não seria tão carrasco, como pregam muitas religiões.

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⁠⁠Ame a cada dia um pouco mais... Por você e pela paz que o amor lhe traz!

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⁠⁠Eu escolhi o amor, por isso entendo que é preciso seguir na vida com respeito, justiça, compreensão, solidariedade, paciência e dignidade.

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Se o interesse em prejudicar a vida alheia é uma atitude medíocre, não cuidar da própria é estupidez.⁠

⁠Você ainda vive! Você pode mais... Você pode amar!

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⁠Estarei sempre dentro de mim, sempre à minha essência, mesmo que eu esteja por fora de tudo que dizem que estou ou de tudo que acontece no mundo em que estamos.

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⁠Se não quer me ajudar, me erre, me esquece, me deixe em paz... Eu fico bem e você vive mais.

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⁠Sem o saber dentro de ti, és um sonho a vagar, uma vida no meio do mundo, um corpo sem ar!

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⁠⁠Ame e verá Deus a todo instante, em todas as coisas e por todos os lugares!

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⁠⁠Fútil Aparência


Cumprimente simplesmente patético sem deixar de ser estético, invente um sorriso fingido e ria cinicamente até confundir-se com à gentileza forçada ao seu lado.

Sem tristeza e nem pudor suavize a hipocrisia até deixar-se absoluto, ainda que no luto você se reinvente com seu “jeitinho à brasileira” e sobreviva na sombra da superficialidade do caos atual...

Fazendo de conta que a essência humana define-se apenas como um conto de fada camuflado sob a bestialidade da fútil aparência, enraizada de podridão e fétida dentro de nós.

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⁠Rotina de Um Desempregado


Segunda – feira
a mesma rotineira:
desempregado e
na Bobeira!
Terça, sem eira
quarta, sem beira
quinta, sem ramo
sexta, sem figueira
sábado, sem namorar
domingo, sem zoeira -
com o aluguel na cumeeira!
Na cabeça - apenas besteira.
Na barriga - migalhas de feira.
Ô parasita, que luxo não é a
morte para um boneco à rotineira!?
Que tédio não é a
vida para quem sobrevive à peneira!?
Pouco na mesa ou remédio na
prateleira, à velhice, a certeza
da cegueira, esquecimento,
submissão, desilusão...
O resultado é o cemitério
à caveira.

Coveiro?

Coveiro! Caveira!
Coveiro! Caveira!
Coveiro! Caveira!
Coveiro! Caveira!
Caveira! Caveira!
Caveira!!!

Caveira?

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⁠Hoje é Dia de Consciência Negra!

Nossa história foi construída com chibatadas, torturas, suor e sangue. As senzalas e as casas grandes ainda existem por todos os lugares do mundo. Não se trata apenas da Consciência Negra, mas da Consciência Humana. E essa Consciência deve imperar todos os dias! Houve gritos, sim, todos os dias. Houve e haverá mortes e gritos todos os dias. Mas houve e haverá resistência, união, lutas e conquistas todos os dias! Houve e haverá esperança, compreensão respeito e liberdade com a vida, isso deverá acontecer SEMPRE! Os sonhos não devem deixar de existir!

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⁠Palavrartes


A palavra tem poder!
É um tiro concreto de
Invenções ao tempo:
artes, ecos, códigos,
comunicações, risos,
rimas, poesia, povo, pão...

Vida, elementar!
Terra, fogo, águas,
ar, conquistas,
alegrias,tristezas, perdas,
lágrimas... fome e morte!

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⁠Lucro Selvagem


Alguém na esquina ainda rir,
apesar do espanto e desconsolo
na selva, onde o leão ruge faminto
com sua enorme boca aberta e com seus dentes afiados almejando tudo
em torno de si,

no solo sufocado sob
os pés de uma criança talvez ainda esconda a mais bela planta, que não
germina diante de olhos perversos,

do olhar obscuro da fera eclodiu a
violência à velocidade do caos,
e da pureza do pulso puro e inocente
entre os dentes dos leões e dos vampiros sedentos, pinga a mancha vermelha no asfalto quente dos dias de confusão,

na selva o silêncio é aspecto fúnebre, apesar do luto triste de outros bichos na cidade, à hora seguinte o que conta é o menosprezo à vida, diante do famigerado lucro a qualquer custo,
ao ínfimo luto à morte.

⁠Face do caos


Não é esquisito superficiar
a dor ou a ternura num tempo
de flores artificiais, se o que vale
o sentimento é apenas a tinta fresca
que a leve chuva desfaz em
despercebidos segundos.

O sinônimo de bem é fingimento, não sentido, mas reinventado com fragmentos de hipocrisia ao ápice do bloch.

Se o brilho o tempo apaga do
sorriso nem mesmo um adjetivo
de qualidade expressa o mesmo sentido no paladar ou no dicionário, este há tempo marginalizado de modismo, futilidades e palavras relativas.

Todavia, o que se eleva à vida
atualmente nada mais é que
a palidez da própria
mecanização sistêmica
de tempos fingidos, quando a
originalidade se perdeu no vazio, desfigurada de sentimentos,
valores e reflexões...

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⁠Massas de Manobras


Por enquanto nada fazem!
Estão em si, por enquanto.
Quando os fingidores voltarem
sorrindo e com suas faces volúveis,
elas seguirão aplaudindo sem nada e nem porquê.

Ainda assim não tomam decisão,
até hoje jamais souberam o que fazer na pista, por enquanto.

Mas não se sabe para onde vão,
só que haverá delírios no meio da multidão, e dançarão a canção hipócrita outra vez...
.

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⁠⁠Palavra'rt's


A palavra tem poder!
É um tiro concreto de
invenções ao tempo:
ruídos, artes, ecos, códigos,
comunicações, alegrias, risos, cânticos, rimas, amor, poesia e prosa... circo, povo e pão...

Vida, elementar!
Terra, fogo, água,
ar, religação, respiração, domínio, conquistas, imposição, submissão, dor,perdas... lágrimas, fome e morte!

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⁠Solidão



Na escuridão ninguém te ouve, ninguém te vê, ninguém te percebe...

Na escuridão ninguém te nota, ninguém quer saber do que tu não tens...

Na escuridão você não tem voz, não tem face, não tem presença...

Cadê a luz que não te ilumina? Cadê o amor que não te adota? Cadê os amigos que não te abraçam? Que não te percebem?

Cadê você que não me nota no escuro? Na escuridão você não é ninguém! No escuro não sou ninguém!

Na escuridão você é apenas medo, angústias, terror! No escuro sou apenas medo, angústias, terror!

Na escuridão ninguém me ouve, ninguém me vê, ninguém me percebe!

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⁠⁠Escrever, escrever, escrever...
Para quê? Fugir? Não, para ser...
O verbo conjugado, conjurado, julgado.

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⁠Transpiração

O céu
o sol
o sal no seu
corpo suado,
suave... Há um solo sagrado!

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⁠Encante-se com a beleza da vida em toda sua essência, ela é você!

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⁠Julgam-me descaradamente à mediocridade, e ainda creem que me defenderei de acusações idiotas num tribunal constituído por hipócritas.

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