Rafael Zafalon
Não atire a pedra, espere!
Repense agora, é a hora!
Nada passou em branco, garanto!
Você estava amando, no comando!
De acácio a tupiniquim!
De apático a diadorim!
Por que reclamas?
Pelo quê clamas?
É você narrando! - Por que o espanto?
Lamento muito pelo nosso mundo, os corações são pequenos, os laços são frouxos e as escolhas são egoístas.
O poema vem para expressar, o choro vem para aliviar, o sorriso vem para disfarçar (…) a vida é um vai e vêm para acalentar a dor!
PASSAGEM
Apenas passagem
Quimera selvagem
Doçura
Agrura
É ferida latejante
Solidão sufocante
Estado vago
Compromisso pago
E agora?
Não me resta vasta hora?
O tempo galopante
Albatroz sussurrante
Levou-me embora
Espero lá fora!
Lá fora, na rua?
Não cultive ideia crua
Falo do fim
O tão esperado sim
Que Romeu apaixonado
Aguardou agoniado
Estou partindo
Indo
Picotando a passagem
Carregando minha mensagem
Semeando pelo mundo
Meu amor tão profundo
Então saltarei do vagão
Soltarei sua mão
Atarei os laços frouxos
E levarei os sentimentos coxos.