Rafael Zafalon
Sereia a nos inebriar
Sem pranto e em canto
Doce voz a clarear
Nordeste sangue e coração
Apaixonados sob o ar
Canoas e cantos
Pés à areia, a caminhar
Suor nas mãos
Nossa pele ao mar
Nossos contos de paixão
Sutil dom de amar
Dos reis magos à imensidão.
"Destrua minha vida, não fale mais comigo e morra sozinho!" - assim dizia a carta à Vincent naquela noite estrelada.
Melissa
Ora maré bravia
Ora arrebatadora aurora
Num mergulho sereno
Clímax, beijo ameno
Olhos à luz do luar
Enlace de amar
Perpétua essência
Fecunda aparência
Encanto sem premissa
Fez-se Melissa.
Amar sem esperar
Viver o suficiente e lembrar
Existem muitos sentidos
Inúmeros álbuns coloridos
O que importa na vida
Que seja feliz e não doída
Não custa vintém algum
E não é nada incomum
É ter motivos pra sorrir
E deixar saudades ao partir.
Você só está perdido no centro de um ciclone, quando abrir os braços e escapar do seio deste maldoso cárcere, verá um lindo horizonte!
Subo a escada,
Degrau a degrau
(...) [(100 + 1) × 50]
Subo a escada,
Degrau a degrau
(...) [5050]
Subo a escada,
Degrau a de Gauss
E quando a noite cai
O peito pulsa inquieto
Desajeitado
Sentindo-se incompleto
Voam das mãos ao céu
E lá reluzem
Na infinitude da alma
Aquele amor
Eterno, infalível
Que uniu-me
Num afago que acalma.
É quando a noite cai, desordenada, em reflexão deslavada, que muitas palavras são ditadas, sem dizer nada.
Estranho amor, alguns tapas "sem dor" (...) recordo-me ter visto ceando com sua primogênita, um filho, de mãe já combalida, cujas mãos, perdidas, buscavam parte do fruto dilacerado sobre a mesa (...) Estranhíssimo amor, não?