rabiscos_de_vitrine
Era pra ser apenas mais uma tarde normal, apenas mais um trabalho tedioso, "era pra ser", mas não foi! Ele, apenas mais um cara da minha lista de caras, não entanto aquele abraço mudou parcialmente meu modo de pensar. Seu corpo e provocou algumas exceções estranhas porém boas.
Somando com aquela boca roçou na minha, me deixando louca por seu beijo não tem explicação! Me tirou de órbita, até sermos interrompidos! Nada demorado, porque em algumas horas tudo se repetiu.
Na despedida, hum! Mil vezes melhor! Só o fato dos braços dele me enlaçar já me fez flutuar, e quando me encostou na parede, Ah! Aquela parede! O mundo lá fora ficou em silêncio, e tudo que pude ouvir foi o calado da vontade de poder beijar aqueles lábios, no entanto o pescoço dele tava tão perto, que não pude me conter e comecei a beijar, o curioso é que nem percebi!
Segundos depois estávamos a centímetros da boca um do outro... Quando ele ouviu a coordenadora aproximar-se então relutante, quase na medida do impossível ele me soltou.
Pois é, esquecemos que aquilo era uma escola, o prazer falou mais alto e o corredor por sua vez, é testemunha que estávamos sedentos um do outro!
Ele era bem mais que um livro de poesia dos anos 60.
É bem mais que as letras do Caetano e do Raul. Assim não conseguiria descreve-lo, nem nos mais complicados escritos. Ele é tão doce que chega a amargar.
Descreve-lo é difícil. Escrevê-lo é poético.
Possui uma fragilidade tão viril que excita até a mais pura das mulheres. Um homem menino, um menino homem. Fala manso, mas olha fundo, timidamente apaixonante.
Naquela noite, uma das melhores de minha vida, sua companhia foi linda. Ao finzinho da noite, nossa conversa foi tão leve que eu só conseguia pensar em como bom aquela companhia todo dia.
Ele pediu uma foto, e dentre tantas risadas, de tantas fotos brigadas ele enfim se aproximou...
Se aproximou do meu sorriso me deixando fascinada com suas palavras, simplesmente não ditas. Simplesmente, simples!
Por sua vez, se aproximou fisicamente, e quando sua mão enlaçou minha cintura, não deu pra evitar um arrepio!
Nem a senhorita Lispector descreveria tal sensação!
E já lhe falei do abraço de despedida?
Não... Não tenho maturidade para não desejar aqueles braços me apertando contra o corpo másculo. Não existia a possibilidade de querer solta-lo. Mas soltei... E mó último tchal, não resisti, mas uns segundos nos braços dele, tocando seu pescoço, sentindo seu perfume e desejando sua boca.
Ele é bem mais que um príncipe; ele é o meu príncipe, plebeu!
Porque comigo seria diferente?
Minha história sou eu quem escrevo
Pelo menos deveria ser assim
Mesmo que eu não esteja no controle
Mas quem controla a minha vida se não minhas escolhas?
Minha liberdade de escolha não pode interferir na minha liberdade de escolher
Nisso estou certo
Eu mereço uma grande história de amor
Vou fazer essa história acontecer
Quantas vezes na vida alguém realmente sente essas borboletas no estômago?
Esse sentimento precisa ser experienciado
O medo não vai me impedir
Não sei se vou ter outra oportunidade de sentir novamente isso na minha vida
Sequer sei quanto tempo tenho pela frente
Preciso aproveitar o agora
Fazer algo esplêndido
Enquanto existir vida nunca vai ser tarde demais.