Poeta Antunes
dormi demais
a hora passou
o dia foi embora
a noite chegou.
na lembrança
teu nome resiste
meu coração ainda te chama.
na rotina
do meu dia
a poesia
é ofício de alegria.
e quem diria?
antes eu não suportava
POESIA.
hoje ela é meu alívio
meu refúgio.
o frio
que faz lá fora
traz a saudade
do teu calor
agora
nesta tarde.
o frio
é intenso
e é só em você
que eu penso.
o amor é um verso
no universo
jogado ao mar
perdido no ar.
tento encontrar
e poderá estar em qualquer lugar!
as palavras se perdem
no meio do caminho
e sobram ecos vazios
algo avulso dentro de mim
que não consigo compreender
e tento derramar na poesia
na esperança
em que eu possa me encontrar
comigo mesmo.
tem dias que sou silêncio
sem ruídos ao redor
sem fundo musical
tem dias que prefiro a solidão
ver o pôr do sol
ler um livro
tem dias que não falo nada
é melhor manter a boca fechada
não causar danos
tem dias que existo
tem dias que insisto, SER!
tocam-se os lábios
explosões de amor
sensações que movimentam
uma constelação de estrelas
o tempo para vendo o encontro de dois mundos.
o pensamento
cai na estrada.
a dor do impacto
o susto de tudo.
a revelação...
o começo da alegria
escondido em um sorriso.
por todo lado
POESIA
no céu
na casa
portas fechadas
no dia ensolarado
na noite estrelada
e no teu sorriso.
hora certa
esperar
porta aberta
entrar na dança
com esperança
de um melhor viver
abraçando um novo amanhecer.
marco na agenda
um futuro incerto
desejando que aconteça
conforme esperado.
expectativas derrubadas,
a realidade
é a verdade
que abraça o presente.
o café frio
em cima da mesa.
o coração frio!
é culpa do amor
por não existir ou
culpa nossa que escolhemos desistir?
aguardando o sono
envolver meu sentido
numa dança embalada.
o sonho é alegre
sem lamentações
buscando um renovo
para continuar...