pauloclopes
Depois do encanto
Meu canto
De cantor
De amor
Nada a declarar
Uma saudade
Talvez metade
Do que ficou
Nada restou
Momentos não sobram
Apenas deixam saudades
Do que foi amor
Cada receita recebe os ingredientes que lhe estão destinados, a falta de um pode comprometer o resultado. Imagine que também sou assim um pequeno deslize e você pode botar tudo a perder.
Há se meu canto
Com algum encanto
Te encantasse
Como me encantas
Meus versos
Contigo conversassem
........ponderassem
O que talvez não te fiz entender
Se ficou algo perdido
Desentendido
Que se faça achar
Em qualquer forma de amar.
Já estive na holanda
Tão baixo que quase afogo
Voltei logo
Miami ninguém me amou
Nem achou
Paraguai aí!
Quase a casa cai.
Argentina muito couro
Ilhas canárias
Nem me fale
Egito
Só fé não têm agito.
Isso com medo de avião
Imagina se fosse pelo chão
Gosto de meu cantinho
Curto meu ninho
Não me venha com alusão.
Quando me for, talvez encontre em algum lugar, a saudade que deixastes em todos os momentos que te procurei.
Deixar a desejar e, quem sabe perder pra mim mesmo, o tempo talvez covarde amarga a certeza da decepção. Mas vou tentando reparar minha ausência, de alguma forma sabes que estou presente.
Cronica da familia.
Olhei aquele rosto triste, sombrio e puxei assunto: que aconteceu? há é que o pai de um amigo meu morreu e estou indo no velório, era novo acho que tinha sua idade, estava alegre em casa cuidando do jardim e tomando um Whisky com gelo de repente pow caiu. Sofreu um ataque cardíaco, mas já tinha problemas de saúde era hipertenso, tinha diabetes e já retirado a vesícula. Naquele momento sentei no banco, meu rosto fechou e, eu que fiquei sombrio ai veio a pergunta, que foi, você o conhecia também?. respondi: não, é que estou tomando um Whisky com gelo, cuidando do jardim, sou hipertenso, tenho diabetes e já tirei a vesicula.
R ogo todos os dias meus
A ntes das asas do sono
I nspirado por Deus
A que os dias que pensas que és dono
N ão se percam em tua ilusão
F ortes se fazem aqueles
E nfrentando infortúnios
L ivrando-se dos esteio
I rritantes desatinos
P ertubando nossa paz
E ssência do destino
A vida é uma arte e a cada aparte interrompemos uma sequência, acho que como um pincel a se quebrar em uma pincelada, borramos o quadro mas nada impossível de se reparar. Apenas considere recomeçar daquele ponto sem receios.
Fui caipira pirapora e, porque poderia ser diferente agora, não preservar valores; sou da antiga e minhas atitudes quando adolescente para muitos bandida, entediava.Hoje vejo que tudo não passava de brincadeira de criança observadas as manifestações dos entendidos modernos.
um tempo
que no tempo ficou
sem contratempo
retornou
disse um disse
em oníssono
quase em grito
mas nada estranho
talvez somente para mim
ou outros, enfim...
alguém que comungue
um tempo assim.
Canto.
Um canto de encanto
Algo sentido, ouvido de dentro
do fundo do coração
de quem em grito quase em promessa, em lamento
dizia
amanhã tem mais
Sentado na mesa vejo um reflexo
ela inerte ali posta e, numa aposta
tudo para contrariar aquela promessa
dado na emoção
meu rosto enrubesce em vergonha
se assanha a imaginar
há se promessa não fosse retórica
talvez como aquele beijo assanhado ganhado em ânsia
Beijo beijado, de encanto
de fazer espanto
de Fazer ficar a desejar mais.
Utopia
Passam momentos
transpassam tempos e,
lembramos daquela infância
em que sonhamos amar alguém
que preenchesse
todos os desejos;
naquela terra batia brincava
levantando poeira
sem eira
sem amanhã
apenas criança
tempo passou
avançou
a menina agora mulher
depois de conquistar espaços
em um arrasto
preencheu vazios
não sei se foi sonho
é sonho
Contraponto.
Na pequena fresta um raio lampeja
Nossos rostos em relance se miram
Forçando meu olhar a refugar o teu
Embora ainda ressone, nota-se um despejo
De lampejos, de desejos
Contrariando a libido
Já ido;
Soa fora um canto fugaz
Talvez um colibri
Como a dizer simplório, mas sagaz
Tentando acudir
A incompreensão
De quem antes, em simples toque de mão
Que se fazia prazer
Hoje sentir tudo arrefecer
"O silencio da noite
como num açoite
traz reflexões
batalho com meu ego
mas não me entrego
As pétalas do lustre
quase em obrigação
derramam as luzes
em comoção
Fluem algumas emoções
os olhos já não respondem
e teimam em não deixar
a lagrima rolar
Talvez a imaginar
uma fraqueza
talvez tristeza
ou covardia em recomeçar
Olho os lençóis que guardam
algo que se foi
tento encontrar sintonia
que um dia
fazia delirar
Amor novo é como chama
Clama na alma
Arranha
Vida desamanha
Se busca uma sanha
Se quer algo omisso
Com ou sem compromisso
Extravasar
Se apega em algo novo
As vezes apenas tentar
Buscar na saudade
Momentos que ficaram no ar
Momentos indefinidos
Mas que ficarão
Sentidos
no coração.
Singrar mares, em voo singular
Na imensidão azul
De um mar insólito, virtual
Procurar porto seguro
Talvez obscuro
Olhar vazio, se perdendo ao ocaso
Ondas a se misturar
A essas lagrimas que teimam em rolar
Tento um gole com limão
Mãos trêmulas a segurar um copo
como a dizer não
vou aportar
sem cabotagem
pois sabotagem
tiram inspiração.
Esse olhar me mata, declarando amor
Me ilumina
Desejo de dividir cama
Depois enrola
Me joga em chacina
A gente tinha tanto para falar
Tanto para viver
Ficou no adeus
Tentar buscar no tempo seria leviandade
Se tempo mudasse iguais seriamos
Seria eternidade sem aquela vontade
Sem saudade
Há tempo. quem dera voltasse
Extraindo o avanço da idade
Pois idade somos nós
Que éramos uma só voz
Em aventuras
A procura
Talvez
Da vaidade.
(pauloclopes)
Sonhos de papel
Andava descalço, tinha o aparato somente de seus sonhos e sempre notava que as pegadas deixadas naquele pequeno acampamento onde a poeira levantava a cada passo dado, o vento desfazia, não deixando que as mesmas se moldassem na areia. Já notava aquela pequena silhueta passando pomposa, mas sem nenhuma pretensão. Andou por mundos obscuros e brincou de viver machucando e sendo machucado. Viveu amores, mas, como amores são coisa da vida esta procurou de alguma forma fazer deles um aparte. Talvez tenha tentado agregar cada momento em um capitulo único de sua existência mas não conseguiu, ficando a vagar entre passado e presente até reencontrar em sonhos de papel aquela pequena silhueta que passou a ser uma esperança, talvez tenhamos brincado de viver pois não procuramos a segurança de um laço seguro, os nós se desfizeram e hoje vejo que não se tratou de algo mais do que sonhos de papel.
(pauloclopes)
Ode ao patriarca
Hoje o encanto mais se encantou
não houve desencanto
não houve necessidade de acalanto
foi o dia que o sorriso mais se alegrou
Hoje os passaros cantaram mais forte
como a entoar a mais nobre das canções
ja sabiam que ascendeu aos céus
um dos mais doces corações
Hoje que a tristeza não seja um aparte
que sentimentos negativos se descarte
pois soaram trombetas a avisar
que o fãico(pai) aos portões do céu, acabou de entrar.
Pauloclopes.