pauloclopes
Crônica de natal
Uma Belém buscada no imaginável ou que sabe aquém dos sonhos, pois semblante de familiares traduzia a ambiguidade, embora em menos quantidade do que gostaríamos, mas ali reinava o clima de paz, pois sentíamos a presença do Criador. Neto a conduzir um carrinho de mão como a duvidar que em suas mãos não coubessem os tantos presentes desejados, outros brindando o dia festivo com olhos já brilhantes deixando perceber a presença etílica no organismo. Apos a troca de presentes e uma ceia algo boa pois alguns se predispunham a repeti-la, todos de volta a seus respectivos lares já sonhando com o natal de 2014.
Crônicas do natal
Na Ceia de natal olhava a mesa passando a língua nos lábios como a dizer que delicia...., dia seguinte hora do almoço olhou aquela travessa cheia de guloseimas (peru, chester, pernil, tender etc..), sem resistência "fez" seu prato e pediu um refrigerante para acompanhamento. hora do jantar, se pôs novamente à mesa e lá estava aquela travessa novamente, velha conhecida não precisavam de apresentação. desconfiado fitou os olhos da mãe e falou: mamis, amanhã coloca só o pernil no almoço , na janta somente o chester e vai revezando até acabar, partiu para o sacrifício abocanhando cada pedaço com fúria, tentando acabar logo com as já não delicias que restaram da ceia do natal e que ainda persistiam na travessa. Eu, solidário e mais voraz dando-lhe razão nas colocações abocanhei um pedaço de chester, olhei cúmplice para seu irmão que se esforçava em fazer o mesmo, quem sabe no almoço de amanhã estaremos sorridentes com um belo bife a cavalo. fui...
Pensando vou tentando conservar meu afresco, pintura nobre, sem deixar nada abalar o desgaste já notado. Quero (viver) mais cinquenta e três, pois arte quanto mais velha e conservada mais valorizada
Pensar
É vagar no tempo
Divagar momentos sem nós
É buscar sem voz
Indagações
Emoções
Perdidas ao vento
Procurar explicações
Que não se possa dar
Amar
Sem segredos
Sem medo
Sem machucar
Vejo na trilha certa ou quicá incerta, algo possível.... motivado para buscar reação e sacudir a razão.
Marcas que ficaram.
Era tanto a dizer, as vezes olhos buscavam o vazio tentando encontrar os teus. Imaginava o semblante e características de um rosto já rebuscado que se tornara meu fantasma. Você era um pesadelo real até que nossos olhos se fitaram depois de tanto tempo, uma lágrima quase se formou aí então a realidade..... teu mundo, meu mundo e nossos espaços já não são um só, o que foi, embora mais do que poderia ter sido não mais se representavam, nada a se justificar, um olhar de adeus, passos a se afastarem, ficam somente a lembrança de ligações onde sentia a necessidade de pelo menos ouvir tua respiração.
Não tiro notas da viola nem mesmo com a mesma enrolo..., não batuco tamborim, enfim, minhas notas e coisas afins vem da mente, do coração. As vezes enrolação, um pouco de conotação, pitada de emoção e pronto algo para degustação.
Alguns olham a competência como um conjunto de qualificações que o indivíduo detém e estão redondamente enganados, não adianta substituir "lugares" e sim pessoas, treinamento se faz colocando-as na linha de frente e corrigindo erros, assim elas adquirem perfis e não se detêm a apenas copiarem procedimentos. Tiveram tempo para aprender a lição mas parece que nada foi absorvido. Salvo engano faltou o gestor do gestor.
Mente vazia como se os pensamentos silenciassem deixando somente escuridão, as vezes lampejos querendo fazer algo brotar mas há o bloqueio. Sinto que ficou saudades e somente quando tudo se dissipar, não como a fumaça, pois dos resquícios que restarem ainda sentirei o teu sabor, quem sabe assim um pouco de mim a se desprender e retornar a realidade.
Tentar ser forte, lembrar que fui consorte e com sorte talvez também seja lembrado por aqueles que um dia em agonia, estiveram no conforto das almofadas de meu sofá.
Tudo são variáveis, jamais esqueçamos que um risco positivo pode ser uma oportunidade, nada calculado em buscar mudanças, mas qualidade de vida é essencial e quando isso está comprometido, creia, vale buscar esse risco.
Vago, divago enquanto penso no afago que um dia era comum, rosto enrubesce e um sorriso floresce acendendo no rubor o sorriso maroto trazendo o ontem garoto, a aflorar. O tempo parece parar, olhos fitam o vazio procurando os acertos pois, somente erros parecem brotar. Discuto comigo a melhor maneira de te demonstrar que sou um "ente" procurando de alguma forma em meu "eu" uma maneira de dizer que ainda sou teu.......
Alguns se tornam estereotipados pela acomodação e/ou talvez por se julgarem incapazes de buscar ascensão por seus próprios méritos. Não vivemos ao acaso, mas essa história de que o cavalo passou encilhado e perdeu-se a oportunidade é pura falácia de quem vive à sombra dos outros.
Uma rosa a oferecer mas com espinhos, para que em seu manuseio lembre que pode ter sido doloroso colhe-la.
Me veja diante de uma janela, "ela', como um quadro a se movimentar insensível ao meu semblante distante , se faz singela a mostrar a vida do outro lado, vida sentida mas ainda vida. A noite convida, despida da pureza como se a tivesse. Talvez motivado pela insonia algoz que me faz desperto, fantasio alguns momentos que se mostram dispersos, meu olhar nota as gotículas que nascem do suor da chuva que se esvaiu, parecem lágrimas a confortar muitas almas que como a minha também se esvai pela janela, singela.......
Meus lábios descontraíram, um sorriso brotou e de alguma forma a mente viu o tempo voltar, como se parecesse um acolá que se buscasse apenas voltando um passo. Um tempo que parece escondido, algo surreal que brota sem querer.
As travessuras de um olhar
A cada vez que você passar
Cumplicidade a se notar
E uma saudade a se formar
Sempre fica uma vontade no ar
Um clima de chega pra cá
Sorriso maroto a se dissipar
Ao te ver a passos mansos se afastar
Sempre vira a cabeça sem pressa
A sacudir os cabelos como a dizer
É cúmplice esse querer
Mas fiquemos na promessa.
De onde vem o vento
Às vezes fúria
Às vezes dormente
Astuto a driblar montes, mas espúrio
Pois de alguma forma se faz presente
De onde vem o vento
A trazer saudades
Como numa maldade
Ainda há de nos deixar dementes
Vento, ventania
Nos coloca em sintonia
Tira essa agonia
Minha mente grita em disfonia
Posso falar de flores e também horrores, se cupicho fosse, fizesse mesa ai com certeza teria favores. Haverá problema não pois, focarei sem sermão te ser dos melhores senão o melhor, para que saibas que mágoas não habitam e nem lágrimas cairão para molhar esse chão. Hei de molha-lo sim de suor...... a percorrer essa estrada da vida estendendo a mão sem discriminação talvez um dia até a ti que cospe sem direção.
As vezes deixamos toda uma via aberta e parece que certas pessoas acostumadas com os engarrafamentos da vida , não fazem o minimo esforço em acelerar e se aproximar das nossas.
A mim a, ti a nós, nada cala nossa voz. Em uníssono ou mesmo em sono o silencio se desfaz, a cada levante tudo se soma formando um grito unido pelos graves, agudos.... mas nunca mudos.
Um tempo, um momento e uma reflexão. Paródia da vida que nos recoloca no chão e faz ter certeza que o melhor foi seguir a voz do coração. Eis a razão.