Paulo Ricardo Zargolin
É interessante (...) que o elo entre as práticas de ensino e o pensar dialógico esteja fixado pelas mãos do educador, e que suas ações desenvolvam-se em um espiral. (...) Analogamente, poderemos enxergar o desenvolvimento da ação docente tal como Piaget descreve as fases do desenvolvimento, em uma visão interacionista e, portanto, dialética.
Faz-se necessário que nossas teses, antíteses e sínteses sejam compostas por nós a partir de uma dúplice quase que parnasiana: com as pernas da experiência e com os braços da imaginação; porque a primeira permite o aprendizado das técnicas, dando sustentação, e a segunda cria soluções e nos prepara para alçar voos.
Explicar a realidade e apontar orientações para sua melhoria, levando-se em conta a dinamicidade das sociedades, (...) depende de fatores importantes a serem considerados nas formas de agir e de se relacionar, como o diálogo, a reflexão, o entendimento e a cooperação.
Indivíduos se lançam em aquisições impensadas, 'necessitando' consumir para definir o seu papel na sociedade, para alcançar o padrão pregado pela cultura de consumo, consequência de uma avaliação deturpada das suas possibilidades e má administração das suas finanças, o que já produz efeitos na economia do país e na questão da sustentabilidade.
Precisamos conhecer nossa realidade para poder realizar nossos sonhos de qualidade de vida e construir a nossa felicidade.
[Na EJA], é imprescindível que o professor consiga levar os estudantes a participar constantemente de cada ação educativa, interagindo ativamente com os outros e com o meio, permitindo reflexões e a busca por soluções transformadoras, e, assim, deixando a condição de oprimidos ou excluídos.
As relações entre pobreza e exclusão social são tão complexas quanto a formação das sociedades contemporâneas e do mundo globalizado como o conhecemos e/ou o idealizamos.
Chega a ser utópico crer que o mundo, um dia, estará livre de pobreza, fome, miséria, corrupção, preconceitos e todas as mazelas que têm assolado a humanidade ao longo da história, principalmente porque há aqueles que fomentam e lucram com todos esses males.
A educação é a única arma que temos (...). É com ela que se pode iniciar a batalha e ascender, sobretudo, culturalmente, considerando-se (...) uma compreensão múltipla do conceito de riqueza.
Muitas vezes, a educação oferecida não tem a qualidade necessária para a formação de cidadãos autônomos e capazes de atender as demandas do regime econômico e social vigente e isso, sem dúvida, perpetua as relações de poder/trabalho e as condições de vida existentes, agravando as desigualdades e camuflando-as dia a dia.
O contato com a realidade escolar pode nos auxiliar no processo de ressignificação de nosso olhar sobre a escola, entendendo que, com isso, é possível a conscientização e questionamento de muitas de nossas crenças, valores, concepções, medos e expectativas (...).
Os pais que querem decidir tudo para os filhos sofrem tanto quanto o indivíduo que idealiza um parceiro perfeito para si.
Chorar é um ótimo exercício para quem sofre uma desilusão. Para ser sedentário, no entanto, deve-se deixar de sonhar.
Quem muito sonha pouco realiza. Mas quem realiza pelo menos um pouco, certamente, sonhou muito mais.
Existem linhas tênues entre querer, poder e fazer. Com elas, alguns tecem desculpas; outros, realizações.
Somos todos diferentes e cada um é único, inigualável. Mas, a fim de facilitar para si mesmas, as lideranças determinaram que somos todos iguais. E ai de quem não se igualar!
Aprender pode ser uma experiência muito dolorida. Deixar de aprender, porém, causa um sofrimento muito maior.
Desconstruir um conceito mal aprendido é a pior forma de tortura para aquele que tem sua 'moral formada'.
Querer o que há de melhor é corriqueiro. Saber o que é realmente melhor para si mesmo, contudo, tem se tornado um suplício.
Notar-se vazio é o primeiro passo para buscar o preenchimento. Acreditar-se repleto é utopia, porque somos copos que nunca transbordam.
Felicidade é a força da Física calculada pela fé ao quadrado dividida pelo esforço individual. A fé pode ser substituída por x.