Paulo Ricardo Zargolin
Toda a rede de ideologias, ciências e proposições criadas e difundidas pela humanidade tem suas manifestações garantidas em toda a forma de expressividade individual e social.
Os números tiveram e têm sua importância sedimentada no tempo e no uso. E nós, conhecedores dessa tecnologia, buscamos compreendê-la e dominá-la, na intenção de esgotar todos os seus recursos. Essa é a tendência humana que se relaciona a todas as ciências, incluindo a Matemática e suas descobertas.
Para cristãos ou pagãos, vinte e cinco de dezembro tem seus significados intrínsecos e, que, portanto, podem ser expressos de muitas maneiras. Seja por conta da lembrança de Jesus, como o menino enviado por Deus para a remissão dos pecados, ou por qualquer simpatia ideológica presente em qualquer tempo, é, sobretudo, tempo de valorizar os laços familiares, amar o próximo como a si mesmo, etc. Mas também é tempo de lembrar que tudo isso pode e deveria ser feito ao longo do ano todo, todos os anos.
Respeito é algo que a gente conquista, não é imposto por lei, até porque ninguém inventou uma maneira de cercear pensamentos alheios.
Todos queremos uma sociedade mais justa e igualitária; então devemos começar polindo nossos próprios orgulhos e paixões!
É no brilho de cada amanhecer que se esconde a razão de seguirmos em frente. A certeza é única, a verdade é crua: nada é eterno nem perene...
Cabe a nós mesmos, autores da própria sorte, buscarmos inspiração para querer, para sonhar e para ser.
Capitalismo vem do passado, berço do homem. Homem que pensa que consome e é consumido, aspirando liberdade, vivendo de libertinagem e reprimindo suas vontades.
Milhões de estrelas condenam o homem a ser um grão neste deserto. De certo somos o que restou de um pó cósmico ou de um átomo sem identidade e sem juízo.
Divina vontade como proclamam em toda cultura, em cada povo. Um casal que brinda, casal que ri. De sua união, um mundo novo, com velhos hábitos e redundância. Ambos padecem em 'um só corpo'.
'Salve, salve a ditadura', dizia o pastor da igreja, 'que, se não fosse pecado, seria, do bolo, a cereja'.
Em nação miscigenada repleta de culturas e cores, abrolha a diversidade, escondida em mil cobertores.
Somos repletos de sonhos, de 'bosques', 'flores' e 'amores', com 'palmeiras onde cantam os sabiás', mas trazemos, nesta utopia, muito mais ideologia do que se pode pensar.
Entre devaneios e verdades ainda não descobertas, procura-se o fio da meada, em ciências e em crenças; trilhando-se em um Universo, imenso e imerso nas diversas formas de se perceber a si mesmo.
A vida é uma eterna troca de figurinhas. E é por causa do egoísmo que quase ninguém completa o álbum.
SONETO DE INFIDELIDADE
De tudo, a quem me queira, retirarei acalento,
Antes, e com tal gelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do menor encanto,
Dele se esvaia o meu pensamento
Quero esquecê-lo em cada vão momento
E com desprezo, espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar seu pranto
Ainda que ele esteja em sofrimento
Assim, quando mais tarde me procures,
Quem sabe a sorte, amiga de quem joga
Quem sabe a solidão, fim de uma noite
Eu possa me dizer de quem eu "tive"
Que não seja imoral (posto que é droga)
Mas que seja finito enquanto eu não ame.
A reflexão sobre si mesmo é uma das atividades mais complexas de se realizar. Principalmente, quando o objetivo é registrar a subjetividade que nos circunda ao longo da formação pessoal e profissional.
A gestão democrática não se efetivará por decreto, portarias ou por resoluções, mas pelo processo de participação coletiva dos envolvidos no processo educativo. É a garantia de mecanismos e condições para participação, descentralização e compartilhamento, mesmo sendo a escola um espaço de contradições e diferenças em que se englobam relações de poder, participação e trabalho coletivo
Somos medíocres, frustrados, intolerantes, impacientes, ainda que tentemos controlar todas as angústias e, principalmente, atribuir a culpa a um demônio qualquer. Perdemos a inocência. Substituímos-lha pela malícia. E isso não nos protege de nós mesmos. Não mesmo!
Nem todos os profissionais da Educação estão, de fato, engajados em realizar propostas pedagógicas que contemplem a diversificação, mas a diversidade cultural tem a cultura como repertório amplo de sentidos a serem apreendidos por todos e as instituições de ensino devem, sim, assumir essa responsabilidade.
Ao debruçar-se sobre o saber e a cultura do estudante, o educador deve respeitar e cultivar as diferenças, criando oportunidades para expandir os conhecimentos, ampliar a convivência e a sensibilidade na formação do aluno.
É preciso (...) que o professor tenha uma postura consciente. Isso, aliás, é algo intrínseco à profissão e que pode/deve ser aperfeiçoado com a práxis em sala de aula, objetivando associar todas as questões e reflexões para a construção de uma prática menos excludente.
A educação emancipadora é um espaço social para a valorização cultural e, dessa forma, deve propiciar oportunidades educacionais para o encontro de diferentes saberes.