Paulo Ricardo Zargolin

Somos células vivas do corpo de Deus e a morte deve ser encarada como a satisfação de uma necessidade da Natureza, que, habilmente, nos transporta para outro espaço onde seremos mais úteis, assim como ocorre com nossas próprias células.

Eu não sei escrever rimas
Nem das pobres nem das ricas
Também não domino a prosa
Ainda que em folha rosa

Costumo falar de bobagens
Mas também de coisas sérias
Repenso nas malandragens
E filosofo sobre as misérias

Contudo não entendi
Porque a escrita é voraz
Falo do que não vi

Rimo com o que jaz
Em outro verso, em outra estrofe
Por ser um jogo sem ás.

Por que esperar que alguém te valorize, se você mesmo pode fazê-lo?

Escrever é apenas uma dentre as diversas maneiras que o homem supostamente dominou com a finalidade de registrar os devaneios da alma.

O Universo é um todo e, tal como uma caixa repleta de peças de um quebra-cabeças, possui apenas uma forma correta de se reorganizar.

A felicidade é um estado de espírito, ainda que haja uma relação bastante notória com as nossas vivências no âmbito biopsicossocial. Ser feliz exige um trabalho de ourives. Há que talhar nossos dons, dando forma ao nosso ouro; modelar nossas atitudes; soldar nossos princípios e crenças, dando mais brilho e ornamentação à vida; e, finalmente, refinar nossos pensamentos. Assim, poderemos transformar nossa passagem. A escolha é de cada um: ou vivemos em meio as jóias ou escolhemos fingimento, as bijuterias.

Ainda com a tela terminada, é possível fazer retoques e começar nova pintura.

As aparências só enganam a quem se permite enganar.

Erros são fatalidades e a solução é corrigi-los, afinal, procurar culpados dá IBOPE, mas não ajuda em absolutamente nada.

Iludir-se é entregar o direito da autonomia em troca de não levar créditos pelas consequências.

Há sentimentos tão puros que nunca poderão ser sentidos no século XXI.

O que cada um ouve, vê, vive, enfim, é resultado da soma entre a realidade e sua própria percepção.

Ainda que esteja no escuro, é possível sentir. Ainda que não sinta, é possível sonhar.

Quem realmente vive passa primeiro por todos os caminhos.

A capacidade de filtrar o grau e o estado das coisas é quase profano, mais que humano: divino.

Divertir os outros é forma mais sublime de chorar por dentro.

A sociedade transpira enquadramentos, sistematizações e normas. Nossa humanidade está presa na garganta.

Quem é você longe dos olhos invisíveis que te controlam?

Por que os automóveis, as crianças, os adultos correm tanto? Para onde vão? O que esperam do mundo?

Foi a Terra que começou a girar mais rápido ou o homem que começou a correr sem destino?

Entre dois lados, passeio: exponho e mostro, componho e escrevo, desejo e quero. Revejo.

Uma ideia pode até não ser realizada, nem por isso precisa ficar escondida.

Meus planos são feitos por mim e para mim, não os abandono ao bel-prazer de outrem.

Se todos soubessem conversar e pedir favores aos demais, com respeito e educação, todos teríamos exatamente tudo o que desejamos...

Alguns filmes conseguem encher nossas cabeças de um romantismo incrível, com trilhas que traduzem os sentimentos mais profundos que se possa sentir.

O mimetismo dá um upgrade na realidade.

Tem horas que eu queria ser o roteirista e escrever várias cenas de beijo. Mas, aí, perderia a graça... Montar os diálogos e fazer com que você diga o que eu quero ouvir, faria-me perder a oportunidade de ser surpreendido pelas palavras que só você saberia me dizer!