Paulo Genro Fh.

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Hoje eu me sento na janela, sozinho, acendo um cigarro, pego meu copo de uísque e passo horas e horas admirando tudo aquilo que vivi. Lembranças tão boas que felizmente não se perderam, mas que infelizmente se tornaram lembranças, nada mais do que isso. Doces momentos da vida, momentos que passaram pra nunca mais voltar. Pessoas que foram embora, e algumas que estão por ir. Logo, o que sou será lembrança, e o que acontece nesse momento também, porém, não sei se tudo se transformará em boas lembranças.

As horas passam, mais um cigarro, e agora começa e chover. A solidão é minha companheira, o brilho da chuva me traz mais e mais lembranças, meu coração se enche de saudade, a procura de respostas às perguntas que só o tempo irá responder, às perguntas que só o tempo ainda poderá fazer. São porquês inexplicáveis, falhas na memória, que não me permitem lembrar como foi que consegui chegar até aqui, na solidão.

Dizem que o inconsciente humano bloqueia a memória, naqueles momentos que nos trarão, no futuro, más recordações. Será que meu inconsciente bloqueou também todo o caminho que trilhei pra estar aqui, agora? Eu queria ao menos saber o que me tornou vazio, o que me faz viver de lembranças, apenas. Acho que essa é mais uma das muitas respostas que só virão com o tempo. Esperar, é o que se tem a fazer.

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É, meu amigo, a vida é isso, pessoas que se vão, lembranças que ficam. Um movimento circular infinito, que se faz redoma à nossa existência. Às vezes a vida e esse círculo parecem ser tão cruéis conosco, não é mesmo? E parece também que por mais que passe, e por mais que nos submetamos aos caprichos dessas duas coisas inexplicáveis, nunca aprendemos nada, nem com as lágrimas, nem com os risos.

Pessoas entram e saem de nossas vidas a todo o momento, algumas deixam um pouco de si, outras nada; algumas levam um pouco de nós, outras, também nada. Há alguma que nos fazem pensar que só nós nos importamos, e que elas são simplesmente indiferentes a nós, e a tudo que nos fizeram sentir. Indiferentes ao nosso carinho, e àquela sensação de prazer que tínhamos ao lado delas. Não são pessoas vazias, algumas simplesmente têm medo de se machucar, ou até mesmo não saber corresponder aos nossos sentimentos da forma que esperamos.

As lembranças vão se acumulando, cada vez mais, dentro do nosso coração e se transformam nas maiores riquezas que acumulamos durante nossa caminhada. Riquezas que ninguém jamais será capaz de nos tirar, pois existem algumas que se acomodam no mais profundo da nossa alma, lugar especial, trancado com uma chave que só nosso coração possui. Elas são deliciosas, e tem sabor de tudo que há de bom no mundo. São como anotações de tudo que aprendemos, é a nossa bagagem, badulaques que vamos carregar ao longo da vida, com prazer.

Pessoas e lembranças são os motivos das nossas vidas. Não tem uma vida vazia aquele que tem amigos ao seu lado, nem aquele que tem um coração repleto de boas lembranças. São duas peças essenciais ao quebra-cabeça da existência. As melhores maneiras de levar os dias é ser uma fábrica de boas lembranças, junto com as pessoas que nos fazem bem, fazer de cada um dos dias um dia especial, junto com aqueles que jamais nos abandonarão.

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Eu sinto falta, falta de tudo aquilo que outrora me preenchia, me fazia feliz. Sinto falta das pessoas que passaram pela minha vida, até daquelas que me fizeram sofrer, pois foi com elas que aprendi a ser forte. Sinto falta de coisas ridiculamente pequenas, que faziam cheios os meus dias. Falta de um abraço, de um sorriso, de um beijo, e às vezes, eu sinto falta de um olhar procurando o meu. Isto não é saudade, pois a saudade a gente mata com a presença daquilo que falta, isto é nostalgia, e isso, sim, é impossível exterminar.

Eu sinto falta do calor dos abraços da pessoa amada. Sinto falta de um banho de chuva. São pequenas coisas que não me permito mais fazer. Sinto falta da felicidade que solava a minha porta. Sinto falta dos sorrisos que eram sinceros e, mesmo sem motivo, vinham à minha face involuntariamente. Sinto falta da vida, pois hoje vivo num vazio tão grande, e nada, nada mesmo, é capaz de me preencher de uma forma completa. Eu queria voar, correr, que fosse, fugir daqui, conhecer pessoas novas, largar a mesmice, eu sinto falta do novo.

Tudo poderia ser tão diferente, mas, foram tantas decepções, que hoje eu simplesmente quero, mas não me permito, tenho medo. Medo de sofrer, de chorar. Medo de me apegar às coisas, e às pessoas mais ainda. Tenho tanto receio de sentir dor. Não teria se fosse aquela dor que se cura com remédios, mas, infelizmente, a dor que a vida causa não tem outro remédio senão o tempo, e eu sei, por experiência própria, que ele não é um bom analgésico, demora pra curar, e deixa a ferida aberta, e se for pouco, qualquer coisa vai abri-la novamente e vai doer mais, e vai demorar mais pra cicatrizar, se um dia cicatrizar.

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A questão, muitas vezes, não é desistir, mas sim não ter mais condições de sofrer. Afinal, aprendi da pior maneira aquilo que Shakespeare ensinou: “não importa em quantos pedaços o seu coração foi partido, o mundo não pára pra você consertar”, senti na pele todo o movimento do mundo enquanto eu, ajoelhado chorando, tentava reunir novamente os inúmeros pedaços em que se partira meu coração.

Senti na pele tanta indiferença e rejeição por parte daquelas pessoas que amei, mas aprendi que não posso acorrentá-las a mim, por mais que eu queria, elas não são minhas, e não seriam felizes ao meu lado. É difícil, admito, ficar parado olhando aquele ser que tanto amei indo embora, sabendo que é pra nunca mais voltar, mas eu fecho os olhos, e com força, as guardo no mais fundo do meu coração, de onde ninguém jamais vai conseguir tirá-las.

Idas e vindas fazem parte da vida, sorrisos e lágrimas também. Nada no mundo é como a gente quer. Tento fazer da minha tristeza uma poesia, nada no mundo é mais belo do que sorrir com o coração chorando, é mostrar que a caminhada tem chance de valer a pena, e vai ser mais longa enquanto eu tiver um sorriso no rosto. O que é meu, às mãos me há de vir, não sei se por meio do destino, ou de qualquer outra coisa, mas é a ordem natural das coisas, tudo acontece no momento certo, com as pessoas certas.

Depois de tantas chegadas e partidas nesse aeroporto da vida, finalmente, encontrei a pessoa que mereço. Aquela que me fez sorrir, que me mostrou um sentimento adormecido no fundo da minha alma. A melhor de todas não é perfeita, é simplesmente aquela que se encaixou em mim, que me fez saber que todos temos defeitos, e que, se realmente gostamos, desfrutaremos dos bônus e arcaremos com os ônus da personalidade. Foi a pessoa que me aconchegou em seu abraço, que encaixou seu beijo no meu, que me fez um dos mais felizes do mundo pela trivialidade da sua presença.

Foi um primeiro beijo dentro da igreja, uma longa caminhada, conversas, beijos, abraços, foi tudo, e foi tão bom. Um pedido de namoro dos mais bobos, e aquela vergonha meio sem tamanho. Pequenos detalhes que fazem tudo isso se tornar especial. Prestar atenção e me perder nos seus olhos verdes foi mágico, assim como tê-la entre meus braços. Nada no mundo poderia ser melhor, e a vida fora dali não existia. Éramos eu e ela, e o resto, bem, era só o resto e não importava mais.

É engraçado quando a gente não acredita em destino e, de uma hora pra outra, começa a justificar os acontecimentos com “foi o destino”, desde os sonhos até o perfume: “foi o destino”. Sinceramente, eu quero que dure, e que seja doce. Eu quero protegê-la dentro do meu abraço, fazer o mundo sumir outra vez. Hoje minhas preces são de agradecimento, de manhã, de noite, e a única em que me atrevo a fazer um pedido é sempre a mesma: que seja verdadeiro, e que dure.

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As horas passam tão depressa, eu queria poder prender o tempo. Queria poder ter o tempo que me fosse necessário pra te falar de tudo que eu sinto, ou melhor, o tempo necessário pra criar coragem de um dia te falar o que há dentro do meu coração. Eu queria prender o tempo, não pra viver pra sempre, mas pra poder aproveitar cada minuto que passa rápido demais. Queria ter o poder de voltar àqueles momentos alegres que vivi ao teu lado. O poder de passar voando por aqueles em que te magoei e, por algum motivo, tenha vindo a te fazer chorar. Queria ter o tempo necessário pra fazer uma eterna prece de agradecimento por tudo que vivi. Um eterno pedido de felicidade para todos aqueles que, por alguma razão, hoje choram. O tempo desmedido pra amar, ser amigo, dar conselhos, nadar, voar, ser feliz.

Tempo suficiente pra ter filhos e netos, e ensinar a eles tudo que aprendi com a vida, nesse tempo tão finito e ao mesmo tempo tão infindável. Queria poder dominar o relógio que faz os ponteiros correrem. Saber dar a cada minuto, alegre ou triste, o valor que lhe é devido, e aprender mais e mais a cada segundo. Quero o tempo suficiente pra jamais ficar entediado, pra não me atrasar pra uma entrevista de emprego, e nem pra buscar minha filha na escola. Tempo pra ligar e dizer aos meus pais o quanto eu os amo, e para ouvir deles o quanto é recíproco esse amor. Tempo pra estar com os meus amigos, conversar por longas horas, e rir por minutos inacabáveis.

Hoje eu só quero tempo. Pra me balançar na rede, pra estar com quem eu gosto, pra falar coisas bonitas, escrever frases de efeito, produzir algo útil. Tempo pra rezar, agradecer pela vida. Tempo pra pedir mais um minuto aqui, pra pedir mais um minuto pra poder dar um sorriso, e multiplicá-lo, tempo pra viver em mundo de paz. Pra ver o sol nascer de novo, e pra ver a lua iluminar os corações apaixonados. Só tempo, pra poder ver o quão maravilhosa é a vida, pra poder aproveitá-la ao máximo. Pra mais um suspiro de paixão, mais uma taça de qualquer bebida quente num anoitecer de inverno. Eu só queria controlar as horas.

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Sabe quando nada no mundo é capaz de te fazer feliz? Quando você sai por aí distribuindo sorrisos, mesmo sabendo que não tem motivos pra isso, pelo contrário, queria chorar, se desmanchar em lágrimas amargas que inundam a alma, sabe? Quando o amor lhe vira as costas e o relógio corre contra você. Quando tudo está perdido e nem mesmo uma taça de vinho é capaz de fazer companhia. Naqueles dias ensolarados, com a cortina do quarto fechada e um travesseiro em cima do rosto pra deixar o sono mais escuro, como se aquilo fosse resolver todos os problemas do mundo.

Eu paro e me pergunto o que é isso. Perco horas pensando, tentando decifrar o que se passa dentro de mim. Mas nada parece esclarecer tamanho vazio. É como se nada mais me despertasse emoções, é como se a vida já não me sorrisse mais. Tudo se perdeu. Tantos amores, amigos, risos, e aquela felicidade que só ficou na promessa. O vento bate na porta, não sinto mais frio, nem medo. As sombras enchem o meu ser, e eu não ligo, sou indiferente. Morro aos poucos, existo num mundo ao qual não mais pertenço, e essa sensação de vazio incompreensível aumenta mais e mais, e me sufoca. Minhas lágrimas transbordam e a vida, perdida, vai ficando pra trás. Nada me traz de volta a vontade de sorrir, nada me faz sentir a vida novamente.

Não estou mais aqui. Sentado, no vazio da minha alma, me deparo com lembranças, doces, amargas, mas há algo diferente, pois não sinto mais a doçura dos momentos alegres, e não consigo me frustrar relembrando passagens tristes da minha existência; mais uma vez me encontro indiferente à minha essência. Passo por cima de tudo. Passo por cima de todos. Quero pedir socorro, mas eu, eu não consigo. Eu quero correr, fugir disso, mas estou paralisado, e não é por medo, não é por hesitação, é por não conseguir, não tenho mais forças pra sofrer. Eu quero viver, mas isso é sinônimo de sofrimento, e francamente, eu não posso mais. Foi o sofrimento vital que me trouxe até aqui, e no fundo desse poço eu não encontro forças pra realicerçar a minha vida. Eu queria sorrir com vontade, não por obrigação, como faço. Queria ter um abraço caloroso, um olhar franco, mas ultimamente tudo em mim tem sido volúvel e superficial.

Eu disse “te amo” e dei um beijo na testa de quem não merecia. Demonstrei meus sentimentos a quem não reparava e me importei com quem só me tinha como uma opção. Foi isso que me destruiu. Eu queria concertar, mas não há mais tempo. Queria ter força pra reconstruir tudo, mas tenho certeza de que não posso mais. Passei por tanta ingratidão e tanto desamor, estou curtido disso tudo, e não quero passar novamente por tantos excessos. Minha vida se esvaiu aos pouquinhos, e eu deixei que isso acontecesse. Fui relapso com o meu ego, deixei que ele se dilapidasse. E agora, bem, agora eu vou fechar os olhos, e deixar que o mundo se exploda sozinho. Pode ser que assim as coisas parem de ser responsabilidade minha.

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É que eu sou o excesso.
De receio,
De cuidado,
De ciúme, drama,
De sorrisos, risos
E amor.

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E lá, bem no fundo, eu sempre fui aquele medo infantil de errar, de perder as coisas por um descuido. E, talvez por ironia, eu sempre acabo perdendo mesmo, quem sabe por excesso de zelo. Olhando pra trás eu só consigo contemplar ruínas de sonhos gigantes, que nunca consegui tirar do meu sono e trazer pro mundo dos acordados.

O mais intrigante nisso tudo, é que aqueles destroços e cacos ainda brilham, como se pudessem voltar à vida em um simples estralar de dedos, e eu sorrio, um sorriso meio que triste, admito, mas sincero, e por instantes eu imagino como seria se tudo voltasse a se erguer, aí eu paro por um momento, e concluo que o que passou, passou.

Nada volta, por mais que ressuscite por alguns minutos, não pertence mais ao presente. Se passou tem que ficar no passado. Naquele cemitério lúdico de sonhos intermináveis, bonitos e felizes, mas que sempre serão sonhos, e nada mais.

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Na noite passada a gente dançou, quase caímos de tão bêbados. E fomos felizes novamente, como não fazíamos há muito tempo. Pode ser que você nem lembre hoje, eu também não lembro muito bem de todas as coisas que aconteceram. Tinha pessoas rindo, bebida, comida, tudo tão bom. E tinha vida mais uma vez, estávamos revivendo tudo aquilo que, por culpa minha, perdemos por um tempo. Sorte nossa isso, de tudo sempre reviver.

E eu aprendi, nessa noite, que todas as pessoas podem passar pelas nossas vidas, mas que só permanecem nela aqueles que são especiais, aqueles que nos acompanham nas loucuras, aqueles que nos aceitam, exatamente como somos. E eu aprendi a não deixar mais ninguém pra trás. Agora eu só quero a felicidade de novo, com uma intensidade que a torna quase palpável.

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Bom, cheguei a uma conclusão: preciso de alguém. É, isso mesmo, mas eu preciso de alguém que venha fervendo, que venha de coração aberto. Que aceite meus defeitos, meus risos soltos e minhas lágrimas frouxas. Preciso de alguém que ature meus ciúmes, que tenha saco pra aguentar meus dramas. Eu preciso de alguém que aceite meu cigarro e minha irritante mania de tomar uns goles a mais de vez em quando, e eu preciso que essa pessoa aceite caminhar bêbada pelas ruas, numa madrugada fria, junto comigo. Eu preciso de alguém que aceite tirar uma foto ainda de pijamas.

Alguém que compreenda meus defeitos, mas que olhe mais pras minhas qualidades que, eu sei, são bem maiores. Uma pessoa que goste de ler o que eu escrevo, e que faça da nossa vida uma canção agradável de se ouvir dormindo. Alguém que tenha pique pra levantar correndo da cama e tomar um banho gelado. Só uma pessoa que entenda minhas necessidades, minhas tristezas. Que viva comigo a minha felicidade, que queira compartilhar comigo uma vida de aventuras. Que saia de mãos dadas comigo, pra fazer uma viagem sem rumo por qualquer lugar que a gente decidir olhando o mapa dentro do carro.

Alguém que relaxe quando tudo estiver indo mal, alguém que me faça seguir em busca dos meus sonhos, ou que apenas sonhe comigo. Eu quero muito mais do que amor, eu quero amizade, cumplicidade, verdade! Uma pessoa que viva comigo, dando os mesmo passos, cantando no mesmo acorde. Não quero perfeição, na verdade o que eu quero é vontade de viver excessivamente, que tenha coragem de pular sem pára-quedas nesse abismo que é a vida. Eu quero alguém assim, porque eu sou assim, insano.

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O problema é que nem tudo nessa vida volta a ser o que foi um dia. Mas, sinceramente, creio que pra quase tudo existe um conserto, uma cola, um pedaço de chiclete mascado que pode não deixar cair um pedaço de qualquer coisa. É infinito o amor de amigos, mesmo que o tempo passe, que a distância seja grande, mesmo que alguns sumam, que errem, bem no fim, na volta, são os amigos que estão ali. Sempre presentes.

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Por alguns momentos, eu admito, tive vontade de ir embora. Tive vontade de nunca mais voltar aqui. Mas me faltou coragem.

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Queria um abraço,
Um colo, um cafuné,
Qualquer coisa que,
Por minutos,
Me fizesse esquecer do mundo.

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Poucos sabem o que acontece dentro de mim, muito poucos mesmo, quase ninguém.

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E quem foi que nunca se perdeu dentro de si?

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Hoje eu acordei sorrindo, não de feliz, conformado.

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Muitas vezes o meu silêncio grita, constantemente existe uma tormenta dentro de mim que, eu imagino, se saísse destruiria meio mundo.

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Eu não sei mais se quero ficar, de vez em quando bate uma vontade de voar pra longe, e nunca mais voltar.

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Meu bem, faça das minhas palavras teu refúgio, sem medo. Pois no meu silêncio jamais encontrará abrigo.

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Eu sou uma pessoa horrível,
De aparência, atitudes,
Jeito de ser, enfim,
Tudo mesmo.
Mas sou um paradoxo,
Pois também sei ser belo,
Quando falo, quando sorrio,
Quando sinto.
Amizade, amor
E tantas outras coisas
Capazes de mudar um ser humano.

Eu quero dias melhores, noites melhores, sonhos melhores. Quero uma vida melhor, e o melhor do amor que eu puder ter.

Inserida por paulogenrofh

E eu, bem, minha querida,
Sempre fui uma tempestade
De emoções, tristezas,
Felicidades, lágrimas, risos.
Sempre tive isso comigo,
Um furor sem igual,
Uma pressa de ser feliz,
De fazer o futuro, agora.
De encontrar o amor,
De viver uma dor - inevitável.
Corremos riscos,
Uns de mais, outros de menos,
Sempre em busca de alguma coisa,
Algo bom, ou não,
Que preencha o vazio da vida,
E nos faça seguir em frente.
Seja pra viver, ou superar,
Rir ou chorar.

Inserida por paulogenrofh

Como se adiantasse, eu fechei os olhos e rezei. Nada mudou depois, mas eu me senti melhor.

Inserida por paulogenrofh

A chuva molhava o meu rosto, gelada. E eu não sentia. Não sentia nada.

Inserida por paulogenrofh